Capítulo 14

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Depois de um pouco mais de um dia, Oliver bateu em minha porta, explicando que havia recebido a carta e que estava tudo bem entre nós, que não haveria razão para chateação ou remorso da minha parte, então eu apenas agradeci. No fundo pude sentir que as coisas não estavam completamente ok. Oliver continuava sorrindo, me tratando bem e sendo educado, mas os seus olhos não brilhavam mais quando ele me via e o seu sorriso parecia forçado.

Eu tentei ao máximo não notar o começo de sua singela indiferença sobre nós, mas aos poucos fui percebendo mais e mais o desencadeamento da frieza em Oliver. Bom, na verdade, ele tinha todo o direito de ficar chateado comigo e me achar uma tremenda desmiolada, por isso tentei relevar o seu modo de me tratar, mesmo que isso aos poucos me machucasse.

Durante aquela semana saímos para tomar um café da tarde na "Bibliocafeteria" e eu tentava puxar assunto, fazê-lo sorrir, mostrar crônicas novas e ele parecia tentar ser gentil, apesar de eu perceber o cansaço em seus olhos. Eu tive medo de que os encontros ficassem ainda mais escassos pois, a presença de Oliver me fazia bem, e eu não conseguia me imaginar muito tempo sem ele. Eu sabia que era errado praticar esse apego diário a alguém, afinal, os corações parecem que às vezes tem uma data para esquecimento de pessoas, e eu sabia que um dia isso poderia acontecer entre nós e apesar disso, continuei a acreditar num "nós" que não existia. Mas aos poucos paramos de nos ver e eu via que em suas poucas expressões havia mais algum peso sobre suas costas.



Minha Querida Sem Nome IIOnde histórias criam vida. Descubra agora