Sienna
Tique.
Taque.
Tique.
T.
A.
Q.
U.
E.
Estava ansiosa para que o relógio batesse logo cinco horas. Eu chegara havia apenas algumas horas, por causa de uma entrevista na parte da manhã no centro, mas o dia demorara muito a passar. Eu não via a hora de começar a minha vida nova e melhorada, que incluía me tornar uma coelhinha sexy da academia.
É. Eu estava pronta. Matrícula na academia caríssima? OK.
Barras de cereais? OK. Toalhinha fofinha? OK. Roupa de ginástica com ótimo caimento (sim, é possível)? OK.
No domingo eu fora a uma parte tranquila de Covent Garden e descobrira uma loja de artigos para balé lindamente misteriosa. Consegui encontrar uma roupa que tinha certo estilo, não me apertava o corpo feito uma embalagem a vácuo e não realçava demais as partes íntimas. Era quase um milagre.
Mas não aconteceu sem muita luta. A mulher da loja era assustadora; na verdade, risquem isso, ela era apavorante. Uma ex-dançarina de balé profissional, dava para ver no instante em que se olhava para ela, com sua estrutura rija, mas graciosa, e lábios que faziam biquinho.
– Olá, querida – ronronou, arrastando as sapatilhas sobre o piso de madeira conforme ia de um lado para o outro.
Urru.
– Ah, oi. É, eu queria…
– PARE – disse ela, interrompendo-me em voz alta e com um dedo cheirando a tabaco empurrado com força contra minha boca.
Mas o que é isso? Eu consegui me ver de soslaio no espelho. Eu parecia aterrorizada. Como eu poderia sair dali? Olhei para a esquerda e para a direita, esquerda e direita, mas ela me encurralou entre um espelho alto e um tutu extremamente áspero. Eu meio que estava esperando ver o pé de um cinegrafista aparecendo por debaixo de uma das cortinas dos provadores antes de ele saltar e dizer: “Pegadinha!”
– É casada? – perguntou ela, com uma sobrancelha aguda e preta apontando para o teto. Seus lábios, que começavam a parecer o traseiro de um gato, faziam beicinho a fim de criar um efeito que você só costuma ver nas vilãs dos filmes da Disney.
– Ah, não, mas não sei o que isso tem a ver com… Mais uma vez, imediatamente cortada. – Por quê? – inquiriu a voz aguda.
– Como? Por quê o quê? – respondi, começando a ficar um pouco na defensiva. Eu só saí para comprar roupa de ginástica, não para ser inquirida sobre meus fracassos românticos.
– Por que você não é casada? Você é linda – disse ela, raivosamente, mudando o peso para sua perna esquerda enquanto me olhava de cima a baixo.
Eu corei. Eu estava brava, lisonjeada e constrangida, tudo ao mesmo tempo. E ela, tenho certeza, era completamente biruta.
– Olhe para você – disse ela, quase explodindo de fúria. Ela virou o espelho de corpo inteiro para mim, e eu me confrontei com minha própria imagem aterrorizada. Era um pouco parecido com aqueles programas de TV que mudam o visual das pessoas, só que ainda mais rude e humilhante. Pelo menos ela ainda não começara a apalpar meus seios. Minha Nossa, não havia mais ninguém na loja. Ela poderia me matar e me vender para o bar da esquina como carne barata. Mas lá estava eu, uma pobre jovem assustada e encurralada sob o crivo dessa mulher estranha.
Eis os dados essenciais. Sienna Walker, 1,60 metro de altura, 60 quilos, cabelo preto comprido, tênis preto e rosa de cano alto e um belo cardigã de malha grossa cobrindo o jeans de corte masculino. Uma garota comum e discreta de 20 e poucos anos completamente fora das tendências da moda londrina. E daí?
– Quer saber por que você não é casada? – perguntou, chegando mais perto do meu rosto. Um odor rançoso de Chanel Nº5 me bombardeou as narinas. Uh!
