Oi meus amores!
A sumida voltou! Kkk queria de novo pedir milhões de desculpas,obrigada por ainda gostarem dessa história e acompanha-la,comentem e deixem seu voto se puderem.
Ah,e estamos quase chegando a 20 mil visualizações! Acho que vou desmaiar😱😱😱
Um beijão e até o próximo.
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Tampo os ouvidos com força,os tiros são estridentes,tempestuosos,me obrigo a respirar e pensar.Dimitri e o amigo estão separados de mim apenas por uma parede,dois contra vários Eles,lutando para salvar a minha vida,e eu estou aqui,encolhida e contida na própria agonia.
Não,essa não sou eu.
A Hailey que eu sou é capaz de dar a vida por quem ama,ela luta,se sacrifica,não importa o que for lhe acontecer.
Sempre ouvi de minha mãe que eu era corajosa,nunca achei isso,não porque sou e humilde ou modesta,mas porque eu acreditava que defende-la e defender Matt era minha obrigação,eu os amava e ainda amo,a culpa ainda me cerca por dentro e sei que ela ficará para sempre comigo,não pretendo deixar aquela maldita serpente tirar minha essência, meu âmago.
Não posso dar esse desgosto a minha mãe,nem a Matt,que confiavam em mim com tudo o que tinham.
Eu preciso lutar.
Porque é a única coisa que sei fazer apesar do que aconteça.
Uma risada amarga escapa da minha boca,sei que estou ficando maluca,e as sequelas já fazem parte do meu corpo,que não tenho nenhuma chance,mas se for para abraçar a insanidade,quero que seja da forma mais destemida que eu conseguir.
Pego minha arma,me posiciono para atirar no trinco da porta como tentativa.
A sensação de vidro sendo estilhaçado invade meus ouvidos.
Dimitri.
Meu coração acelera.
A mão de alguém faz força para abrir a porta,recuo,com a arma apontada para a mesma,meus dedos estão tremendo,mas não dou atenção.
Escuto o barulho de teclados sendo apertados com uma pressa enorme,o barulho me faz morder o lábio de apreensão.
Em segundos,a porta se abre bruscamente,e disparo o mais rápido que consigo.
O corpo de um soldado cai no chão,ele parece ser alguns anos mais velho que eu,os olhos estão abertos,e são acizentados,dando a ele um semblante sombrio,macabro,sangue escorre de seu uniforme,bem no meio do peito.
Meus olhos vão em direção a arma que seguro.
O gatilho que puxei não foi o lateral.
Mesmo que o soldado morto seja só mais um fantoche da mulher ruiva,sinto meu estomago revirar, ser tomado por um frio inquietante.
O olhar de Kênia invade minha cabeça,desesperado,assustado,pálido,
com extrema angústia neles,um olhar perdedor.Mas foi preciso.
Tento não pensar muito,a coragem pode partir e só vão sobrar lamentos e cálculos do quanto tudo isso é confuso,terrível e sanguinário.
Não posso ficar parada.
Saio da dispensa e ando hesitante até a porta,a parede de vidro já não existe mais,e Dimitri e seu amigo não estão mais aqui,todos os soldados que entraram estão jogados no chão,uns sete pelo que posso contar,provavelmente mortos,Dimitri me falou dos defeitos que implantou nas armas através do sistema,com exceção de sua própria arma e do amigo.
Um estalo percorre minha cabeça,a arma que Dimitri me deu com certeza é parte do sistema.Minha arma também é defeituosa.
Estou sozinha.
O dia está cinza lá fora, e sem parede nenhuma consigo observar melhor,o sol se esconde entre as nuvens,as montanhas erguidas sobre a neblina, consigo imaginar uma borboleta de cor alaranjada voando para além dos limites,para além de toda dor,fora de Nova York,da Muralha dos Eles,livre incondicionalmente,e por um segundo,consigo me ver nela.
Viro a cabeça,ficar refletindo sobre minha situação só vai deixar tudo mais melancólico.
Dimitri deve ter escapado com o parceiro pelo vidro,suas armas não estavam com defeito,mas por que ele me deixaria aqui?
Uma linha imperfeita de sangue faz um trajeto até onde existia a parede de vidro.
Será que se feriram e caíram lá em baixo?
Mordo o lábio em dúvida,os corredores estão cheios de soldados para me procurar,minha arma está com defeito,se eu sair,não vou conseguir derrubar tudo o que me aparecer.
Contudo,não posso ficar parada aqui sem agir.
Matt,Thomas e Finn precisam de mim,mas estou impotente,como vou salvar todos eles?
Minha respiração fica pesada.
Uma coisa de cada vez,primeiro tenho que encontrar o melhor caminho.
Sinto lágrimas subirem pela minha garganta,talvez minha cabeça esteja indo rápido demais,tudo esteja acontecendo rápido demais,como uma lembrança ruim.
Forço meus pés a se moverem,cautelosos,porém,
avançando até a porta.Escuto um disparo.
Meu corpo se encolhe e gruda na parede,respiro fundo e seguro minha arma com firmeza.
Não hesite se tiver que atirar,não hesite.
Passos se aproximam.
Devagar e com o coração saltando,coloco a cabeça para fora da sala dos soldados,com a arma apontada para os passos ainda invisíveis.
Quando estiver perto,apenas mais alguns passos.
O corredor é branco,e parece que está cercado de fumaça,uma fumaça branca que faz meus olhos arderem.
- HAILEY!
Meus olhos se arregalam até onde é possível,começo a ficar ofegante,e um sorriso tenso,alegre e incrédulo escapa de minha boca.
Olho para trás,a procura da voz que me chamou,a voz que me traz esperança.
Não consigo acreditar,meus pulmões se comprimem sabendo da ilusão que estou vivendo,de que estou me livrando aos poucos da serpente que deseja cortar minhas asas.
Tenho consciência que isso é um sonho,um sonho da qual não quero ousar acordar,em nenhuma hipótese.
Porque seria insuportavelmente cruel.
Volto meus olhos para frente,e sem nem me dar conta,uma lágrima fina e tímida escapa sorrateiramente,me lembrando de que ainda sinto,ainda não estou mortificada em uma casca humana.
Ele larga sua arma no mesmo minuto que me vê,de seus olhos lágrimas escorrem grossas,angustiadas,suas mãos estão tão magras que enxergo os ossos saltando para fora,assim como o corpo,ele anda com passos hesitantes,parecendo com medo de que o chão se parta sobre nós.
Matt está olhando para mim.
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A I M U N E • 1
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