Capítulo 31

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Anahí: Sinto todos os olhares sobre nós dois nesse exato momento - dizia olhando o cardápio.

Ian: Jura? - olhou em volta discretamente - Se importa com isso?

Anahí: Nenhum pouco - o olhou sorrindo - Vou pedir o mesmo de sempre, nem sei porque perco meu tempo - fechou o cardápio.

Ian: Ei campeão - ergueu os braços chamando o rapaz que servia os lanches - Um Latte Macchiato com chantilly e duas pedras de caramelo por favor, e pra mim uma vitamina de iogurte - Anahí se derreteu. Ele havia decorado sua bebida preferida em menos de uma semana. Coisa que Alfonso em dez anos não havia feito.

Ian: O que vai fazer hoje? - bebeu sua vitamina.

Anahí: Minha mãe vai ir lá em casa, chegou de viagem. Estava em Fortaleza visitando minha avó - buscava uma das pedras de caramelo com a pequena colher - Ia ficar mais um mês por lá, mas quis adiar a volta depois que soube sobre a minha separação.

Ian: Puxa... - desistiu de chamá-la para sair - E o que ela achou?

Anahí: Ficou sentida pela Giovanna, mas sabia que eu já não estava feliz no casamento, então... - deu ombros - Deve ter ficado aliviada. Meu pai que está uma fera, sempre foi super protetor, e nunca aceitou meu casamento, dizia que eu era muito nova. Só parou de reclamar quando Giovanna nasceu. - mastigava o caramelo que grudava em seus dentes insistentemente.

Ian: Entendo - passou o dedo em volta do copo - Como prefere amanhã? Quer que eu pegue vocês em casa ou quer que eu te encontre lá?

Anahí: O que for melhor para você - acabou com seu macchiato - Só espero que o casalzinho feliz não estrague a festinha.

Ian: Alfonso não faria isso com a Gi - puxou a mão de Annie e beijou sobre a mesa - Tenho uma consulta agora, até mais tarde anjo.



Se despediram e Ian saiu rumo à sala. Quando Annie estava se preparando para levantar viu Alfonso.



Anahí: Decidiu acabar com a greve de silêncio Alfonso? - se levantou - Pensei até que mandaria Ucker em seu lugar amanhã - sorriu irônica.

Alfonso: Não estou afim de escutar suas ironias Anahí. Só preciso saber qual o endereço de amanhã, ou o nome do local para que eu possa achar no GPS.

Anahí: Te mando por e-mail - deu dois passos e se virou - E a propósito Alfonso, sua filha está muito bem.

Alfonso: Sei que ela está bem, porque não estaria? - tinha as mãos nos bolsos do jaleco.



Anahí o olhou em silêncio, se virou e voltou a andar. Poncho notou que ela balançou a cabeça negando algo. Depois a viu entrar no elevador. Anahí não sabia como depois de ver a filha tão assustada naquela noite, Alfonso não teve coragem de se preocupar. Não perguntou sobre a menina, e já que não queria falar com Annie, que ao menos tivesse ligado em sua casa durante o dia, perguntado para Adelina, ou ligasse e pedisse para falar com a própria filha. Era um infantil egoísta, seus sentimentos sempre vinham em primeiro lugar. Se estava com raiva de Anahí não deveria deixar isso atingir o relacionamento com a filha. Então lembrou que na manhã seguinte, a primeira coisa que Ian lhe perguntou quando a viu, era se Giovanna estava mais calma. Conversaram por horas sobre a pequena, ele até recomendou que Annie marcasse psicólogo para ela, seria bom. E de noite quis ir vê-la, comprou um esqueleto das monstrinhas que gostava. A menina se encantou quando soube que ele ficava acesso no escuro. Ian era muito especial, pena que seu coração ainda era burro o bastante.


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