No mesmo instante Alfonso levantou do sofá e foi até a esposa. Os seus impulsos nervosos estavam a mil, esperaram tanto por esse momento, se preparam tanto, e agora estava apavorado.
Alfonso: Amor calma, vai dar tudo certo, está tu-tudo bem - ele erguia as duas mãos no ar, em frente ao seu corpo, como se tentasse acalmar a esposa.
Anahí: Poncho eu estou calma - sorriu terna pro marido - Você precisa ficar calmo também - olhou Dulce - Preciso que me ajude a trocar essa roupa.
Dulce: Claro - largou a caneta e se levantou pronta para ajudar.
Christian: Mas que diabos Maite está fazendo? - todos olharam na direção do loiro, e encontraram Mai jogada no sofá tendo um ataque de riso, a gargalhada era escandalosa, e suas bochechas já estavam rosadas.
Anahí: Juro que não vou suportar isso de novo - fechou os olhos quando sentiu uma leve contração ao pé da barriga.
Nina: As dores do parto? - Estava aflita, sua mão estava apoiada nos ombros do marido. Sabia que daqui uns dias ela estaria vivendo aquilo, e isso era apavorador.
Anahí: Não - Poncho agora tinha um braço em volta da cintura de Anahí, enquanto a outra mão segurava a mão dela lhe dando sustentação - O ataque de risos de Mai, quando chegamos no hospital no dia em que fui ter a Giovanna, não sabiam quem deveria ser atendida primeiro.
Todos gargalharam.
Dulce: Christopher - chamou o marido que atendeu prontamente - Dá um jeito na Maite - olhou Nina - Amiga será que pode levar a Gi para sua casa? Os pais de Alfonso estão no interior, os pais da Annie provavelmente irão pro hospital e a Maite não é uma boa escolha no momento.
Nina: Claro, meu Deus nem precisava perguntar - respondeu na sequência - Quer que eu fique com o Be e o Lucas também? Não tem problema nenhum.
Dulce: Imagina. Vou deixar eles com a mãe do Ucker, é que a Gi não está muito acostumada com eles, então creio que teríamos um problema - olhou Alfonso - Vem, vamos até o quarto com ela - disse tocando as costas do amigo, que junto com a esposa caminhou para o quarto.
Anahí foi para o banho, deixou a água cair por suas costas para que pudesse relaxar, apesar de ter sentido um líquido vazar por entre suas pernas não era muito. Quando saiu do banho Dulce a ajudou a se vestir, colocando um vestido confortável e longo.
Alfonso: Você quer que eu ligue para a doutora Paloma? - se sentou na cama ao lado da mulher quando Dulce deixou o quarto.
Anahí: Ainda temos um tempinho, só tive uma contração - Alfonso se inclinou arrumando os travesseiros para que a mulher pudesse se encostar.
Apesar da bolsa ter rompido, não havia coloração esverdeada e nem mesmo sinais de sangue, por isso Anahí sabia que não adiantava sair correndo para a maternidade, porque ainda iria demorar um pouco para entrasse de fato em trabalho de parto, essa tinha sido apenas a primeira fase.
Alfonso: Quer alguma coisa? - alisou a perna da esposa.
Anahí: Chama a bebê pra mim, antes que a Nina vá embora.
Quando Giovanna entrou no quarto, já estava pronta para ir para a casa de Ian e Nina. Anahí sentiu os olhos encherem d'água quando viu a filha entrar. Em pensar que há cinco anos era ela quem estava se preparando para vir ao mundo. Foi tudo tão diferente, era tão nova e inexperiente, se sentia tão sozinha e desprotegida. Sentia um medo absurdo, queria logo ter a filha nos braços para que tudo aquilo acabasse de uma vez. Lembrou que chegou na maternidade com o pai e a mãe, Alfonso chegou horas depois, mas não quis entrar na sala de parto com ela. Tudo o que passou, teve que passar sozinha. As dores, o medo, as lágrimas derramadas, e até a felicidade ao ver Giovanna pela primeira vez. Era tão linda.

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Enquanto Houver Razões ❥
RomanceAté onde você deixaria tudo por amor? O que seria seu limite? Quantas noites de choro iria aguentar? Quantas datas importantes passaria sozinha? Quanto tempo suportaria a dor da solidão? Me pergunto se estou agindo errado, se devo acabar com tudo is...