Meus músculos estão tão doloridos que tudo o que quero é um lugar confortável para deitar.Eu e Thomas conseguimos derrubar alguns contaminados,ele com sua enorme habilidade nas flechas, e eu contando com minha raiva voraz e um pouco de sorte, Lilly se enroscou em mim e esperou o turbilhão passar.
Mas fomos obrigados a correr quando chegamos ao limite, o enxame não parava de crescer.
Contaminados,no coração da Redoma,é o verdadeiro inferno.
Despistando a maioria pela floresta,nós três acalmamos o passo,já distantes da antiga caverna,mas o que me deixa com náuseas é ouvir os gritos assustados e atordoados que cercam a Redoma como as árvores. Assustador.
Escuto passos se aproximando.
Vou na frente,com a faca já posicionada, espreitando pelos galhos que me dão um esconderijo provisório.
Vejo um menino.
Um menino pequeno,um menino frágil, apenas olhando assustado para os lados.
Exatamente como Matt estaria aqui.
Matt,Matt.
Só consigo ver meu irmão nele.
Empurro os galhos,ando até ele.
O menino se distancia assustado.
Escuto outros passos.
De repente, o garoto que lançou a lâmina em minha perna entra em cena.E me olha daquela mesma maneira nojenta.
- Você de novo?
Sua faca encosta no pescoço do menino,o mesmo fecha os olhos com as mãos pequenas trêmulas.
Um desespero toma conta do meu corpo,e ando para frente,com a mão levantada para enfiar minha faca no ombro bom do infeliz.
Não posso permitir que ele machuque Matt.
Sou puxada para trás.
No mesmo segundo,o garoto termina o serviço.
Uma linha de sangue se espalha pelo chão.
- Vamos Hailey,precisamos ir! - Thomas me puxa,enquanto reluto.
Antes que o garoto nojento avance sobre nós,Thomas saca sua flecha,acertando o assassino bem no peito.
Permaneço imóvel, encarando o corpo do menininho,muda. Com o coração na boca.
- Hailey vamos! Agora!
- Matt.. - sussurro.
Sinto meus olhos se enchendo de lágrimas.
Thomas segura meu braço com força e me arrasta para longe, consigo sentir a mesma sensação de quando fui trazia para a Redoma,Matt me olhando paralisado, enquanto tudo ia diminuindo e eu gritava seu nome e o de minha mãe.
* * *
Estou sentada sobre meus joelhos olhando a pequena chuva cair,fecho os olhos e choro timidamente,lágrimas não são uma fraqueza,são uma libertação de tudo que está dentro de você.
No meu caso, de dor.
Construímos uma pequena barraca com uma lona verde musgo que Thomas pegou nas tendas na primeira oportunidade,antes de conhecer eu e Lilly.
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A I M U N E • 1
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