Capítulo 36

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Todos olharam na direção da menina. Silêncio total, ninguém tinha coragem de dizer uma só palavra. Antônio olhou Poncho tentando imaginar o que o filho havia feito, ou deixado de fazer para que a neta dissesse tal coisa. Alfonso virou, e viu os três como se fossem uma família. Estava sendo demais pra ele. Sentia que todo mundo o olhava.



Alfonso: Não diga isso Gi, é claro que eu gosto de você - queria se bater depois de escutar isso da filha.

Giovanna: Mas você nem vai na minha casa me ver, e nem me liga.

Suzana: Gi, seu pai te ama muito, não diga isso nunca mais - andou até a neta vendo que o filho estava sem reação, abaixou-se diante dela - Todos que estão aqui hoje gostam de você! Por isso que vamos comemorar todos juntos, porque estamos explodindo de orgulho da nossa bailarina, viu? - a menina balançou a cabeça e ela levantou olhando Annie - Vocês irão, não é?



Poncho iria agradecer a mãe por ter tido a iniciativa de falar o que ele queria, mas foi pego tão de surpresa que não teve coragem de dar uma palavra se quer. Antônio permaneceu com a expressão séria, iria ter uma boa conversa com Alfonso.



Anahí: Não sei... Você quer ir? - olhou Ian que assentiu com a cabeça. Poncho se revoltou com aquilo. Quer dizer que ela só iria se o babacão fosse junto? - Então vamos!

Maite: Camila se quiser nós podemos esperar Poncho levar você embora para pedirmos a janta, tenho certeza que ninguém iria se importar de aguardar uns minutos - sorriu ironicamente, dizia subliminarmente que ninguém ali sentiria sua falta se fosse embora, mas o irmão iria ela querendo ou não.

Camila: Se Poncho quer ir, devo acompanhá-lo não acha cunhadinha? - sorriu e encostou o rosto no braço de Poncho, que estava de braços cruzados, não gostando nadinha de ver sua filha com Ian.

Dulce: Não acha não né Mai? - olhou a amiga sorrindo - Eu não acho! Em absoluto... Se precisa ir embora deve ir, e Poncho irá depois.

Alfonso: Meninas por favor - olhou Dul e Mai - Ela irá comigo, já chega - tirou a chave do bolso - Vou seguindo vocês - olhou a filha - Quer vir com o papai?

Giovanna: Não - encostou na perna de Ian - Vou ir com o tio Ian e minha mãe - não estava agredindo Poncho, pelo menos não conscientemente, dizia na inocência de criança.



Alfonso entrou no carro batendo forte a porta. Ian podia até ficar com Anahí, mas não deixaria que Giovanna também o preferisse. Batucava os dedos no volante esperando que alguém saísse para que pudesse acompanhar.



Camila: Viu o que ganha mimando essa menina Poncho? - fechou a porta do carro - Está te deixando pra ficar com o namoradinho da mãe, onde já se viu? - disse na maldade, queria deixar o namorado com raiva da filha.

Alfonso: Já disse que ele não é namorado de Anahí - disse entre dentes.

Camila: Seja lá o que for dela! Acha que ele passa o dia atrás dela, a leva para almoçar, agrada sua filha, vem em apresentações de ballet... só porque é um cara bacana, respeitador, amigo e quer ver Anahí feliz? Acorda Poncho! Já devem ter ido pra cama faz tempo!

Alfonso: CAMILA JÁ CHEGA! - apertava com força as mãos em volta do volante.

Camila: OK! - viu que o pessoal já seguia para os respectivos carros após escolherem o restaurante - Não precisa se preocupar meu amor - virou de lado dando um beijo no canto dos lábios de Alfonso - Nossos filhos nunca irão fazer isso com você.

Alfonso: Que filhos Camila - ligou o carro e deu ré - Se toca.

Camila: Credo Poncho - arrumou-se no banco colocando o cinto quando o carro começou a andar - Não tenho culpa se está sendo trocado por suas queridinhas.



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