ANAHÍ

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 Sentei em meu lugar muda, sem nem olhar para as meninas. Comecei a trabalhar e não parei mais. As meninas estranharam, mas não perguntaram nada.
Poncho chegou uma hora depois, passou por nós, sorriu para as meninas e sentou em seu lugar, sem olhar para mim, suspirei. Aquilo era muito ruim.



Quando acabei de fazer tudo, levantei e fui até onde os meninos. Maite e Dulce pararam de fazer o que faziam e olharam para mim. Me encostei na mesa de Poncho e esperei que ele olhasse para mim. Mas, ele não olhou.



Annie: Você pode me dar uma carona para casa?



Poncho deixou o lápis em cima da mesa e olhou para ela: Não tem um encontro? Peça ao seu pretendente a marido a carona.


Annie: Poncho, isso é ridículo! Antes de qualquer coisa somos amigos. E se você não puder me dar uma carona, é só me falar, eu vou pedir um táxi.



Poncho respirou fundo: Tudo bem, Annie. Daqui a pouco, nós vamos.



Annie: Tudo bem, quando você quiser.



Sai de perto deles e voltei para o meu lugar. Maite arredou a cadeira, assim como Dulce.



Dulce: O que aconteceu com vocês dois?  


Annie: Acabou. Na verdade ele soube que eu disse que eu estava solteira e sobre o encontro, e depois eu pedi desculpas e tal, mas não resolveu.



Maite: Você é uma grande idiota.



Dulce: Grande idiota impulsiva cabeça dura!



Maite: Eu disse que você iria acabar sem ele. Às vezes tenho vontade de te jogar pela janela, Annie.



Annie com os olhos cheios de lagrimas: Vocês não fazem ideia de como estou arrependida, tudo por causa daquela vagada da Angel, se ela não tivesse me feito fazer aquele barraco, nada disso teria acontecido.



Dulce: De verdade Annie? A culpa é toda sua. Você deveria ter esperado ele para almoçar e ter resolvido todas as diferenças, em vez disso procurou um encontro com outro cara que você se quer conhece e ainda gritou para quem quisesse ouvir que você estava solteira.



Vi Poncho levantar e pegar todas as coisas dele, tratei de disfarçar e respirei fundo, tentando conter o choro.



Poncho: Vamos Annie? – levantei na hora e peguei minha bolsa. – Tchau meninas.



Sai atrás dele e não trocamos se quer uma palavra durante todo o percurso. Jornal – carro, carro- apartamento.



Quando ele parou o carro dentro da garagem ele olhou para mim e quebrou o silencio.



Procura-se um maridoOnde histórias criam vida. Descubra agora