Capítulo 34 - My car, my rules

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Raquel point of view.

Os raios do sol incomodavam os meus olhos ao acordar, era de manhã. Hoje, eu finalmente teria alta e poderia voltar para casa. Tenho que falar com os meus pais, saber por que a minha antiga eu não gosta deles. A conversa que tive com as garotas me fez chegar à conclusão de que eu era uma pessoa ruim, eu traficava drogas e armas, como eu cheguei a esse ponto? Eu sempre quis me formar em direito, meus pais sempre me apoiaram em relação a isso, e agora sou uma bandida.

Aquele homem chamado Justin me disse coisas que me fez sentir pior ainda, eu sou a vadia dele? Não sou namorada, nem noiva, ou esposa daquele homem. Ele me diz que eu sou uma vadia, estava me sentindo um lixo com essa situação.

Levantei-me da cama, peguei minha bolsa que Leslie trouxe e entrei no banheiro. Ao tirar a roupa do hospital, eu vi que tenho mais tatuagens pelo corpo e também esta mais volumoso do que eu me lembrava. Quem tirou a minha virgindade? Será que foi o Justin? Eu não me reconheço mais.

Tomei um banho e depois vesti uma calça colada, uma blusa que estava a ponto de fazer os meus seios pularem para fora. Minha sorte era um casaco que cobriu o meu decote exagerado. Essas roupas vulgar e exageradas não fazia o meu estilo.

- É oficial eu era uma puta. - falei para mim mesma. Alguém bate a porta. - Entra!

- Esta pronta? - perguntou Lucy.

- Sim, não aguento mais ficar nesse hospital. - peguei a minha bolsa e sai do quarto fechando a porta. - Onde esta Justin?

- Ele foi embora com os amigos, apenas Sam ficou com Chris.

Ele não falou mais comigo, depois da nossa discussão. Eu queria me lembrar dele, sentia que estava esquecendo algo importante sobre Justin, e não era algo sobre sermos inimigos, eu sinto que era algo mais intenso e profundo, algo que não sei o que é.

Entramos no carro, o caminho para casa foi silencioso. Chegamos em uma mansão linda, Lucy estacionou o carro no jardim e saímos do veiculo, entramos na casa que era bem decorada. Uma garota loira descia as escadas com uma mala nas mãos, era Alison, ela parou na minha frente e eu a abracei.

- Senti a sua falta. - falei.

- Me solta. - ela disse grosseira e eu me afastei.

- Alison, pega leve a Raquel perdeu a memoria. - disse Leslie entrando na sala.

- Mas eu não esqueci. - respondeu Alison. Ela me empurrou da frente da porta, jogou a mala em um carro e foi embora.

- O que aconteceu? - perguntei.

- Ela esta apaixonada pelo Luke, e você descobriu que Luke é um traidor, ela acha que é mentira então vocês brigaram. - disse Leslie.

- Onde esta Luke?

- Eu adoraria saber onde ele esta, quem encontrar primeiro pode mata-lo. - disse Leslie rindo. A olhei assustada. Ela fala em mata-lo de forma tão natural, Luke é o nosso melhor amigo. - Vou te mostrar o seu quarto.

Subimos as escadas, entramos no meu quarto. Ele era bem espaço, tinha uma varanda que mostrava o jardim e a piscina, a cama era grande e macia, o meu closet era lotado de roupas vulgares. Acho que vou ter que fazer compras.

- Você lembra-se de alguma coisa? - perguntou Lucy.

- Não!

- Não fica andando por Miami sozinha, tá?

- Gente, eu ainda lembro como é a cidade.

- O problema é que você tem muitos inimigos e eles podem acabar te matando. - disse Leslie.

- Ok!

Elas saíram do quarto. Eu fiquei olhando o local, peguei o meu celular que estava em cima do criado mudo, procurei pelo numero da minha mãe. Eu estava nervosa em ligar, pelo que me disseram eu não falo com ela há anos. A chamada começou, o meu coração estava descontrolado.

- Alô? - disse a mulher do outro lado da linha.

- Mãe?

- Raquel? Filha? - ela parecia surpresa com a minha ligação.

- Sou eu.

- Por que esta me ligando?

- Eu sinto a sua falta. - algumas lagrimas começavam a descer pelo o meu rosto.

- Eu também sinto a sua falta.

- Mãe, eu pedi a memoria e as minhas amigas disseram coisas horríveis sobre mim, eu não consigo lembrar quem eu era. - eu já estava soluçando.

- Calma filha, eu estou com você agora. - sua voz parecia chorosa.

- Podemos nos encontrar? Eu preciso de você.

- Claro que sim, venha jantar aqui em casa.

- Até mais tarde. - desliguei.

As horas foram passando, eu tentava me lembrar de algo sobre Justin, aquela coisa importante se manifestava em mim toda vez que pensava ou via ele. Aquele sentimento estranho não sai de mim.

Já era noite, tomei um banho e vesti uma calça jeans e uma blusa simples. Avisei as garotas que ia à casa dos meus pais, elas não acharam uma boa ideia, mas eu fui mesmo assim. Eu quis ir andando para pensar um pouco, queria lembrar de tudo que perdi, não daria certo dirigir distraída. Já estava na metade no caminho quando dois homens me pararam, um era baixo e o outro alto.

- Olha que esta aqui, Raquel Paladino. - disse o homem baixo.

- Quem são vocês? - perguntei.

- A cadela não se lembra de nós. Você acabou com o nosso negocio e ainda colocou a gente na cadeia, esta lembrada? Mas já saímos e vamos acabar com a sua raça. - disse o homem alto, ele havia sacado uma faca.

- Por favor, eu não fiz nada, eu não sei quem é vocês.

- Te vemos no inferno. - disse o homem baixo que segurou o meu braço com força.

Uma Ferrari branca parou bruscamente ao nosso lado, Justin saiu do veiculo com uma arma na mão, ele atirou na perna do homem baixo o mesmo caiu no chão gemendo coma dor. Justin me pegou pela mão e me fez entrar no carro. Eu estava assustada, um homem levou um tiro bem na minha frente meu coração estava a mil por hora.

- Desgraçado! - gritou o homem que levou o tiro.

- Qual é, Bieber?! Desde quando você protege a Paladino? É o novo segurança dela? - disse o outro homem debochando de Justin.

- Acho melhor ficar calado senão quiser morrer. - ameaçou Justin, ele entrou no carro e saiu cantando pneu. - Você esta maluca em sair assim? Sozinha e desarmada?

- Você vai acabar batendo o carro, vai devagar. - falei colocando o sinto de segurança.

- Meu carro, minhas regras. - ele disse rude.

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