XIII

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P.O.V Leticia

Aquele momento tava muito perfeito, dava até pra esquecer tudo que estava acontecendo no mundo mas sempre tinha algo que fazia a gente voltar à realidade. Eu já não aguentava mais aquela vida, pra mim não estava fazendo sentido continuar vivendo e vendo tudo mudar. Mesmo estando com as melhores pessoas têm horas que bate aquela tristeza, querendo ou não nos perdemos família, amigos e isso abala nossos sentimentos.

Eu estava perdida na lua quando ouvi alguém gritando, Bea correu pra ver o que estava acontecendo e eu fui atrás. Os gritos vinham do lado de fora então não estamos muito longe, em menos de 5 minutos já estávamos lá. Era Anne que estava deitada no chão rodeada de zumbis. Eloah tava matando alguns que estavam chegando cadê vez mais perto do hospital, pedi pra Bea chamar os meninos. Consegui matar alguns que estavam perto de Anne e puxei ela pra perto, Norman chegou já atirando, não era uma quantidade pequena mas se todos ajudasse daria pra matar todos.

Foi difícil mas limpamos, Norman e Jorge decidiu ir na cidade procurar algo pra cercar o terreno do hospital pra segurar os zumbis. Tava ficando difícil conseguir um lugar pra ficar mas Norman tava decidido em ficar ali.

Depois que tudo acalmou Bea chamou Chandler e Juliana pra almoçar. Eloah e eu juntamos algumas mesas e colocamos na cozinha, ficamos por ali até todos terminar.
Na hora que fui chamar Eloah pra subir pro quarto, Juliana perguntou se podia conversar comigo, concordei.

- Pode falar. - pedi.

- Podemos conversar lá fora, só eu e você ? - perguntou.

- Tudo bem. - concordei e vi que Eloah não gostou.

Fomos até lá fora.

- Eu queria pedir desculpa, não sabia que Eloah gostava de você.

- Tudo bem, não se preocupa com isso, a culpa também é minha.

- Sabe, minha vida era muito complicada, eu não cheguei a tempo pra salvar meus pais.. - ela começou a explicar.

- É aonde tu estava pra não ter dado tempo?

- Eu fugi de casa.

- Porque ? - queria saber mais sobre.

- Eu descobri que não era filha deles. - ela começou a chorar muito.

Fui até ela é abracei. Descobrir que é adotada não é fácil e nunca foi, mas tem suas qualidades então por um lado não vi motivos pra fugir de casa, mas cada um pensa de um jeito.

- Eu não ligo por ser adotada, o único problema é descobrir que minha mãe adotiva me tirou dos braços da minha verdadeira mãe. Eu não consegui perdoar ela. - ela não parava de chorar.

Dei outro abraço nela e disse que tudo ficaria bem. Agora ela tem uma nova família que irá protegê-la de tudo.

Eloah estava olhando de longe mas consegui ver a cara de brava que ela fazia. Terminei a conversa com a Juliana e falei que ia entrar. Chamei Eloah pra subir pro quarto e adivinha quem veio junto, nossa pequena Anne.

Tava tudo tão calmo, Norman e Jorge ainda não tinham voltado então não tinha muito o que fazer, ficamos brincando com a Anne pra passar o tempo.
O tempo passou voando, já estava escurecendo e nada de Norman e Jorge, tava todo mundo muito preocupado. Ficamos na cozinha esperando algum sinal.

****

Como só limpamos o primeiro andar, não sabia o que havia nos outros andares e como sou muito curiosa, queria saber se tem banheiro, agua nos canos, e alguma coisa útil lá em cima. Comentei sobre isso agora pouco com Leticia e ela não deu muita importância disse que estamos bem aqui em baixo não precisava ir pra cima agora mas eu insisti ate ela concordar em subir comigo, Anne dormiu na nossa cama, então achei que era a hora certa pra subir por que com ela seria mais difícil ter uma ação mais rápido se algo acontecesse lá em cima e ultimamente essa pequena não sai do nosso pé.

