Matt olha para mim procurando uma resposta,que eu sinceramente não tenho para a situação.Estamos todos reunidos em volta da fogueira bolando um plano alternativo para nossa fuga,que não seja derramar sangue.
Assim que aquele aviso devastador foi anunciado,pensei que todo o momento que passamos cantando unidos na fogueira fosse evaporar e que iríamos começar a nos atacar.
E não foi isso que aconteceu.
Todos nós nos olhamos espantados e respiramos fundo,digerindo aquele anúncio,sentamos em volta da fogueira em silêncio, as idéias e sugestões começavam a surgir.
Fiquei feliz por ficarmos tão unidos em pouco tempo.
- Acho que a saída é relacionada com aquela área com os holofotes - digo pensativa.
- Pode até ser,mas acho que seria meio óbvio - diz Finn.
Suspiro.
- Eu vi algo estranho - a voz de Thexa sobressaí em nosso falatório.
- O que Thex? - pergunto.
- Quando eu estava sozinha na Redoma,decidi comer cascos de uma árvore,mas assim que retirei alguns,vi um número feito de ferro muito pequeno encravado no tronco.
- Qual era o número? - Matt pergunta.
- Dois.
- Muito criativo - diz Ravi sarcástico.
- Por que não contou isso antes Thex? - diz Finn.
- Fui até lá no dia seguinte e o número havia sumido,não tive provas fixas,por isso não contei nada.
- Será que tem mais números como esse? Como se fosse algum código? - Lilly se manifesta,e fico surpresa por sua concentração no assunto.
Sinto passos surgirem atrás de mim.
- Existem mais.
Meu estômago revira e reconheço de imediato a voz.
Thomas.
Meu grupo olha para ele com ódio,evitando se direcionar para ele,faço o mesmo.
- Thomas..é..obrigada por me salvar no dia do incêndio - Lilly diz,um pouco receosa pelo clima tenso que surge com a presença do arqueiro.
Thomas se agacha e fica da altura dela.
- Não precisa florzinha - ele sorri,de forma meiga.
Eu como sempre,não entendo sua atitude,e o que é mais estranho é que sinto uma faísca de alegria surgir,teimo para essa alegria ir pelos ares e olho friamente para ele.
- Quais outros números existem? - pergunto com o máximo de rispidez e distância.
- Boa tarde para você também. - ele debocha.
- Diga logo Thomas.
Ele revira os olhos e pega uma folha e um lápis do casaco,não sei de onde os tirou,as tendas da Redoma só tem remédios e armas.
Thomas apóia a folha em uma pedra e começa a desenhar um círculo e algumas árvores afastadas.
Me aproximo para ver melhor o desenho,e todo mundo faz o mesmo,estou tão perto de Thomas que nossos braços se encostam,mas não me importo,esse desenho pode ser nossa saída daqui.- Para quem me odeia você está perto demais Loira Valente.
- Loira Valente? - Kênia levanta uma sobrancelha.
- É só um apelido idiota - digo,aborrecida.
- Antes você gostava - ele dá de ombros com sarcasmo,o que faz minha raiva aumentar.
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A I M U N E • 1
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