Continuação - 13

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Ao final do expediente, um grupo de funcionários combinou de ir a um barzinho próximo para comemorar a novidade. Alice estava radiando felicidade. Marcaram de se encontrar no local.

– Tá feliz por mim? – perguntou Alice entrando no carro, juntamente com Rafael.

– Estou sim, você merece! Não conheço ninguém que pudesse assumir esse cargo melhor que você.

– Aaai, seu lindo! – e deu um beijo no rosto dele. – Te adoro, Rafa! Nossa, tô muito feliz!

Seguiram caminho e conversavam animadamente. Chegaram ao local e Rafael pediu que o garçom juntasse algumas mesas, pois estavam em um grupo com doze pessoas. Alice sentou ao lado dele, tentando ser discreta. Principalmente agora que deveria se manter o mais profissional possível. Aos poucos, os demais foram chegando e o lugar se encheu com risos e brindes.

Alice pediu uma taça de vinho, pois queria brindar com sua bebida favorita. Os demais seguiram numa rodada de chopp e Rafael pediu seu refrigerante favorito.

– Não acredito que não vai brindar comigo... – falou desapontada por ele estar bebendo refrigerante.

– Estou brindando com você, uai – e levantou o copo.

– Bebe um vinho comigo, Rafa... – pediu baixinho, de um jeito meloso.

– Mas eu não bebo, Alice... lembra?

– Tá bom. Hoje nada tira meu bom humor!

– Alice... – chamou um dos colegas. – Quantas taças serão?

– O suficiente pra eu ficar mais feliz do que já estou!

– Ah, então serão muitas! – gritou uma outra moça. – Você está radiante!

– Estou mesmo! Gente, muito obrigada por estarem aqui comigo!

As conversas seguiam e mais taças de vinho chegavam. Os demais continuavam bebendo chopp e Rafael seguia com seu refrigerante gelado, percebendo que ela estava rindo mais alto do que o normal.

– Com licença – disse Rafael levantando-se.

– Aonde você vai? – Alice pergunta segurando o braço dele.

– Ao banheiro – respondeu constrangido por perceber que uma pessoa sentada à frente percebera a cena.

– Não demora... – e o acompanhou com os olhos.

Ao caminhar em direção ao banheiro, duas desconhecidas passam por ele e uma delas diz alto "Oi, gatinho!" e todos ouviram. Quando Rafael retornou, "gatinho" já tinha virado seu apelido. Alice estava visivelmente chateada com a gracinha da moça e algumas pessoas notavam sua mudança.

– Cansou, Alice? – perguntou um rapaz sentado ao lado de Rafael.

– Não... Eu não me canso – seu tom de voz já indicava certa embriaguez. – Mas eu posso me cansar. Posso ficar muito cansada... – E olhou para Rafael, que respirava fundo desejando ardentemente sumir dali. – Quem eram aquelas engraçadinhas, Rafa?

– Não sei.

– Mas por que elas falaram com você?

Uai!

Quando o Amor Acontece: A ProcuraOnde histórias criam vida. Descubra agora