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***

Não estava nada fácil ficar ali sentada com eles como se nada tivesse acontecido enquanto minha namorada tinha sumido, e sem me dar explicações. No fundo me sinto culpada por não ter percebido que tinha algo errado, espero que ela volte logo.

Anne acordou varias vezes durante a noite chorando e chamando por ela, e eu tentava a acalmar e conversava com ela ate dormir dnv.

Eu praticamente não dormi, ficava pensando no que ela estava fazendo, se estava bem, cheguei até pensar "e se algo tivesse acontecido?".
Ela não pode ter morrido, não ela, ela sabia se virar, sabia como fazer as coisas mas não sei em qual situação ela saiu daqui então não tenho certeza de mais nada.

A noite passou e eu em claro, quando finalmente Anne não acordou mais nenhuma vez me levantei e fui andar pelo hospital.

Subi lá em cima de novo e fiquei olhando tudo em baixo quando vejo Norman saindo do hospital.

-HEY AONDE ESTA INDO? - gritei.

Ele olhou pra cima e me viu.

-SO VOU SAIR, QUER IR JUNTO? - ele perguntou.

-QUERO, ME ESPERA POR FAVOR.

Desci as escadas correndo avisei Bea que Anne estava no meu quarto, peguei minha arma e a espada e sai.
Eu me sentia bem andando com Norman, ele respeitava meu silencio e só perguntava o necessário sabia cada palavra que iria dizer e isso me confortava, ele foi a única coisa que me restou agora, é tudo que tenho.

Claro que as pessoas que estão com a gente são minha familia agora e tudo mais só que Norman foi quem me acolheu e nunca vou me esquecer como ele foi bom com meu pai prometendo cuidar de mim a qualquer custo, todos nos perdemos alguém e estamos bem pelo menos juntos.

-por que você sai sozinho assim sem avisar ninguém? - perguntei - as vezes acho que Daryl Dixon seu personagem tem mais a ver com você do que imagina.

-na verdade eu não sei - ele riu - Daryl, você gosta de lembrar disso ne.

-impossível não lembrar, passei 5 anos da minha vida acompanhando vocês, a serie, e aquele mundo apocalíptico era meu sonho. Talvez eu não imaginasse a parte ruim da história.

-bom ninguém imagina ne, apocalipse zumbi era uma das ultimas coisas que faria esse mundo acabar, parecia uma realidade tão distante. Só que as causas são praticamente as mesmas, pouca coisa mudou.

-por isso não consigo esquecer de pensar na serie, acho que meu cérebro faz isso comigo pra que eu leve mais como uma diversão essa vida como se não fosse real mas e impossível não ver que cada vez piora mais.

-você tem que ser forte, na vida nada dura pra sempre você sabe e não pode deixar isso te afetar.
Leticia se for esperta vai voltar, você não tem que se preocupar.

-como sabe que chegaria nela esse assunto? mas e se algo tiver acontecido? Odeio pensar nessa possibilidade.

-impossível não ver sua preocupação com ela, se acalma vai dar tudo certo.

-eu não sei o que sentir mais, só quero ela de volta logo.

-Nos vamos acha-la.

Eu e ele andamos pela beira da rua ate encontrar um caminho que levava pra dentro da floresta, mas era um caminho largo quase uma estrada de chão, deve ter uma fazenda por aqui ou uma casa, nos fomos ver.

Chegando no fim da estrada havia uma pequena casa apenas, e alguns animais num cercado. Estavam com fome e faziam barulho não sei como isso aqui não tem zumbis ainda, talvez por ser longe da cidade.

Norman pegou três galinhas e as degolou ali mesmo, eu não iria comer aquilo mas enfim entrei na casa, e fui ate a cozinha, ouvi passos então peguei a espada e fui procurar o barulho.

Andei ate o corredor, e nada, fui subindo as escadas e quando quase cheguei lá em cima um zumbi veio pra cima de mim, como ainda estava na escada o peso dele contra meu corpo me fez rolar escada abaixo.
Já no chão longe da minha espada, meu pe e meu ombro doiam muito e o zumbi veio pra cima dnv dei um grito de dor por me mover rápido peguei a arma e disparei. Foi certeiro bem no meio da testa.

Norman logo entrou na casa procurando por mim, me encontrou no chão, meu pé doía muito nem me apoiar conseguia, e quando consegui olhar pra ele, estava totalmente virado, desloquei o pé não acredito como isso doi.

-Meu Deus seu pé esta horrivel, você tem sorte de não ter quebrado, o que íamos fazer com você se tivesse quebrado? Vamos, temos que voltar.

Eu só sentia dor, nem falar conseguia direito, ele me apoiou no outro ombro o que não estava doendo e me pegou no colo.
Como ele aguentou? Não sei, mas ele me levou de volta ao hospital e com as três galinhas penduradas ainda. O cheiro do sangue delas me dava ânsia e eu já estava quase desmaiando de dor.

No hospital, ele chegou e chamou pelo John, só ele podia ajudar, afinal era atendente do pronto socorro do hospital e especialista em lesões desse tipo. É muita sorte.

Ele me ponhou em uma das camas no primeiro quarto e John começou olhar, meu pé inchou completamente dentro do sapato e doeu mais ainda pra tira-lo. John pediu pra Alec pegar um remédio que me faria dormir. Eles tinham que por meu pe no lugar e rápido.

Se eu tivesse um celular agora postaria em qualquer rede social só pra ver a reação das pessoas com o meu pé, todo torto, roxo e inchado, confesso que estava com medo.

Alec chegou com o remédio e eu tomei, Anne entrou no quarto perguntando o que tinha acontecido, eu expliquei e ela pegou na minha mão disse que ia cuidar de mim e então dormi.

P.O.V Alec

O pé dela estava horrível, não sei como ela conseguiu se machucar desse jeito.
Dei o remédio e ela dormiu o que foi melhor, não suportaria a dor acordada.
Meu avô pegou com todo cuidado, pediu pra que eu segurasse a outra perna pra que não desse reflexos no corpo com a dor. E então ele voltou o pe no lugar, foi um estralo horrível como se estivesse moendo algo.

Mas logo que foi pro lugar o pe parou de inchar e estava praticamente voltando ao normal, já vi casos de pessoas perdendo o pe por não tratar a tempo ela tem sorte de nos ter aqui.

Ela iria dormir por muito mais tempo agora então a deixamos no quarto, era o melhor.

Run! Zombies In AreaOnde histórias criam vida. Descubra agora