Queria Muito Te Odiar - Livro 02

Capítulo 21

Ruth: Você sabe que sou contra seu casamento com meu filho, acha que tirando ele da cidade vai ficar mais fácil - declarou abertamente.

Maitê: Mãe.. - repreendeu.

Pedro: Gente pelo amor de Deus, isso não é o fim do mundo, eles estarão no litoral, são o que duas ou três horas de viagem? - perguntou se indignando com a sogra - Se me surgisse uma boa oportunidade eu iria sem pensar - completou.

Raquel: também acho que uma tempestade em copo d'água. - se posicionou.

Alfonso: Mãe eu ... eu nem quero falar o quanto ainda estou chateado com você por tudo que aconteceu no sitio, hoje o convite foi uma tentativa de zerar e começar, mas você não ajuda caramba, é olhar para minha esposa e já começa acusa-la - repreendeu. Anahí estava triste e isso acabava com ele, estava tudo tão bom, ela sorria a toa e agora lá estava de volta aquele olhar que doía o peito dele. Henrico voltou a sala encostou-se ao batente da porta entre o corredor e a sala de braços cruzados, ficaria calado, apenas queria que a filha soubesse que estava ali caso ela precisasse.

Ruth: mas tudo que eu falo ou faço agora esta errado, tudo - respondeu nervosa - Eu só quero o bem dos meus filhos - completou sentida.

Henrico: É o que todos os pais querem Ruth - soltou sem se aguentar.

Ruth: Vai me dizer que esta feliz por eles estarem de mudança? - perguntou a Henrico.

Henrico: Isso não cabe a mim ou a você Ruth, eu estou feliz por minha filha estar feliz, seja aqui, na sua casa ou no Japão. Sinceramente? - perguntou se aproximando e sentando na mesinha de centro a frente de Ruth, assim como fazia com as netas quando queria chamar a atenção das meninas - Eu não estou muito feliz por mim, mas por eles acho mesmo que será muito bom. Alfonso e Anahí estão casados a quase sete anos, nesse período sempre houve interferência de todos os lados, não acha que está na hora deles serem independentes como casal, como pais? - perguntou olhando nos olhos da outra.

Ruth: Se eles tem a gente porque precisam desse sacrifício? A vida não é fácil, ainda mais com crianças - soltou senhora de si.

Henrico: Sabe porque Ruth? Porque não somos imortais, pai e mãe não dura para sempre. Você deveria se concentrar na sua caçula - Ruth olhou para Joice eu estava apreensiva no canto da sala - Os demais já tem sua própria vida, sua própria família, são jovens sim, mas já estão casados, Raquel tem um filho, esta na hora de se desligar um pouco - repreendeu. Anahí estava orgulhosa do pai.

Alfonso: Eu concordo... nem sempre quando tentamos ajudar é isso que acontece, eu e Anahí precisamos aprender a dar conta da nossa família sem ajuda, mesmo assim ainda teremos Dulce e Ucker para qualquer eventualidade e ele terão a nós.

Ruth: E vamos ficar longe das meninas? - perguntou triste.

Anahí: Não iremos morrer, como Pedro disse é duas ou três horas daqui, vamos vir em alguns finais de semana e vocês podem ir em outros, será até legal porque terão um lugar para viajar, curtir uma praia - alegou. - A senhora será bem vinda em minha casa - soltou baixinho e Ruth se surpreendeu, os demais então.

Maitê: Eu acho que isso tudo aqui é uma grande besteira, temos a vovó Linda lá no fim do mundo e continuamos a vê-los quando queremos, ela mesma só não veio hoje porque o tio João não estava muito bem, aqui lá é o que cinco vezes mais longe? - Cristian assentiu - Então por que essa confusão toda? - perguntou olhando a mãe.

Alfonso: Também gostaria de saber, mas eu acho que sei qual é o problema - encarou a mãe - Luana... mãe eu não vou deixar Anahí, então pode fazer o que você quiser com aquela mulher - enfrentou nervoso.