Raquel point of view.
— Você esta me assustando. — Justin parecia um louco dirigindo, passando entre os carros na avenida movimentada.
— Cala boca, garota.
— Você não gosta mesmo de mim.
— Não gosta dessa nova Raquel, a antiga era mais excitante. — me senti desconfortável com o seu comentário. — Para onde estava indo?
— Para a casa dos meus pais, você pode me deixar lá?
— Esta bem. Onde eles moram?
— Em Coconut Grove.
Fui guiando Justin até chegarmos, paramos de frente ao portão da casa dos meus pais. A casa não havia mudado nada, continuava na cor branca, o jardim com vários tipos de flores. Saímos do carro, Justin sentou no capo e eu parei a sua frente.
— Essa é a casa dos seus pais?
— Sim!
— Legal. — ele falou meio desinteressado.
Ele tirou um maço de cigarros do bolso, colocou um na boca e acendeu. Meu coração palpitou com essa cena, mesmo fazendo algo que estragaria o pulmão dele, foi tão sexy.
— Você fuma? Sabia que isso faz mal aos pulmões?
— Se for assim os seus pulmões nem existe mais.
— Como assim?
— Você também fuma.
— O que? Eu fumo?
— Sim! — ele deu mais uma tragada e riu.
— Obrigada por me trazer aqui, e por me salvar também. — Justin me puxou pela calça, nossos corpos estavam bem próximos, meu coração estava acelerado sem motivo algum. — Você sabe algo que eu não sei?
— Não, por quê? — sua boca estava bem próxima da minha, eu jurava que ia ser beijada a qualquer momento.
— Nada! — essa atração estranha que sinto por ele me incomoda. O que eu sentia pelo Justin? Era ódio ou amor? Vontade de mata-lo ou beija-lo? Como sinto agora. Nossa! Os lábios dele são tão perfeitos, rosados e chamativos. Os seus braços tatuados envolveram a minha cintura, minha respiração estava ficando rápida.
— Não anda sozinha por aí, ok? — acendi positivamente com a cabeça. — Acho melhor você entrar.
Eu sentia uma grande vontade de beija-lo, mesmo ele me tratando de forma rude e dizendo que sou uma vadia, a vontade de beija-lo era maior, mas eu tinha que me conter. Afastei-me de Justin, ele entrou no carro e foi embora. Passei pelo portão que foi aberto pelo segurança, andei pelo jardim, a porta da casa se abriu e eu entrei.
Meus pais estavam parados na minha frente. Minha mãe não tinha mudado em nada, continuava loira e com o corpo em forma. Meu pai tinha alguns fios grisalhos na barba. Eles me abraçaram, as lagrimas da minha mãe molhava o meu ombro.
— Filha, sua senti tanto a sua falta. — disse papai.
— Eu também senti a falta de vocês.
— Vamos jantar? — perguntou mamãe.
— Estou morrendo de fome.
Fomos em direção à sala de jantar, a mesa estava bem servida com o meu prato favorito: macarrão ao molho branco e vinho. A mesa é enorme, papai sentou em uma das pontas, eu sentei ao seu lado e mamãe do outro. Ela me serviu um prato, comecei a comer.
— Como esta sua memoria? — perguntou papai.
— Eu não consigo me lembrar de nada, o tempo voltou para quando eu tinha 17 anos. Vocês podem me dizer por que eu sai de casa e não fiz faculdade? — eu não ia contar a parte de ser traficante, eu não sei até onde eles sabem sobre a minha vida.
— Nós tivemos uma briga feia e você quis segui a sua própria vida. — disse mamãe, ela começava a chorar.
— Não chora, por favor.
— Desculpa!
— Quem te trouxe aqui? — perguntou papai.
— Um amigo.
— Ele tem nome? É seu namorado? — ri do seu ciúme.
— O nome dele é Justin, e não somos namorados.
Nós conversamos muito durante o jantar, lembramos da minha infância e viagens de família, depois assistirmos filmes e continuamos a conversar sobre varias coisas. Acabei resolvendo que dormiria na casa deles, liguei para as garotas e avisei.
Eu tomei um banho e vesti um dos meus antigos pijamas, meus pais tinham deixado o meu quarto exatamente como sempre foi. As paredes eram roxas com papel de parede florido em alguns cantos, minha penteadeira com luzes em volta do espelho e a cama grande e macia. A chuva caída do lado de fora e o clima estava frio. Deitei-me na cama e Justin veio a minha mente novamente.
Nenhuma das minhas antigas lembranças veio à mente, nenhum momento com Justin, mas aquela sensação estranha ainda estava em mim. Eu me arrependia por não ter beijado ele quando me trouxe, mas eu não posso parecer uma vadia como ele diz que sou. Uma parte de mim odiava as coisas que ele me diz e faz, e a outra parte acha tudo tão sexy.
Justin point of view.
Estava no meu escritório, me movendo na cadeira giratória enquanto penso na Raquel. Essa garota que ela se tornou é tão burra, quase morre de uma facada, e ainda foi para casa dos pais. Raquel odeia os pais, ela mesma me disse que chegou a atirar no pai dela.
Sam e Chris entraram discutindo no meu escritório, ele foi liberado do hospital essa noite, eu fiz ele ser liberado por que não estava aguentando mais as suas reclamações. Chaz havia saído com Lucy e Ryan com a projeto de puta da Mia.
— Por que estão discutindo? — perguntei nervoso.
— Eu tive uma ideia brilhante e Sam não gostou. — disse Chris.
— É uma ideia muito idiota e quando ela recuperar a memoria vai querer nos matar.
— Do que estão falando? — perguntei.
— Justin, você quer matar os irmãos Monteiro e depois o casal Smith se tornando o único dono de Miami, mas Raquel impede isso ela também quer mais poder. — Chris deu uma pausa e sentou no sofá. — Já que Raquel perdeu a memoria, você poderia fazer ela passar tudo que ela tem para o seu nome, assim ela não teria chances de pegar o seu lugar.
— E por que você acha que ela faria isso?
— Pelo que Sam me disse Raquel esta com aversão total a sua antiga vida, ela não vai querer voltar a ser o que era antes.
— Chris, você é um idiota. Raquel vai acabar lembrando-se de tudo. — disse Sam, ela andava de um lado para o outro.
— Ninguém sabe quando ela vai recobrar a memoria pode ser depois de anos. — disse Chris.
— Justin, não vai concordar com isso não é? — perguntou Sam.
— Sim, eu gostei da ideia. Chris, vai preparando a papelada para o mais rápido possível.
— Justin, você é um idiota. — disse Sam saindo da sala com Chris.
"Ninguém sabe quando ela vai recobrar a memoria pode ser depois de anos." Anos? Eu não posso esperar tanto tempo por ela, Raquel tem que se lembrar de mim logo, eu tenho que fazer que ela lembre mim. Eu tenho me importado tanto com a cadela, Ryan esta certo, eu devo esta mesmo gostando dela.
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We are in Miami
FanfictionNós estamos em Miami. Um lugar onde a economia local é sustenta pelo trafico de drogas, armas e prostitutas. Um lugar onde o casal Smith faz as regras, se não cumpri-las esta fora do jogo e sua vida é o lance mais alto. Um lugar onde a lei, a justiç...