Favo de mel

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Camila:

- A chuva ainda está muito forte, Camz? - Do outro lado do apartamento, Lauren perguntou.

Com minhas mãos encostadas na grande janela de vidro, eu admirava o céu escuro e chuvoso da noite de Miami. Uma chuva quase que inacreditável com gostas do tamanho de balas caía lá fora e eu pude ver toda aquela mudança repentina de tempo pela janela do quarto de Lauren.

- Está mais forte do que antes e eu não acho que venha a melhorar tão cedo.

- É uma pena... - Não a vi entrar no quarto, mas a sua voz estava bem próxima de mim agora. - acho que não vai dar para nós duas irmos até o barzinho hoje.

- Lá não tem uma área coberta?

- Até que tem, mas é pequeno demais e todo mundo que estiver lá vai dar um jeito de se enfiar dentro daquele lugar minúsculo. Melhor ficarmos. - Disse.

E bem devagar, Lauren deslizou suas mãos da minha cintura até a barriga e encaixou seu queixo na curva do meu pescoço. Seus braços me apertaram num abraço até que eu pudesse sentir seu calor em mim. Logo ela passou a boca macia e o nariz tão de leve na minha pele que fez-me cócegas, vedei os olhos para então abrir meu sorriso. Lauren espalhou dos seus beijos em meu ombro de maneira que levantara meus pelos da nuca, aquilo era bom o bastante para que eu virasse a cabeça de lado para dar espaço às suas carícias delicadas.

- Pensando bem, - Comecei num fiozinho de voz. - ficar aqui só com você é bem melhor do que sair.

Lauren fez um som como de quem ri mas sem exatamente rir. E aprofundou mais seus beijos de modo que eram deixados no meu pescoço, mandíbula e orelha (mordidas nessa), apenas não quis abrir meus olhos, só aproveitei de seu carinho em mim, que não cessaram logo. Seus toques despertaram meu desejo de beijá-la na boca, de sentir o gosto e calor de sua língua e lábios. Sem pressa - tínhamos todo tempo do mundo -, virei para encontrar seu rosto de anjo, só que não daqueles anjos bonzinhos do céu: pude ver seus olhos escuros, quase cerrados e lotados de desejo, assim como os meus. Enquanto eu a olhava, notei seu lábio mais carnudo ser mordido de leve, devagar. Sem delongas, enfim juntei minha boca à dela e segurei seu queixo. Graciosos e formosos são os seus beijos que ganho, estes jamais iguais, jamais comparáveis. Há sempre algo inédito que percebo. Vezes mais calorosos; outros mais carinhosos. Esse, porém, era um misto. Enquanto suas mãos possessivas deslizavam apertadas na minha cintura, sua língua era ágil junto à minha. Estalos de chupões e mordidinhas, deixei escapar um gemido abafado quando senti sua mão me apertar a bunda. Lauren quebrou nosso beijo imediatamente e, ofegante, colou sua testa na minha para logo me virar outra vez de costas para ela. Desta vez, porém, foi numa certa ferocidade que fui empurrada até tocar a parede do quarto. Já nem me lembrava como se controla a própria respiração... efeitos da doutora deslumbre em mim.

Meu braço direito deixei apoiado na parede, o outro acompanhava o de Lauren, suas mãos. Mãos geladas invadira meu corpo quente, provocando-me arrepios e mais outros tantos baixos gemidos. Pendi a cabeça para trás quando senti a coxa dela entre as minha pernas. Eu queria aquilo, queria mais que tudo. Lauren tinha posto a mão por dentro da minha regata, apertando e outras acariciando minha barriga, ganhei fracos arranhões e beijos no pescoço. Beijos que considerei brutos, mas necessários. Sussurrei seu nome quando ela subiu de pouco em pouco até que pudesse tocar meu seio que, por enquanto, ainda era coberto pelo sutiã. Lauren apertou-o de leve e meu corpo, que estremeceu, era preso entre o dela e a parede.

- Tira logo. - Falou. Entendi que referia-se à minha camiseta.

O que fiz foi levantar os braços de modo que pudesse tocar em seu cabelo, entrelaçar meus dedos nele. Ela puxou a regata para cima e jogou sabe-se lá onde. Fez-me inteiramente dela. Meio segundo levou até conseguir abrir o fecho do meu sutiã. Suas mãos agarraram, ainda que ela estivesse por trás, meus seios. Apertou fraco, outra vez com mais força. Ainda pude sentir sua perna encaixada entre as minhas, eu sabia que a partir dali meu sexo era molhado, pulsante por Lauren. Ela mordeu o lóbulo da minha orelha.

Live And Let DieOnde histórias criam vida. Descubra agora