True Love Way - Camren

Lie

Voltamos, nos desculpem a demora, mas realmente faz meses que eu e a Nati não paramos pra escrever, só conversamos mais como estamos, a faculdade dela está tirando muito tempo dela, e meu curso ta me fodendo, tenho prova toda semana e eu sempre tento tirar o máximo, então nos desculpem, boa leitura, e desculpem qualquer coisa.

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POV Lauren

Algumas semanas depois

Levantei um pouco mais cedo que o normal. Camila ainda dormia tranquila onde fiquei velando seu sono por alguns instantes. Ela era tão linda dormindo quanto acordada. De banho tomado e higiene matinal feita, segui para a cozinha. Confesso que estava começando a me acostumar a morar em um apartamento, apesar de ainda sentir falta do velho Jolly. Sempre que podia estava entrando em contato com a Marina de Monte-Carlo para saber como estava meu veleiro e o velho e querido Ilinx já que Theo parecia não se importar com seu lindo barco, ancorado a quilômetros longe de nós.

Eros já se encontrava acordado e já tomava seu café da manhã. Troquei um rápido olhar com os castanhos do cão e segui para a cozinha. Meu estômago estava roncando e eu precisava me alimentar antes que meu próprio corpo começasse a fazer isso, se autodestruindo sem meu consentimento. Exagerei um pouco, certo? Hoje o dia seria um tanto difícil, pois a audiência do processo que movi contra Nina e Ramon estava marcada para uma da tarde. Claro que dispensei todos os meus compromissos no hotel e deixei Louisa responsável por resolver tudo, tendo voto de minerva em qualquer decisão tomada nas reuniões que estavam marcadas para hoje. Passei a madrugada inteira sonhando com a audiência e nas palavras de baixo que calão que Nina e Ramon cuspiriam sobre mim assim que entrássemos no tribunal. Só espero que meus sonhos não se tornem totalmente verdade. Em meus sonhos, Nina arrancava seu salto fino e o acertava em minha testa fazendo com que um filete de sangue escorresse por minha testa. Melhor não pensar nisso.

Preparei um rápido café da manhã, não me preocupando em fazer todo aquele banquete já que nunca comíamos tudo. Deixei o café preto de Camila separo em uma garrafa térmica e me servi uma deliciosa e quentinha xícara de chá. Às vezes sentia falta de Londres, mas só às vezes mesmo. Meu passado em Londres não me permite ficar totalmente confortável com a ideia de voltar para lá ou coisa parecida. Quem sabe em um futuro distante? Depois de três torradas, preparei uma taça com camadas de iogurte natural, cereal matinal e algumas frutas. Era o que eu sempre comia antes de ir para o hotel e não perderia esse costume tão cedo. Após a segunda colherada, escutei passos no corredor e lentamente virei à cabeça encontrando uma latina manhosa, coçando o olho direito de maneira fofa. Os cabelos desgrenhados e o pijama completamente amarrotado e fora do lugar.

– Bom dia, amor. – Camila sorriu preguiçosamente e se arrastou até mim.

– Bom dia, vida. Acordou cedo. – Minha fotógrafa se aninhou em meus braços, sentando-se entre minhas pernas.

– Perdi o sono. – Camila virou o rosto, olhando-me de maneira estranha. – Passei a noite sonhando e acabei por não dormir muito bem. Acordei há pouco e tentei de todas as formas voltar a dormir, mas não consegui. – Ela concordou e virou-se para devorar o café da manhã.

A servi uma boa xícara de café e puxei o compartimento onde havia deixado seus ovos mexidos, bacon e waffles prontos e quentinhos. Conversamos um pouco sobre o dia de hoje e logo vi que eu não era a única a estar tensa com a audiência de logo mais. Confiávamos em Annalise e na justiça americana, mas não podíamos deixar de perceber que tudo aquilo estava se tornando desgastante, afinal, a cada dia que seguiu desde o anúncio nos jornais, à relação entre Nina, Camila e Sinu piorou bastante. Minha garota era constantemente atacada pela irmã sempre que se encontravam. Sinu mostrou-se extremamente bipolar durante esse processo, pois quando estava com Nina, era uma protetora assídua da garota, mas quando estava só, tentava se aproximar, acariciar e até mesmo conversar ternamente com Camila. Chegava a ser patética a forma com a qual ela se mostrava triste e abalada quando Camila a ignorava ou a tratava com um pouco de indiferença.