Tudo aconteceu em camera lenta. Harry e eu corremos juntos para a sala, onde todos estavam completamente empalidecidos e em choque a olhar para o rapaz caído no chão. Gemma apenas chorava, gritando as coisas mais inesperadas, completamente aterrorizada. Harry não teve tempo para parar: Ele apenas correu para Louis, pegando no corpo magro do rapaz no chão e numa questão de segundos já nenhum deles estava sequer em casa.
Virei-me para Margaret que tinha ambas as mãos em frente dos seus lábios, talvez tentando impedir a sua boca de soltar qualquer tipo de som. "Vamos para o hospital." Afirmei.
A minha mão livre agarrou a perna de Gemma durante todo o caminho para o hospital, tentando transferir-lhe algum conforto e segurança, temendo que a rapariga tivesse algum ataque de ansiedade ou pânico. "Foda-se, tanto transito a esta hora porquê?" Gemma choramingou, dando um soco no volante.
"Acalma-te." Sussurrei, beijando a sua bochecha com dificuldade por causa do cinto de segurança. Depois, comecei a esfregar a minha mão na sua perna lentamente, mordendo o meu lábio inferior com força enquanto olhava pela janela.
Por fim chegámos ao hospital, todos numa angústia enorme enquanto caminhávamos pelos corredores que pareciam intermináveis. Acabámos por encontrar Harry sentado numa sala de espera, algumas pessoas a falar com ele, uma senhora idosa com a sua mão no seu ombro enquanto o rapaz apenas os ignorava e olhava para a frente, provavelmente não entendo nada do que diziam.
"Harry!" Chamei-o, não querendo meter-me na confusão de pessoas e logo o seu olhar verde subiu, um sorriso descansado aparecendo no seu rosto enquanto corria até mim, envolvendo-me nos seus fortes braços. Rodeei o seu pescoço com os meus, espalhando beijos repetidos pela sua bochecha. "Agiste tão rápido e tão bem meu amor, estou tão orgulhosa de ti." Sussurrei ao seu ouvido, ouvindo-o suspirar.
"Eles levaram-no e disseram que já me vinham dar noticias. Mas pelo que sei ele está bem, foi um desmaio... Também podem tê-lo dito para me acalmar." Encolheu os ombros, esticando a sua mão para a sua irmã, entrelaçando os seus dedos nos dela. "Veremos. Fiz o máximo que podia."
"Nós sabemos que sim Harry." Assenti com a cabeça, encostando então a mesma ao seu ombro, fechando os meus olhos. O cheiro de Harry sempre foi algo que me acalmou, mostrava que ele estava ali, dava-me noção da sua presença, fazia com que me sentisse mais segura que nunca. "Vamos apenas esperar e ver o que acontece..."
Duas horas se passaram e Harry adormeceu no colo da irmã. Margaret e Carl estavam na rua a conversar o tempo todo, ambos dizendo detestar o ar pesado do hospital, algo a que eu já estava mais do que habituada. "Eu vou buscar-lhe um café, ele vai acordar." Sussurrei para Gemma, enquanto me levantava. Caminhei até uma maquina, retirando os pequenos trocos que tinha nos bolsos das calças e coloquei as moedas na mesma, retirando um café de seguida. Com o copo nas mãos, voltei a caminhar para perto dos irmãos.
"Como sabes que vai acordar?" Perguntou a rapariga, os seus dedos fazendo longas festas nos cabelos despenteados e longos do irmão, talvez uma das características físicas que mais gostava nele.
"O Harry começa a mexer-se muito quando vai acordar e a respiração fica mais tremida, ele fica com imensa ansiedade quando está perto de acordar." Expliquei, ajoelhando-me em frente do rapaz deitado no colo da irmã, o copo na minha mão. Gemma apenas nos observou em silêncio, enquanto eu levava a minha mão ao rosto dele, fazendo-lhe uma festa.
Calmamente os seus olhos verdes abriram-se, o rapaz pestanejando repetidamente enquanto me observava com atenção. Depois, viu o copo na minha mão e sorriu preguiçoso, sentando-se na cadeira. Voltei a levantar-me, entregando-lhe o copo que ele logo posicionou entre os seus lábios, saboreando a bebida. "Como te sentes?" Perguntei, encostando-me à parede ao seu lado. Ele virou-se para mim, Gemma começou a jogar no seu telemóvel.
VOCÊ ESTÁ LENDO
THUNDERSTORM | Harry Styles
FanfictionEu aprendi a valorizar os meus raios de sol, não as minhas tempestades... porque elas não duram para sempre.