Capítulo 18

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No final do expediente Alfonso estava entrando no carro quando viu Anahí sair do elevador. Esperou que ela se aproximasse, sua vaga era ao lado da dele.

Alfonso: Será que posso passar na sua casa? Queria falar com a Giovanna.

Anahí: Uhum - abriu a porta do carro e entrou, esperou o vidro baixar por completo para prosseguir - Aproveite enquanto não regularizo as visitas, ficará com ela de 15 em 15 dias. Nos finais de semana.

Alfonso: Quê?! - estava em pé ao lado da porta do carro aperta - Annie pra quê isso? Não podemos resolver civilizadamente? E se cair em dias que tenho plantão?

Anahí: Aí você se vira Alfonso - deu ré e partiu com o carro. Deixá-lo falando estava se tornando bem divertido.

Minutos depois estavam os dois na rua do condomínio, Alfonso andava com o carro ao lado do de Anahí, e estava pronto para virar o volante em direção a entrada dos carros quando o de Anahí entrou em sua frente, o fazendo brecar para não bater no dela em cheio.

Alfonso: QUER MORRER? Não viu que eu ia entrar?

Anahí: Aqui é apenas para moradores. Sua vaga esta logo ali - apontou para a fileira de carros na calçada em frente - Visitantes - sorriu e entrou assim que o portão automático abriu.

Poncho socou o volante com raiva. Anahí estava se tornando intolerável. Surpreendeu-se quando o porteiro abriu o portão que era passagem apenas de moradores. Estava pensando que Anahí já teria dado ordens expressas de só deixá-lo subir com sua autorização. Com interfone e tudo o mais. Quando chegou ao andar do apartamento, não sabia se entrava de vez ou se tocava campainha. Mas nem precisou, a filha já estava na porta o esperando toda contente.

Giovanna: Papai! - correu até o pai que a ergueu.

Alfonso: Oi gatinha! - beijou a filha no rosto enquanto adentrava a casa. Nem sinal de Anahí - Estava com saudade de você sabia?

Giovanna: Eu também - passou o dedinho fazendo caminho pela bochecha do pai - você não gosta mais da gente?

Alfonso: Gosto! - sentiu os dedinhos da filha - Porque acha que não? - sentou no sofá colocando a filha de lado em uma de suas pernas.

Giovanna: Porque não quer mais morar com a gente? - olhou o pai.

Alfonso: Filha você é muito pequena para entender isso - deu lhe um beijo na testa - Mas não pense isso, eu te amo, do tamanho de - pressionou os lábios deixando formar um traço fino, pensava em algo bem grande - do tamanho da Tokyo Sky Tree!

Giovanna: Quê? - fez uma careta engraçada fazendo Poncho rir.

Alfonso: É a maior estrutura do mundo! Isso significa que te amo demais.

Giovanna: Ah então tudo bem - sorriu - E ama a mamãe também?

Alfonso: Sim, sua mãe também - queria mudar de assunto, não estava nada confortável com o rumo da conversa - Como foi sua aula?

Giovanna: Tive ballet, aprendi isso olha - desceu do colo do pai, colocou os dois bracinhos para cima e juntou apenas as pontinhas do dedo, foi levantando apenas uma perninha e parou com o pé no joelho formando um "quatro".

Alfonso: Que linda! - admirou a filha. Se deu conta de que poucas vezes se sentou com ela ao final da tarde para saber como tinha sido o dia. Talvez nunca o fez na verdade. Sentiu-se mal. Anahí tinha toda a razão de ficar zangada com a possibilidade de perder a filha pra ele - É uma linda bailarina meu amor, venha cá - puxou a menina.

Giovanna: Brigada pai - sentou novamente no colo dele - Você vai me ver dançar na minha escola?

Alfonso: Quando princesa? - deixou a filha bem juntinho de seu corpo, agora se dava conta de quanto havia perdido não dando atenção para ela. Mas agora iria ser diferente.

Giovanna: Acho que é dia 14 - chutou um dia qualquer - a mamãe sabe - deu ombros - você vai ir?

Alfonso: Mas é claro! Não perderia por nada no mundo. Você quer ir passar um final de semana com o papai? - encostou no sofá - Só eu e você.

Giovanna: A mamãe não pode ir? - olhou o pai com suplica nos olhos - eu queria que ela fosse junto com a gente - Estava formulando uma resposta quando Anahí lhe salvou.

Anahí: A mamãe vai trabalhar, lembra que eu te disse? - estava parada próximo da porta - Acho uma ótima ideia ir com seu pai meu amor - olhou Poncho - Agora dá um beijo bem grande de boa noite, porque ele precisa ir para casa e você para a cama.

Giovanna: Mas já? - fez um enorme bico nos lábios - Ele não pode me por na cama? - olhou para a mãe esperando resposta.

Anahí queria Poncho bem longe dali, não via a hora dele ir embora. E agora essa, Giovanna pedia para que ele ficasse mais. Levantou o rosto e olhou o teto. Não poderia privar a filha da presença dele. Não tinha o direito de ser tão egoísta.

Anahí: Tudo bem, se ele quiser...

Alfonso: Então vamos lá mocinha - levantou e ergueu a filha deitada deixando a barriga dela bem de frente ao seu rosto, aproximou a boca dali e assoprou fazendo um enorme barulho. Andava pro quarto repetindo os movimentos e arrancando altas gargalhadas da pequena.

Depois de muita luta, conseguiu colocar a filha para dormir. Levantou da cama com cuidado e deu um beijo na testa dela. Encostou a porta e foi para sala. Anahí estava pronta para dormir, só aguardava Poncho ir embora. Quando o viu, levantou já indo para porta.

Anahí: Boa noite Alfonso - abriu a porta e esperou ele sair.

Alfonso: Boa noite Annie, até amanhã - saiu em seguida. Annie bebeu água antes de ir para seu quarto e pegar no sono.

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