Passamos por Bea no corredor junto com a Juliana, ainda não consigo olhar na cara dessa menina mas a presença dela não me incomoda tanto quanto antes.

-onde está Anne, Eloah?

- Ela ficou no nosso quarto - olha eu já dizia que era nosso, me apossei do quarto dela, nada mais justo é minha namorada - fim do corredor, ela esta dormindo mas pode ir lá se quiser, eu e Leticia vamos dar uma volta.

- uh sim, não se preocupa pode deixar ela dormir, obrigado.

Assenti com a cabeça.

-vocês vão sair pra fora do hospital? Posso ir junto?

Cutuquei Leticia, e Bea percebeu.

-Não, não Juliana, vai me deixar sozinha? Fique comigo, Anne esta dormindo e os meninos não voltaram, por favor?

-Isso, fica Juliana, não vamos sair do hospital apenas olhar lá em cima, não se preocupe querida a gente já volta - falei irônica - vamos amor?

A cara dela não foi a das melhores quando falei "amor" mas ela tinha que aceitar que na vida da Leticia só tinha lugar pra mim e mais que uma amizade ela não conseguiria.
Chegamos na frente da primeira escadaria e ela pegou na minha mão.

-vamos? - ela perguntou posicionando melhor a arma na mão.

-vamos - falei já indo na frente.

-hey espera ai, sem pressa, se tem algo vamos descobrir.

- ta desculpa, vem logo - falei puxando seu braço.

No segundo andar era apenas a parte do hospital responsável por cuidar de ferimentos ou acidentes, por isso salas de raio x, e adivinha uma farmácia intacta com remédios e esparadrapo pra machucados.

-eu sabia que iria ter alguma coisa interessante por aqui - falei enquanto ela olhava os remédios.

-uhum, então vamos continuar? - ela falou indo em direção a porta.

Olhamos a outra sala, nao tinha nada, sala por sala fomos checando, apenas a farmácia seria útil naquele andar.
Então fomos pro terceiro e ultimo andar, onde havia a pediátria, sala com brinquedos pra crianças, logo pensei em Anne, ela vai amar vir aqui em cima, e quartos limpos, camas mais confortáveis, novas por sinal, tudo bem mais limpo que lá em baixo, acho que a ala não tinha nem sido inaugurada, mas estava pronta, havia um banheiro enorme também e funcionava, e acabei descobrindo algo que não sabia, o hospital tinha água nos canos, certeza que é abastecido por algum poço artesiano lá fora, corri chamar Leticia. Ela estava com uma boneca na mão.

-olha isso, os chuveiros funcionam, mas a agua e fria, preciso tomar um banho aqui - falei animada e ela me olhava de um jeito.

-posso vir junto - ela falou com um ar malicioso depois riu.

-claro que pode - respondi com o mesmo ar.

Ela me puxou pra perto, eu correspondo a beijando. Saimos do banheiro e fomos pro carpete da sala de brinquedos, depois me levando contra a parede, me deu vários beijos, tirou minha blusa e continuou com os beijos que estalavam em meu pescoço e nos deitamos no chão, ela acariciava meus peitos enquanto beijava minha barriga, quando subiu de novo dava leves chupões em um deles enquanto continuava com a mão no outro se movimentando contra meu corpo. Aquilo estava me deixando excitada e aposto que ela também estava, então ela me beijou, e sua mão passava por todo meu corpo me fazendo arrepiar e eu amo isso.
Leticia realmente sabia como me deixar louca por ela.
Eu arranhei suas costas no momento em que ela mordeu meu pescoço, aquela mordida foi forte, vou ficar marcada certeza, mas não me importo é tao bom, me virei por cima dela, o beijo estava tão intenso, sua boca era tão gostosa que me veio a cabeça outros lugares que ela seria tão boa quanto me beijando.

Run! Zombies In AreaOnde histórias criam vida. Descubra agora