– Porque sou jovem, ocupada e não me esforço nem um pouco? – respondi, venenosa. Eu claramente me deparara com uma dessas professoras à moda antiga que achavam que a vida devia começar e terminar lavando as cuecas sujas do marido com uma barra de sabão de gordura de baleia e uma máquina de lavar quebrada. Não concordo, minha senhora.
– Não, é claro que não – ela gritou, sacudindo a mão direita no ar empoeirado e por pouco não atingindo meu nariz com uma unha afiada e vermelha. A coisa estava certamente descambando para uma agressão.
Ela foi para trás de mim, e eu notei que seu cabelo grisalho e ralo estava empinado num coque que parecia querer cair de sua cabeça. Era semelhante a um pompom. Eu deveria ter saído correndo da loja, mas fiquei curiosa; talvez até um pouco masoquista. Aonde ela queria chegar?
– É tudo por causa disso – murmurou, em desprezo, puxando o tecido flácido de minha calça jeans e esticando um braço do meu cardigã, deixando-o pender solto do meu pulso. Depois, ela foi para o meu lado esquerdo. – E disso – continuou, levantando uma mecha de meu cabelo malcuidado no ar e largando-a como se fosse a cauda de um rato.
Bom, ela tinha certa razão. Minha manutenção andava bem baixa esses tempos, mas ainda assim…
– Roupas assim são um insulto ao presente que é ser mulher – disse ela, com verdadeira convicção. – Qual é o seu nome?
– Sienna – respondi, ainda me sentindo um tanto irritada com a intrusão.
– Você, Sienna, é uma mulher de beleza impressionante. Você foi abençoada com um presente. – Ela passou o dedo indicador sob meu queixo e levantou meu rosto até eu sentir o calor das luzes do teto nas pálpebras. Eu esperava que ela não falasse daquele jeito com todas as clientes.
– É muita bondade sua. Acho que agora preciso ir… Eu só queria umas roupas de ginástica… – continuei, começando a me virar para a porta e para o mínimo de normalidade.
– Não. Não deve.
Ah, não. Eu ia definitivamente virar hambúrguer. Ninguém sabia onde eu estava. Meu rosto apareceria em cartazes por todo o país.
– Por quê? – perguntei, me sentindo mais do que um pouquinho agressiva. Decidi que não devo ter medo dessa mulher, mesmo que ela pareça um pedaço de couro velho.
– Quero dar-lhe isto – ela disse, afastando uma pesada cortina de veludo de um canto da parede e revelando o que devia ser um dos vestidos mais bonitos que eu já vi na vida. Sem brincadeira.
A luz tênue lançava sombras escuras sobre faixas de tecido verde-esmeralda. Na hora, eu não consegui distinguir de que material ele era feito. Eu só sabia que era o tipo de textura com a qual eu só sonhara quando era criança, ansiando transformar-me numa princesa, como nosso filmes.
Ele tinha um elegante decote nas costas, que mergulhava num acentuado V. Depois, ele fluía numa saia ondulada, que eu imaginei que formaria uma cauda, como num vestido de noiva. Mas ele obviamente não era um vestido de noiva. Era um vestido de profunda sedução. Era, na verdade, sensual. As proporções eram perfeitas, a cor era perfeita, o corte era perfeito.
E aquela era uma técnica de venda muito sorrateira… Eu não ia comprar aquilo, decidi, virando-me para a porta outra vez. Eu mal podia esperar para contar às garotas sobre o meu encontro maluco com essa mulher.
– O que acha? – Ela sorriu, atraindo-me de volta.
– Bom, é deslumbrante, mas eu vim aqui comprar um conjunto para ginástica, então, se eu pudesse dar uma olhada geral, seria ótimo. – Eu estava tentando ao máximo ser educada.
Ela balançou a cabeça, frustrada, e empurrou bruscamente o traje na minha direção. Rodando-o no ar, ela o depositou em meus braços, que eu esticara por reflexo para assegurar que ele não caísse no chão.
