ALFONSO

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 Aquela era uma boa pergunta de se fazer.
Respirei fundo, socar o elevador será que resolveria?


Acho que não, tentei todas as maneiras. Gritamos e ninguém respondeu.
Vi Anahí sentar no chão do elevador, tirando as sandálias.
Não era justo o elevador ter parado justamente naquele dia que o calor estava insuportável.


Sentei de frente pra ela, tirando minha gravata e abrindo os botões de minha camisa.  



ANAHÍ



Depois de Poncho ter feito tudo e não ter conseguido nenhum resultado, ele se sentou, já com a testa suada, por conta do calor.


Ele sentou de frente pra mim e me encarou. Depois tirou a gravata e abriu os botões da camisa social branca dele.
Eu respirei fundo.

Do jeito que eu estava, qualquer coisa me enlouqueceria.
Ele encostou na parede do elevador e olhou para mim mais uma vez.
Talvez, aquele olhar dele estava me questionando o motivo de meus olhos não saírem do peito bronzeado, largo e forte dele.

Como eu nunca havia reparado que Poncho era um homem e tanto?


Poncho: Esta tudo bem Annie?



Claro que esta tudo bem, como se o calor não me afetasse e como se você deixar seu peito a mostra não me afetasse mais.



Annie: Hãn? O que você disse?



Poncho se aproxima dela com a gravata na mão e limpa o suor da testa dela: Perguntei se você estava bem.



Agora que eu não estava bem. O peito forte, largo e bronzeado dele, estava cada vez mais perto de mim. A boca avermelhada agora estava úmida visto que ele havia passado a língua. Eu tentei me controlar, fazer a pose de apenas amiga que divide o apartamento, e amiga de trabalho. Mas, era impossível, diante de tudo aquilo que estava me ocorrendo.




Annie com dificuldade para falar:Está...-[sussurrou]- fazendo muito calor aqui, não é?



Poncho sorriu e continuou a limpar o rosto dela: Sim, espero que encontrem a gente logo.  



Como se alguém fosse sentir minha falta. Maite e Dulce estavam com os homens delas, e os outros do jornal, provavelmente estavam devorando o delicioso almoço deles.




Annie com a respiração acelerada: Acho que estou começando a descobrir que tenho fobia a lugares fechados.



Poncho largou a gravata e pegou nas mãos dela: Acalme-se, logo eles vão perceber que o elevador esta parado.




Como se ninguém fosse subir pelas escadas ou esperar o outro elevador.


Já via meu futuro: Anahi presa no elevador para sempre,- ou pelo menos ate quando ninguém morresse de fome e sede- com Alfonso Herrera. Seu fiel companheiro de apartamento.


Que destino o meu, e eu estava com o meu maior potencial para arranjar um marido.
Se bem que olhando agora para Poncho que se encostava à parede do elevador, tirando a camisa de dentro da calça. Não era de todo um dia ruim.


Sorri com esse pensamento. Poncho olhou para mim intrigado. Eu balancei a cabeça negando qualquer coisa que ele estivesse pensando.


Seria uma boa oportunidade para aproveitar desse "incidente" e ver se Poncho era tudo aquilo que estava em minha frente .

Procura-se um maridoOnde histórias criam vida. Descubra agora