No dia seguinte, acordei às seis da manhã, arrumei-me de uma forma um pouco formal, prendi os cabelos em um penteado simples, peguei minha bolsa e me despedi de Zoé, para ir até o encontro com o editor.
- Deseje-me sorte, Zoé! – gritei antes de sair do apartamento.
Peguei o metrô no horário em que ele ainda não estava tão cheio e fui até a estação da biblioteca, escutando música em meus fones de ouvido. Quando cheguei na estação em que deveria descer, comecei a ficar gélida e nervosa. Aquela seria a minha chance de divulgar o meu trabalho e eu estava incrivelmente animada.
Aos poucos subi a rua e entrei na biblioteca. Seu Carlos me deu um abraço apertado e perguntou como eu estava.
- Um pouco nervosa. – respondi.
- Não fique, minha querida! Tenho certeza de que tudo dará certo. Fechei a cafeteria para que vocês pudessem conversar sem esses meus clientes faladores. – falou rindo e abraçando-me novamente.
- Obrigada! – falei, com um sentimento de felicidade e aflição, tudo misturado.
Seu Carlos se sentou num banquinho na porta da biblioteca e eu subi as escadas que davam para a cafeteria. Quando abri a porta e entrei, tive um susto repentino. Coloquei as mãos nos olhos e ri descontroladamente.
Lá estava Oliver, sentado em uma mesa, segurando uma xícara de café e me olhando sorridente.
- Eu disse que não esqueceria da minha cronista preferida.
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Minha Querida Sem Nome II
Romance"Ela", "Você", "Moça" é uma jovem adulta que mora com sua gata Zoé em um apartamento na cidade grande. Ela trabalha em uma biblioteca e gosta de escrever crônicas em seu tempo livre ou então ir a um bar perto de sua casa para beber seu drink favorit...