Seus olhos estavam tão vivos, tão faiscantes, que pareciam querer irromper em chamas.
Camadas de seda verde ondulavam nas minhas mãos. Fiquei sem fôlego. Ele era antigo, mas atual. Vintage, mas moderníssimo. Rachel Zoe teria me caçado pela rua e me arrancado os olhos com um palito para pegá-lo. Era de arrasar, e provavelmente caríssimo.
– Sim, como eu disse, é lindo. Mas eu realmente tenho de ir – disse eu, olhando para o vestido. Mas o amor já se instaurara. Eu mordera a isca, a linha e o chumbo.
– É seu. Quero que fique com ele – falou, com sua frieza subitamente se derretendo num sorriso largo e caloroso. – Ele era meu, Sienna. Eu me apaixonei na noite em que o usei e me casei logo depois. Venho esperando pela moça certa para ostentá-lo, e eu tive uma sensação sobre você. Acho que precisa dele.
Eu não podia acreditar que estava ouvindo aquelas palavras. Será que essa senhora não tinha uma filha, sobrinha ou algo assim? Fiquei me perguntando.
– A senhora não tem alguém da família a quem possa doá-lo? – Meu olhar a perscrutou enquanto empurrava o traje de volta para ela. E se ela fosse doente mental? Talvez eu devesse chamar a polícia.
– Não. E sem mais perguntas. É o seu número, dá para ver. Quero que o leve para casa, pendure-o cuidadosamente e aguarde o momento de usá-lo. E eu lhe prometo que ele mudará a sua vida, Sienna. Mas, até o dia em que for usá-lo, sempre que se sentir por baixo, ou inferior, ou oprimida pelo mundo, quero que se imagine usando-o. Sei que as coisas estão difíceis para você, posso ver em seus olhos. Sempre que as coisas ficarem difíceis, quero que se imagine usando este vestido… – Os olhos dela se estreitaram de pura paixão pelo que estava dizendo. De repente, me dei conta de uma pitada de russo em seu sotaque que eu não conseguira distinguir antes.
Fosse ela movida pela loucura ou não, eu não podia ser rude com essa mulher. Eu simplesmente não fui criada assim. Eu também não poderia sair da loja levando aquele vestido.
– Escute – disse eu, colocando minhas mãos sobre as dela e puxando-a para que sentasse numa das duas cadeiras dobráveis, começando a sentir uma preocupação genuína com a situação. Uma mulher de meia-idade entrou, fazendo barulho com a porta, mas imediatamente fugiu ao perceber que estávamos num momento de intimidade.
– Olha, é muita bondade sua, e fico tocada pelo seu gesto. Acho que sua história é linda e inspiradora, e a senhora obviamente preza muito a autoconfiança. Mas eu não posso aceitar. Mas eu vou, sim, dar uma olhada na sua grande seleção de roupas de ginástica. – Comecei a andar vagarosamente para o outro lado da loja, correndo a mão pelo corrimão empoeirado e sorrindo amarelo.
– Hum. Muito bem, faça como quiser, Sienna – disse ela, com expressão indignada. Ela recostou-se na cadeira e cruzou as pernas, mal-humorada, revelando um tornozelo magro como
o joelho de um bode.
Ah, ótimo. Eu ia acabar comprando a loja toda só de pena. Na verdade, as coisas não eram de todo ruins, pensei, começando a vasculhar os cabides com atenção. Ela deve escolher seu estoque com muito cuidado. Os cabides eram velhos, mas as roupas eram novas; tinha até um pouco da linha de ginástica de Stella McCartney, que era difícil de encontrar. Não fiquei muito inspirada pelas ofertas de outras lojas. Coisas feias, muito apertadas, muito largas… Tudo ali era muito bonito e tornava a ideia de ir à academia mais atraente.
Certo. Eu podia sair dessa situação muito facilmente. Faria minhas compras de ginástica aqui. Eu levaria as sacolas e sairia dali viva, minha nova amiga ficaria com seu lindo vestido e tudo se acabaria bem.
