Capítulo 121

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Anahí sentia o corpo tremer por dentro, queria Alfonso. Naquele momento era ele quem ela precisava. Sabia que precisava. Pelo menos hoje. Não queria pensar no antes e nem do depois. Só queria viver o momento. Sem esperanças de um futuro. Não queria saber se estava dando a chance dele se redimir rápido demais. Estava carente, e sua carência não era por qualquer um. Era carência dele. Poderia ser fraca, e isso não era nada demais. Todos temos fraquezas, afinal somos humanos. Uns sentem demais, outros sentem de menos, mas sentimos. Só tinha medo da compulsão que poderia sentir por ele depois, e querer ele pra sempre, e pra sempre e sempre. Tinha medo que esse desejo tão grande que estava sentido, não fosse momentâneo. Que o desejasse com essa intensidade amanhã, e depois. E de tarde. E de noite. De madrugada. Só tinha medo de não saber digerir tanto amor, e esse amor acabar lhe fazendo mal, como sempre fez. Mas apesar do medo, o queria e não iria desistir. Podia ter mudado. Podia ter aprendido a dar valor à ela. Conseguir enxergar que não era apenas ele quem poderia lhe desejar. Que ela também podia ser feliz com outra pessoa, mesmo não amando ninguém como amava Poncho.

E poderia até ter se sentido mais leve nesse último mês que passou sozinha. Saindo com amigos sem ter que dar satisfações. Ser livre na balada, no barzinho com amigos. Mas pelo menos antes de dormir, ser livre pesava. Então iria até o fim. Desse no que desse. Só mais um pouco, uma lasquinha de nada. Só pra dormir feliz. Amanhã era amanhã.

Seus pensamentos fugiram quando sentiu Alfonso se afastar e se sentar bem ao seu lado, visivelmente ofegante.

Anahí: O que foi? - disse com a voz tremula tentando se recuperar das carícias de Alfonso.

Alfonso: Não quero assim - encarou Anahí que tinha um semblante agora um tanto inquisidor - Quero fazer diferente Annie - passou a mão pelo cabelo tentando controlar a vontade desmedida de possuir Anahí naquele momento.

Anahí: Quê?! - sentou se na cama com a maior cara de "me amassa porque estou passada" - Que papo é esse? - ainda arfava.

Alfonso: Eu não quero que pense que estou aqui porque quero transar com você - fixou os olhos no azul de Anahí tentando passar o máximo de sinceridade naquelas palavras - Estou aqui porque quero você, porque quero ficar bem com você, quero reconstruir nossa família, não te dar mais motivos pra desconfianças - pegou a mão dela que se mantinha apoiada na cama, o peito dele arfava pela excitação - Quero ser seu companheiro Annie, cuidar de você, te mimar, te dar todo o amor que merece.

Anahí: Poncho...

Alfonso: Espera... - pediu em suplica para que o deixasse terminar - Não quis vir aqui só pra ter uma noite de amor com você, e te deixar cheia de desconfiança amanhã - alisava o dorso da mão dela com seu polegar - Vim porque tudo o que mais quero é passar todos os momentos possíveis da minha vida do seu lado pequena, porque só de estar perto de você já me sinto completo, sem o vazio que senti esses meses todos longe daqui.

Anahí: Olha - disse tentando digerir tudo isso que Poncho colocava pra fora. Estava muito feliz em ouvir isso tudo, mas seu corpo clamava por ele - Amor eu nem sei o que dizer - sorriu - É tudo lindo demais isso, mas será que não pode agir assim a partir de amanhã? - disse apoiando as duas mãos na cama e andando de gatinhas até perto dele, mordiscou os lábios dele levemente - uhm?

Alfonso: Anahí Anahí, juro que estou me segurando - disse fraco mordendo o canto da boca recebendo a provocação da morena que mantinha uma das mãos apoiadas bem próxima à ereção de Alfonso.

Anahí: Não se segure mais então - roçou os lábios pela orelha de Poncho, soltando ali um hálito quente.

Alfonso: Pequena você precisa descansar - disse com a pele arrepiada pelo gesto de Annie. Virou levemente o rosto encontrando a boca dela e depositando um selo demorado.

Anahí: Droga Alfonso! - disse frustrada - Eu não estou acreditando que vai me negar isso! Acho que esses meses longe de casa te fizeram desaprender algumas coisas - bufou.

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