True Love Way - Camren

Too Close

POV Lauren

Alguns dias depois

Acordei sentindo uma dor desconfortável no meu braço machucado. Pisquei um pouco os olhos para lubrificá-los. Virei minha cabeça para a direita sorrindo vendo a enfermeira Vause ajeitando a tipoia no meu ombro.

– Bom dia! Dormiu bem? Te acordei, né?! – maneei a cabeça arrancando uma risada da mocinha. – Sinto muito. Eu precisava trocar seus curativos. – assenti suspirando.

– Bom dia! – Vause sorriu pegando sua bandeja de curativos. – Camila já chegou? – a enfermeira foi até a base da cama pegando a prancheta anotando o horário que trocou os curativos.

– Ainda não. Ela não deve demorar. – assenti me sentindo um pouco triste por não ter minha namorada ao meu lado. – Vou pedir que a copeira traga seu café da manhã. – sorri em agradecimento. – Vou te ajudar a descer da cama para que você possa fazer sua higiene. – suspirei aliviada por ela não se candidatar para me ajudar. – Sei que sua namorada não gosta muito quando eu toco em você. – gargalhei achando fofo o ciúme de Camila.

– Ela é um pouquinho ciumenta. – Vause me olhou com a sobrancelha erguida. Ela colocou a prancheta de volta na cama e veio até mim.

– Um pouquinho? – gargalhei me livrando do lençol que me cobria. – Vou pegar a cadeira. – assenti me remexendo um pouco. Vause posicionou a cadeira ao lado da cama e puxou a escadinha. – Coloque seu braço sobre meu ombro e impulsione o corpo para cima. – assenti fazendo o que ela instruiu. – Agora coloca a perna para fora da cama. Vou te ajudar com a perna imobilizada. – ela pegou minha perna gessada colocando-a para fora da cama. Fiz o mesmo com a perna boa sentando-me na cama. – Agora apoia a perna boa no degrau e se joga contra mim. Eu vou te amparar. – assenti sentindo a adrenalina correr meu corpo. Era sempre divertido descer da cama daquela forma. Fiz o que Vause instruiu soltando um gritinho animado quando me joguei contra ela descendo da cama. – Você gosta mesmo do perigo né?! – gargalhei recebendo a ajuda da mocinha para me sentar.

– É por isso que estou aqui te dando trabalho. – Vause rolou os olhos.

– Se a Camila escuta você falando isso, ela te soca. – gargalhei assentindo. Era bem capaz de ela me bater mesmo. – Vai lá escovar seus dentes e fazer o que tem que fazer. Não tente tomar banho, Lauren. – assenti captando o tom sério. – Se for trocar a cadeira pelo sanitário, faça como te ensinei. Use a barra. – assenti. Era a centésima vez que ela falava aquilo.

– Já vou antes que você resolva me acompanhar. – Vause fingiu pensar me arrancando uma risada. – E obrigada! – ela sorriu e com um pouquinho de dificuldade eu consegui arrastar a cadeira até o banheiro. – Ai! Como é difícil mexer nessa cadeira com apenas uma mão. – suspirei quando vi meu reflexo no espelho. – Você está horrível. Esse hospital está estragando sua beleza, Jauregui. – virei à cabeça para a direita me olhando. Depois para a esquerda fazendo uma careta quando vi alguns arranhões no meu pescoço. – É! A queda foi feia. – comentei comigo mesma.

Cocei os olhos me preparando para pegar a escova e a pasta de dente. Escutei a porta do quarto se abrindo e sorri. O cheirinho de café e leite quente tomaram o quarto. Tratei de fazer minha higiene com rapidez. Meu estômago já estava roncando só de imaginar o que a copeira Beth havia preparado para mim. Terminei minha higiene e novamente tive um pouco de dificuldade para me arrastar do banheiro até a mesa do café da manhã. Sorri satisfeita vendo waffles e panquecas. Isso tem dedo da americana da minha vida. Me servi uma taça de suco e uma panqueca. Estava devorando a terceira panqueca misturada com croissant quando a porta se abriu.

– Uau! Não sei como você ainda não está gorda. – gargalhei virando a cabeça para encará-la. – Bom dia, meu amor. – Camila depositou uma bolsa verde sobre a cama e algumas sacolas antes de vir até mim. – Como está? Dormiu bem? Está sentindo alguma dor? – revirei os olhos e terminei de mastigar para poder falar com ela.