ANAHÍ

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Poncho foi pagar a conta, enquanto eu tentava me recompor.
Aquilo parecia à coisa mais difícil de fazer.
Me controlar.


Poncho logo volto e assim nós voltamos para o jornal.
Evitamos subir de elevador. Pelo menos eu evitei.
Ele ficou para esperar o elevador, eu subi as escadas.
Não que eu pensasse que o elevador iria travar novamente e que eu iria perder o meu controle. Mas, nunca se sabe não é?


Quando cheguei ao nosso andar, Poncho já estava sentado digitando alguma coisa concentrado.

Eu olhei para ele e lembrei-me do Poncho sensual, e quente que estava dentro daquele elevador.
Passei direto sem ter que olhar para trás.
Coloquei a bolsa em cima da mesa e sentei.
Maite e Dulce logo empurraram a cadeira de rodinhas e estavam ao meu lado.


Dulce: Sua vadia, agarrou ele dentro do elevador não agarrou?



Mai rindo: E eu pensando que Poncho não ia fazer nada.



Annie riu: Obrigada pelo vadia amiga. E eu não vou contar nada para vocês agora.



Dulce: Ela pegou ele dentro do elevador. Ah toda vez que entrar lá vou querer o mesmo com meu Ucker.



Mai fez uma careta: Deixa disso Dulce.



Annie rindo: Espere Dulce, eu e Poncho não chegamos no finalmente.



As duas: O QUE?



Annie olha serio para ela: Por isso não queria contar nada agora. Depois nós conversamos.



Maite voltando para o lugar dela: Só avisando, hoje você vai ter seu primeiro encontro. Nós já escolhemos para você e ele vem te buscar.



Annie arregala os olhos: O que? Vocês estão loucas? Eu quase –ela fala mais baixo- transei com Poncho dentro do elevador. E vocês acham que eu tenho condições psicológicas e emocionais para sair com outro homem?  


Dulce rindo voltando para o lugar dela: Mostra a foto dele pra ela Mai.


Mai sorriu: É claro que você vai ter condições minha querida.



Annie pegou a foto e arregalou mais os olhos: Como que um homem desses ainda esta solteiro?



Dulce rindo: Boa pergunta.



Annie sorrindo: Vocês duas não prestam sabia? Eu quero morrer amiga de vocês.



Dulce: Eu sei que sou linda e gostosa Annie. Não precisa me dizer.



Mai revirou os olhos: Você trouxe alguma roupa? Ou quer que eu vá buscar para você? Aproveita que eu to boazinha hoje em.



Annie sorriu: Depende onde eu e ele iremos. Alias como ele chama mesmo? O que ele faz?


Dulce: Jensen Ackles, ele é de Dallas, Texas, mas mora a mais de dez anos aqui.


Mai sorriu: Tem 28 anos, solteiro, nunca se casou, e é dentista.


Dulce: Ou seja, tem um sorriso lindo.


Mai: Ele tem 1,85. Mora sozinho. Olha que beleza, depois do encontro você pode acabar com sua vontade na casa dele.


Annie: Vai te ferrar Maite.


Maite rindo: vem falar que você não quer?


Annie: Olha o chefe. Depois conversamos mais.  


Finalmente Dulce e Maite me deixaram em paz, o nosso chefe olhou para nós e parou em minha mesa, olhando para mim.
Eu olhei simpática para ele. Afinal de contas, ele era meu chefe, não podia simplesmente mandar ele ver se eu estava na esquina não é?



Andre: Sente-se bem, Srta. Portilla?



Anahí: Claro que sim, Sr.


Andre: Pensei que iria tirar o resto do dia para se acalmar do incidente que ocorreu hoje na hora do almoço.



Anahí olhou disfarçadamente para Poncho, que digitava algo, concentrado: Ah, não foi preciso, eu almocei e consegui me acalmar.



Andre sorriu sedutoramente: Pensei que teria que me oferecer para poder te levar para casa.



Homens, todos os mesmos.

Safados, e sem vergonhas.



Anahí: Não será preciso, eu lhe agradeço Sr...


Andre a interrompe: Apenas Andre, Srta. Portilla, apenas Andre!


Anahí: Como eu ia dizendo Andre – ela sorriu- não será preciso.


Andre sorriu: Quando precisar, estarei a sua disposição.


Anahí: Ah, obrigada!


Andre olhou serio para Dulce e Maite: A matéria já esta pronta Srta. Perroni?


Mai: Sim, Sr.


Andre: Em minha sala, as duas. Quero ver como anda as noticias.  



Tinha como o meu dia ser mais perfeito?

Primeiro fiquei presa no elevador com meu companheiro de apartamento e o agarrei literalmente.
Depois, meu chefe acabou de me cantar.
Tinha como ser melhor?
Ah, claro que tinha.
Iria conhecer o meu primeiro pretendente a marido.
Que perfeito, nada poderia piorar não é?

Procura-se um maridoOnde histórias criam vida. Descubra agora