Como prometeu a filha, logo pela manhã já estava na casa de Dulce para pegá-la. Agradeceu a amiga por tudo, e logo foi pra casa. Ligou para Amanda e pediu que desmarcasse todas as consultas do dia, e resolveu não levar Giovanna para aula. Ao chegarem em casa Maite não estava mais, deixou um bilhete fofo explicando que tinha prova na faculdade, mas que se precisasse de companhia novamente era só ligar, ou se precisasse de qualquer outra coisa.
Anahí: Então quer dizer que você se encheu de doces ontem? - entrou no quarto da filha e puxou um puf rosa sentando em frente a cama da filha.Giovanna: Mais ou menos - fazia o gesto com a mãozinha.
Anahí: Mais ou menos não é? - fez cócegas na barriga da menina que se jogou pra trás na cama tentando se afastar da mãe - Gi, a mamãe tem uma coisa pra conversar com você - puxou as duas mãos da filha para que ficasse sentada novamente de frente pra ela.
Giovanna: O que é mamãe? - colocou uma mãozinha em cada joelho, e balançava as perninhas no ar.
Anahí: Eu e seu pai, nós não vamos mais morar na mesma casa - viu os olhos da filha se abrirem espantada - Ele vai morar em uma casa, e eu e você vamos morar em outra - deu uma breve pausa para organizar as ideias - Mas isso não quer dizer que ele e nem eu iremos amar menos você por isso. Ele vai ver você sempre que quiser, e você poderá ir pra casa dele também.
Giovanna: Mas porque? - Estava triste. Não queria morar só com a mãe. Apesar de ver os pais raramente juntos em casa, queria morar com os dois! Além do mais, todas suas amiguinhas moravam com os pais. Porque ela seria diferente? - Vocês são namorados, e o papai não tem outra cama pra dormir.
Anahí imaginou inúmeras outras camas que Alfonso teria dormido durante o casamento. Sentia a tristeza da filha. Mas uma hora ou outra teria que contar de qualquer forma.
Anahí: Não somos mais, agora não somos mais namorados. E quando isso acontece, o papai mora em outro lugar. Por isso ontem, o papai veio aqui, pegou as coisas dele e levou para a nova casa - levantou e sentou na cama da filha puxando ela para sentar de lado em seu colo - Você terá duas casas! Olha que legal! Aposto que nenhuma amiguinha tem duas casas como você! - tentava mostrar desesperadamente para a filha que aquilo não era de todo mal. Tentava inutilmente.Giovanna: Não quero ter duas casas, eu gosto só da nossa - estava com a cabeça apoiada no colo da mãe. Anahí permaneceu em silêncio. Não tinha nada que pudesse ser dito - Por isso você chorou ontem? - se desencostou do colo da mãe para olhá-la.
Anahí: Ontem eu estava muito triste por isso - tirava a franja da menina que teimava em cair sobre os olhos - Mas agora não estou mais - sorriu - Sabe porque?
Giovanna: uhm uhm - balançou a cabeça esperando a resposta enquanto mexia no pingente de Anahí.
Anahí: Porque tenho a minha bonequinha hoje o dia todinho, e agora mesmo vamos ir comer aqueles pãezinhos de queijo deliciosos com um super chocolate quente, o que acha?
Giovanna: EBA! - desceu correndo do colo da mãe pra calçar suas sandálias. Pedia para Annie quase todos os dias que tomassem café na Casa do Pão de Queijo, porque adorava o Pão recheado com catupiry, mais conhecido como "creminho".
As duas seguiram para o café da manhã e estenderam a saída até um parquinho que ficava bem próximo dali. Apesar de Annie estar com o pensamento a mil. Não queria passar tanto tempo em casa, ali não teria como correr de suas lembranças. Poncho estava em cada pequeno canto.
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Enquanto Houver Razões ❥
RomanceAté onde você deixaria tudo por amor? O que seria seu limite? Quantas noites de choro iria aguentar? Quantas datas importantes passaria sozinha? Quanto tempo suportaria a dor da solidão? Me pergunto se estou agindo errado, se devo acabar com tudo is...