Capítulo 16

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[Ruby (esposa de Kit)]

Lá fora estava chovendo, estava me dando um pouco de medo, mas eu gosto de chuva.
Estava deitada na cama observando a chuva através da janela. Olhei para o relógio e eram 3:00 da manhã, "Que estranho, já era para o Kit ter chagado do trabalho", me levanto da cama, o chão estava gelado, começo a ir em direção ao corredor. Esse corredor era cheio de quadros e espelhos da nossa família, fui até a porta do lado direito, ver se Patrick ainda estava dormindo, então quando eu abro a porta lá está ele jogando no seu videogame, e digo:

- Isso é hora de ficar acordado menino?

- Relaxa mãe! Amanhã é sabado!

- É mesmo! Tinha me esquecido! Aé já ia me esquecendo... por acaso seu pai mandou mensagem para você? Já era para ele ter chegado...

Patrick pega seu celular e verifica.

- Não mãe... só mensagem do pessoal do grupo da sala.

- Okay... não vai dormir muito tarde... - Ele me olha com uma cara de deboche, quase rindo - Quer saber esquece! - Digo dando risada.

Então ele volta a jogar, me viro indo em direção ao corredor, quando estava saindo do quarto ele grita:

- Fecha a porta!

- Ta b... - quando ia responder vejo 2 sombras no final do corredor, uma pequena e outra quase do meu tamanho.

" Meu Deus! O que é isso!"
Então por causa do clarão do trovão, eu fecho os olhos, quando abro de novo não tinha mais nada.

- Mãe?...

Solto um grito, por causa do susto que levei, Patrick estava ao meu lado se segurando para não rir.

- Que susto Patrick! Quer me matar do coração! - Digo dando um tapa no braço dele, enquanto ele cai na guargalhada. - Olha isso to até tremendo!

- Pra que isso mãe? Parece que viu um fantasma! - Diz ele rindo mais.

Percebo que mesmo estando no escuro seus olhos azuis claros brilham, seu cabelo escuro e liso, todo bagunçado, sua pele branca. Ele é igual ao seu pai.

- Que foi? - Diz ele ficando mais sério.

- Nada... esquece! - Digo sorrindo para ele.

- Ta bom então, vou voltar a jogar, boa noite! - Diz ele dando um beijo na minha testa.

- Boa noite...

Fecho a porta, e penso em ir no andar de baixo, na cozinha ligar para a empresa de Kit, mas depois do que eu vi, só passo por ali quando estiver de manhã. Volto para meu quarto e tranco a porta, ainda com a imagem daquelas duas sombras, fico inquieta, como se alguém estivesse me observando, mas logo caio no sono de novo.


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