- O jantar está pronto Hailey -meu irmão anuncia, despertando-me
dos pensamentos.- Claro,já vou.
- Pensando naquelas coisas de novo não é? - ele pergunta.
- Estava sim,sabe que essas coisas não saem da minha cabeça.
- Mamãe fica uma fera com você por isso. - Matt ri.
-Eu sei,não conte pra ela hein, senão vou usar minha arma mais letal. - digo fazendo sinal de silêncio.
- Qual arma letal?
Começo a fazer cócegas em sua barriga,fazendo nós dois cairmos na gargalhada.
-Nosso segredo. - ele pisca para mim com seu rosto brincalhão.
Descemos as escadas e vamos para a mesa,a comida é muito simples,não temos muita coisa boa pelos mercados clandestinos da cidade,mas minha mãe quer que o jantar sempre seja como em um restaurante elegante,apesar de tantos problemas,minha mãe mantém sua infalível classe e calma.
- Salsichas enlatadas para a Madame Hailey Andersan - ela sorri.
- Obrigada,será que a senhora teria champagne? - entro em sua brincadeira.
- Nada de champagne mocinha - ela ri - Agora o prato para o Conde Matt Andersan.
Quando ela está colocando o prato do meu irmão,o prato se quebra no chão, mamãe apoia-se na mesa com o semblante pálido.
-Vamos para o quarto mãe, você fez muito esforço hoje - digo, colocando seus braços em meu ombro.
- E-eu, não terminei de servir o jantar,estou bem.
- Mãe não seja teimosa,você precisa se deitar.
A coloco na cama devagar,pego o cobertor e deixo até a sua barriga. Minha mãe desenvolveu uma rara tuberculose,não temos como tratar,os inferiores merecem sofrer,é isso que os Eles dizem e sumiram com a maioria dos medicamentos.As pessoas em Nova York morrem por qualquer coisa,até um simples corte,a nossa sorte é que temos algum recurso,como caixas de primeiros socorros em casa.
- Pronto,está se sentindo melhor mãe? - coloco o remédio na sua boca.
- Estou preocupada - ela franze as sobrancelhas.
- Com o que? - pergunto.
- Esta semana,os Eles vão fazer o Recolhimento,você sabe que são levados a partir dos doze anos,Matt completa seus doze anos nesse dia,não podem leva-lo filha,ele é tão pequeno,meu coração não vai aguentar. - ela diz aflita, apertando o lençol.
- Isso não vai acontecer,eu prometo. - digo firme e depois abro um sorriso.
- Eu te amo tanto minha menina. - minha mãe sorri.
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A I M U N E • 1
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