– Fique à vontade e olhe tudo, querida. Sabe onde me encontrar. – Ela desapareceu numa alcova escura atrás do caixa, e sua voz foi ficando bem mais baixa conforme ela era envolvida pela escuridão.
Experimentar essas roupas não seria uma boa ideia. Eu só escolhi algumas das melhores peças em tamanho P e comecei a empilhá-las sobre o balcão enquanto olhava outras. Eu podia ouvir minha nova amiga embrulhando cuidadosamente os itens em papel de seda. O farfalhar do papel ecoava pela loja e chegava aos meus ouvidos.
Meus olhos notaram a fotografia emoldurada de uma deslumbrante bailarina. Ela parecia um pouco familiar.
– É a senhora? – perguntei, dando um passo para trás de surpresa.
– Sim, sou eu, querida. Eu nos meus tempos áureos. Eu tinha 19 anos nessa fotografia. Nunca pensei que terminaria vendendo roupas para balé e ginástica, mas sabe como é. Eu me apresentei no mundo todo, sabe… – A voz dela ficou mais forte e, de repente, ela estava parada bem ao meu lado com as duas mãos nos meus ombros. Um calafrio percorreu-me a espinha novamente, como o que eu sentira quando meu pai desmaiou em minha cama. Mais uma vez, fui lembrada do inevitável avanço da idade, e como ele transforma uma beleza como essa, borrando as feições até que ela se pareça com algo muito diferente. Não necessariamente ruim, só diferente. Isso me assustava. Fazia-me querer agarrar-me aos momentos de minha juventude e ter certeza de vivê-los até que não houvesse nada mais a extrair deles.
– Ele não está muito longe, sabe, Sienna? – declarou ela, agora bem baixinho.
– Desculpe, não sei do que está falando – eu disse, arremessada novamente a um estado de perplexidade.
– Seu homem. Ele virá até você. Tudo vai se resolver. – Os olhos dela encontraram os meus, e senti de novo um frio na espinha.
Meu Deus, que esquisito. Mas ela, com certeza, era doida e, como astróloga, frustrantemente vaga. Você vai respirar hoje. Em algum momento nas próximas 48 horas, você dormirá. Você trocará os lençóis nos próximos 15 dias… Bom, enfim. Ridículo.
Ele pode ser o leiteiro que deve cinco libras a papai. Ele pode ser o meu tio, que prometeu ligar no ano passado e desistiu de tentar. Mas ele também pode ser, sabe, Nick.
Muito bem. Preciso sair daqui, pensei. Tirei uma nota de 20 libras da bolsa e saí da loja com minhas sacolas. Que mulher estranha. Fiquei pensando na loucura da situação enquanto abria caminho pela multidão do centro da cidade.
Casais abraçados se encostavam nos muros e placas de trânsito; crianças risonhas corriam entre pilares e latas de lixo; vagabundos solitários olhavam para bolos maravilhosos e roupas luxuosamente confeccionadas nas vitrines reluzentes e sorriam para aquela beleza toda.
Havia algo realmente especial no ar hoje, e isso só fortalecia meu caso de amor com Londres. Eu andara tão empolgada com Nicknos últimos tempos que meus pensamentos haviam sido totalmente absorvidos por ele. Tínhamos passado tanto tempo juntos e, enfim, eu agora tinha um pouco para mim. Com ele, explorarei mais o que está à minha volta, serei mais independente. Esta era a única cidade em que você podia encontrar uma seleção tão vasta de gente excêntrica, como eu estava encontrando essa tarde.
Quando cheguei em casa, comecei a tirar minhas roupas novas das sacolas douradas e a desembrulhar com cuidado o papel de seda. Nas lojas de esportes comuns você não recebia esse tipo de tratamento.
Quando tirei o último pacote da sacola, ele parecia mais pesado do que os outros. Estranho… rasguei o papel e vislumbrei algo verde. Um pouco de seda escorreu como água do buraco que eu fizera.
