Na manhã seguinte Anahí sentiu o corpo todo dolorido, lembrou do tombo que ela e Poncho tiveram no banheiro quando ela tentou correr dele e ele a alçancou, a erguendo no colo e escorrendo em seguida. Sorrio de olhos fechados.
Alfonso: Bom dia linda - pressionou os lábios contra os da esposa - O que te faz sorrir logo pela manhã?
Anahí: Bom dia... - disse com a voz rouca pelo sono - Você. Você que me faz sorrir assim - disse abrindo os olhos - PONCHO! - sentou na cama rapidamente procurando por algo, ou alguém.
Alfonso: Quê?! - perguntou assustado.
Anahí: Ontem... A Gi estava... Ela estava na nossa cama! - sussurrou quase sem voz - Transamos com ela na nossa cama? - estava perplexa.
Só então Poncho entendeu tamanho desespero. E riu. Gargalhou. Tombando a cabeça pra trás em uma risada gostosa.
Anahí: Ei! Não ria de mim - tacou uma almofada no marido - Qual é a graça afinal? - emburrada se levantou da cama.
Alfonso: Não, não mesmo, volte aqui - a puxou pela mão - Claro que não amor, eu levei ela pro quarto antes de vir pra cá e te acordar - levou a mão de Annie até sua boca e beijou levemente - Estou rindo porque me queria tanto que nem se lembrou que podia estar cometendo um atentado ao pudor! - riu novamente - Au! - passou a mão pelo braço após receber um tapa bem estalado da mulher.
Anahí: Cretino! Seria tudo culpa sua - olhou as horas - Amor, põe a pequena no banho? Não separei minha roupa ontem, então vou demorar - viu que o marido ia reclamar e resolveu dar o Xeque-Mate - Se chegar atrasado não será culpa minha! Estou te avisando.
Alfonso: Tá certo, ok. - disse bufando saindo do quarto.
Deixaram a filha na escola, e dessa vez Poncho quem a levou até a portaria. Sabia que se Anahí o fizesse seria outro drama que acabaria na casa da avó materna desta vez. Pararam em uma padaria próxima ao hospital e tomaram café da manhã juntos em um clima bem amoroso. Cheio de beijos e carinhos.
Anahí: Amor vamos almoçar juntos, você prometeu - selou os lábios.
Alfonso: Ahm, amor eu... - lembrou do combinado com Camila. Droga. - Está bem, mas eu venho te chamar combinado? Acho que vou me atrasar um pouco, o paciente antes do almoço é um senhor que sempre vem acompanhado de sua mulher extremamente cuidadosa, sempre quer saber as explicações nos mínimos detalhes e repete diversas vezes a mesma pergunta, me atrasando sempre. - colocava seu jaleco.
Anahí: Tudo bem amor - sentou em sua cadeira - Tenho plantão sábado à noite - fez bico - podia trocar com essa Camila né? - falava enquanto escrevia algo em sua agendar. Poncho paralisou. Anahí e Camila iriam fazer plantão no mesmo dia? Menos gente no hospital. Mais chance de se trombarem - Poncho? Amor está me ouvindo? - parou de escrever, segurava a caneta e olhava o marido. - Você está bem amor? - preocupada.
Alfonso: Estou. Estou. Estou sim - passou a mão pelo rosto, teria que acabar com isso ainda hoje. Conversaria com Camila. Explicaria que não teria como continuarem com aquilo, que iria ficar com Anahí. Que tinham uma filha e que não estragaria a felicidade dela. Pediria desculpa, diria o quanto a fizera bem durante o relacionamento deles, o quanto era incrível. Mas que merecia alguém que a amasse de verdade - Verei amor, verei com ela o que consigo - aproximou da esposa lhe dando um beijo e foi para sua sala.
Alfonso mal conseguiu trabalhar. Estava ansioso para que Camila aparecesse logo e ele pudesse colocar os pingos nos "is". Olhou no relógio, eram 12h37. Estava quase chegando o almoço. E como se ela lesse seus pensamentos, adentrou a sala feito um furacão.
Camila: AMOR! - entrou tão afoita que nem se lembrou de passar a chave na porta como sempre fazia - Não vai acreditar com quem EU vou dividir plantão no sábado! - Poncho já sabia a resposta, mas estava tão agoniado que balbuciou um "quem?" - ANAHÍ. HÁ HÁ HÁ - riu ironicamente - Francamente, essa mulherzinha infeliz me persegue!
Alfonso: Camila, nós temos que conver... - fora interrompido após Camila se jogar no seu colo. Dessa vez sentava de frente pra ele, com uma perna de cada lado de seu corpo. Bem colada.
Camila: Amor não consegue trocar com ela? - mordiscava o queixo de Poncho - Inventa qualquer coisa, diz que tem relatórios, planilhas, prontuários, o diabo que for, hein? - disse já abrindo os botões da camisa de Poncho.
Alfonso: Camila espera! Ei o que está fazendo? - tentava inutilmente fechar os botões da camisa, mas Camila estava afoita, e empurrava as mãos deles enquanto abria sem dificuldade todos os botões.
Camila: O que foi amor? Podemos ficar nós dois aqui, sozinhos nessa sala, fazendo o que sabemos fazer de melhor juntos, uhm? - dava chupadas pelo pescoço de Poncho que estava pronto para empurrá-la dali quando escutou uma voz.
Anahí: Estou curiosíssima para saber o que fazem de melhor juntos, quer me contar... Amor? - deu dando ênfase na última palavra.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Enquanto Houver Razões ❥
RomanceAté onde você deixaria tudo por amor? O que seria seu limite? Quantas noites de choro iria aguentar? Quantas datas importantes passaria sozinha? Quanto tempo suportaria a dor da solidão? Me pergunto se estou agindo errado, se devo acabar com tudo is...