III

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P.O.V Norman

Depois de ter ouvido a voz do meu filho gritando por socorro no rádio, meu mundo acabou, na hora eu só queria morrer, tudo que construí ao lado de minha esposa, cada momento bom de repente acabou.
Não sabia que seria tão rápido, achei que poderia dar a eles mais um abraço, dizer mais uma vez o quanto os amo mas eu já devia ter imaginado, eles não deviam ter ido sozinhos precisavam de mim, de que adianta a merda de uma arma se ela não salvou minha família?
Sai sem rumo, só peguei minhas armas e meu carro, não sabia pra onde estava indo mas segui, a cada rua que eu virava a vontade de gatilhar uma arma e acabar logo com tudo isso era enorme, mas eu tinha que lembrar das duas meninas, não podia deixa-las, Eloah sofreu tanto e não quero que sofra por mim também, apesar de achar que se dariam muito bem sem mim. Como sera que elas estão? Não sei e também não vou voltar agora, preciso de um tempo, uma noite sozinho pra aceitar que aquilo realmente aconteceu.

               **

Acordei de madrugada e me assustei, estava no sofá, cadê todo mundo? Levantei e achei Leticia rapidinho, ela estava no outro sofá, dormindo lindamente, nem sinal do Norman então voltei pro sofá onde estava e dormi de novo.
Amanheceu o dia e Leticia não estava no sofá, aonde ela foi? Olhei pra cozinha e ela estava lá, tinha feito o café pra gente, meio sem jeito mas estava bom. Dei bom dia com aquela cara de sono e ela respondeu sorrindo, sorrindo não, rindo da minha cara de sono tudo amassada.
Depois do café, ela começou a me falar sobre achar novas pessoas, talvez só nós três não seria suficiente para sobreviver, concordei mas como trariamos pessoas desconhecidas para a casa sem saber o que elas poderiam fazer? Sem Norman é difícil mas fariamos isso depois do almoço.

-O que poderíamos perguntar e o que precisamos saber pra trazer pessoas desconhecidas pra ca? - perguntei.

-Ah podíamos fazer tipo as perguntas que eles faziam na serie que tal?

-Seria uma boa, imagino eles respondendo. Talvez achem que é deboche.

-Ah idai ? Se quiserem vir teram que responder e pronto.

-okay!

-okay.

Pegamos algumas armas e treinamos tiro, levei um susto quando quase acertei ela, mas errei ainda bem.
Ela no impulso pulou em mim me derrubando, segurando meus braços contra o chão e me olhando muito brava e eu por um segundo fiquei com medo mas quando olhei em seus olhos e ela olhou nos meus, meu Deus o que foi aquilo. Eu já sentia sua respiração perto do meu rosto, e não sabia o que fazer, ela estava me segurando, ela me olhava com um olhar que não sabia explicar só sabia que tudo aquilo estava em mim também. Se aproximando cada vez mais, eu lá paralizada sem saber o que fazer. Eu já esperava tudo naquele momento mas não sei o que aconteceu ela se levantou, me deu a mão e me levantei também. Acho que era perceptível minha cara de "por que você parou?" mas tudo bem pegamos as armas e fomos pra dentro da casa.
Resolvemos não almoçar queríamos muito fazer aquilo, achar pessoas seria uma "aventura" que faríamos juntas e estava ansiosa para começar logo, levamos comida em uma bolsa e não pegamos muita coisa pois pessoas ruins também podiam estar no caminho e não pensariam antes de levar tudo que temos.
Saímos apé. Não tinha nenhum carro que pudéssemos usar, andamos por mais ou menos uma hora ate perceber duas pessoas num beco no centro da cidade, era um menino e uma mulher com um bebê, fomos ajuda-los mas estavam cercados não faríamos muito, matamos alguns zumbis com dificuldade assim como eles e restando cinco que estavam em cima deles, o menino se livrou mas a mulher não teve essa sorte. Com o bebê no colo ela foi mordida. Foi triste assistir aquilo o menino pulou em cima dos zumbis que a atacava e matou todos, mas a mulher e o bebe não sobreviveram.
Ele se sentou e colocou a mão cheia de sangue no rosto, achei que ia chorar mas não.
Nos aproximamos e Leticia falou com ele.

Run! Zombies In AreaOnde histórias criam vida. Descubra agora