Ah, meu Deus, era o vestido.
Eu o ergui no ar e senti a saia cair e roçar no chão.
– Uau, Sienna. Que coisa mais linda. – Veio a voz de meu pai, que estava atrás de mim se apoiando no caixilho de madeira da porta. – Onde vai usá-lo? Vai a alguma festa? – perguntou, com ar extasiado.
– Não, papai. Eu nem o comprei. Eu não sei ao certo o que fazer. Uma mulher que eu não conheço me deu este vestido hoje, ela realmente queria que eu ficasse com ele. – Eu suspirei ao recostar-me na cama, sentindo ondas de culpa e alegria ao mesmo tempo.
– Você vai ficar linda com ele, Si. – Ele parou por um minuto, parecendo ter muito orgulho de mim. Eu não sabia por quê. Eu não fizera nada de bom.
Incerta quanto ao que fazer com o vestido, enfiei um cabide macio por debaixo das alças e pendurei-o na maçaneta do meu guarda-roupa. Papai e eu ficamos lá parados a admirá-lo, como se fosse uma pintura no Louvre.
Será que eu era o tipo de garota que poderia fazer jus a um vestido desse calibre? Eu realmente achava que não, mas agora teria a enorme responsabilidade de fazê-lo. Era um desperdício ele ficar comigo, na verdade. Era como se a lembrança nítida da juventude de uma mulher estivesse agora pendurada no meu quarto, ansiando por ser revivida por meio de alguma história de amor impossível. O que tornava tudo pior era que eu não tinha mais certeza se ainda acreditava no amor…
O vestido ficou na minha cabeça o dia inteiro. Eu conseguira esquecê-lo na última hora, mas agora, quando eu olhava para a minha roupa de ginástica, pensava novamente sobre este presente lindo e inesperado, dado a mim por uma ex-bailarina que eu nem conhecia. Uma bailarina que arrebatou as pessoas ao rodopiar em palcos do mundo todo. Eu não sabia ao certo se devia ir correndo à loja devolvê-lo.
Conheci uma moça hoje que poderia usar um vestido como esse, e isso tornava as coisas ainda piores. O nome dela era Chloe. Ela, sim, era linda.
Ele está estagiando no escritório e ficará apenas por uma semana. Ela tem uma enorme cabeleira loira e louca, e um rosto lindo de verdade. Ela também tem aquele ar de menina safada e má, embora ao mesmo tempo pareça um anjo.
Ela é o tipo de garota que faz até a mulher mais confiante se olhar no espelho e perceber novas falhas, então não era de surpreender que eu estivesse me sentindo tão inadequada.
Graças a Deus, ela só vai ficar uma semana, pensei.
Quando se é tão linda, as pessoas podem presumir coisas sobre você antes de a conhecerem. Eu não sabia como ela arrancara um cargo do Ant, sabendo que ele é flexível como uma régua de madeira, mas acho que a aparência dela deve ter ajudado. Ela pode ser uma moça muito boa, com talento e motivação incríveis, mas acho que nunca saberei. Garotas assim conseguem as coisas que querem na vida, pensei.
Olhei no espelho para o meu longo cabelo castanho, que caía desgrenhado sobre meus ombros porque não via um corte havia algum tempo. Olhei para minha pele pálida, que eu nunca tive a energia ou o tempo de bronzear artificialmente. Minhas unhas era eu mesma quem pintava, e o esmalte começara a descascar. Minhas sobrancelhas precisavam ser retocadas.
Eu não era selvagem. Eu nem era sexy assim. Eu não era como Chloe.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Esta é uma história de amor (Jessica Thompson)
RomanceUm rapaz conhece uma menina e a menina se apaixona pelo rapaz - até aí, nenhuma novidade. Mas, com Sienna e Nick, as coisas não acontecem do jeito que costumam acontecer nas histórias de amor. Tudo bem que ela o achou superparecido com o Jake Gyllen...