Uns poucos dias se passaram e tentei não ligar mais para Oliver. Nesse meio tempo comecei a chorar, acreditem ou não. Ignorá-lo parecia fácil, mas não era. Quando ele vinha falar comigo, eu me contorcia por dentro para não responder e era doloroso e decadente, por isso eu chorava tanto quando estava sozinha. Ás vezes eu me pegava pensando em ir até o seu apartamento perguntar como ele estava, mas precisei acalmar os ânimos e trancar minhas palavras na garganta.
Aos poucos as coisas foram ficando chatas e eu cada vez mais idiota, fazendo esse papel de "senhorita não-ligo". As coisas já estavam ficando forçadas, mas os meus sentimentos começaram a ficar quietos e dorminhocos e parei realmente de me importar tanto assim com Oliver. Pelo menos era nisso que eu acreditava.
Passei a sair mais com Rita e Rafael e conheci mais gente. Aliás, cheguei até a conhecer uns caras bem interessantes. Comecei a me livrar daquela bolha sentimental e triste chamada apartamento. E então, percebi que talvez eu pudesse ficar bem sem o Oliver. Quem precisava dele, afinal? Eu não! As coisas em minha vida estavam mudando e eu não parecia mais com a garota que sempre demonstrava estar depressiva e sozinha. Eu sorria mais quando estava fora do meu prédio. Estava tudo certinho, as coisas começavam a ir muito bem e as únicas palavras que Oliver e eu trocávamos era "bom dia", "boa tarde" e "boa noite". Mais nada.
E aí, eu achei que estava tudo bem, até que em uma tarde de sábado, esbarrei com Oliver no corredor de nossos apartamentos e ele estava de mãos dadas com uma mulher. Bom, depois disso toda aquela minha merda de "pseudo-confiança" havia desmoronado.
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Minha Querida Sem Nome II
Romance"Ela", "Você", "Moça" é uma jovem adulta que mora com sua gata Zoé em um apartamento na cidade grande. Ela trabalha em uma biblioteca e gosta de escrever crônicas em seu tempo livre ou então ir a um bar perto de sua casa para beber seu drink favorit...