Capítulo 8 - Vamos Devagar

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Despertei ao sentir os lábios macios de Lucca sobre os meus, abri os olhos devagar e estava tentando ainda formar a imagem do rosto dele diante dos meus olhos. Quando finalmente a imagem ficou nítida, o cumprimentei com um sorriso largo.

- Bom dia! - Sua voz soou tranqüila e suave.

- Bom dia Lucca! - Respondi enquanto encarava aqueles olhos azuis que agora brilhavam como os de uma criança quando ganha um presente.

- Desculpa, não queria te acordar... Eu já estava de saída, apenas quis lhe dar um beijo antes de ir. - Logo se desculpou.

- Tudo bem, já está na hora de levantar. - Respondi me sentando na cama enquanto segurava o cobertor sobre meu peito.

- Tem certeza? - Perguntou como quem quisesse me alertar algo.

- Sim, por que? Que horas são? - Disse enquanto procurava um relógio.

- 07:00hrs da manhã. - Ele respondeu fazendo uma careta.

- O QUE? - Arregalei os olhos ao ouvir. - Tenha um ótimo dia Lucca, eu voltarei a dormir. Obrigada, de nada! - Me deitei novamente e me ajeitei na cama.

- Sabia que ia voltar a dormir, confesso que não queria ir embora. - Pude ouví-lo dizer.

- E por que acordou tão cedo? - Me virei para olhá-lo.

- Trabalho... - Respondeu em um ar de decepção.

- Um dia a menos, um a mais... Vem, deita aqui comigo. - O convidei levantando o cobertor, por uns instantes esqueci que ainda estava nua.

- É um convite tentador, ainda mais dessa forma. - Ele agora olhava pro meu corpo.

- Safado! - Me cobri rapidamente ao perceber. - Não chamei nessa intenção. - Conclui sorrindo sem jeito.

- Mas é tentador. - Disse piscando e fazendo uma cara de safado em seguida.

- Para de me olhar assim. - Logo peguei um travesseiro e bati nele. - Enquanto se decide eu vou dormir tá? Pode fechar a porta da sacada? Está frio, eu esqueci. - Pedi me ajeitando de novo pra dormi.

- Claro madame. - Pude ouvir seus passos quando levantou-se e fechou a porta, em poucos segundos pude sentir seu corpo quente me abraçando de conchinha. - E a propósito gostei de ver que não se desfez das fotos. - Sussurrou em meu ouvido.

- Por que iria me desfazer? - Perguntei ao ouví-lo, ele ainda estava tão quentinho que me encolhi em seus braços.

- Sei lá, raiva talvez...

- Não vai me deixar dormir não é? -Perguntei virando-me de frente para ele e o olhando nos olhos.

- Posso pensar ? - Devolveu ele com outra pergunta, sorrindo ao me encarar.

- Por que não vai deixar? - Perguntei mais uma vez.

- Não disse que não ia deixar, mas já que falou por mim. - Ele se levantou um pouco e ficou por cima do meu corpo agora com os lábios bem próximos aos meus. - É difícil tentar dormir com você dessa forma.

- Você nem sabe o que quer mais. - Brinquei rindo.

- Quem disse que não? - Suavemente ele mordeu meu lábio inferior, o puxou e segurou por uns instantes, soltando bem devagarzinho em seguida. - Quero você... - Acrescentou num sussurro.

- Estou aqui. - Sussurrei sentindo seus lábios macios bem próximos. - Me despertou agora aguenta. - Finalizei o surpreendendo com um beijo intenso e cheio de desejo.

Em pouco tempo estávamos nos amando novamente, não encontro palavras para descrever a sensação maravilhosa que é estar em seus braços. Nossos corpos queimavam em puro desejo, o prazer já nos dominava por inteiro, e o que menos queríamos era que isso acabasse, queríamos a todo custo prolongar esse momento.

Irônia do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora