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Evelyn

Após William me mandar embora, eu dirigi-me para a sala de convívio. Achava injusto ele ter ficado na solitária durante uma semana. Ele apenas me queria proteger daquele homem que um dia, eu chamava de pai.

Não foi correto da parte de Darren, ter chamado esse homem para aqui. Quem foi que disse que eu queria olhar para ele? Que eu queria vê-lo? Ou sequer conhecê-lo? Ele mandou-me embora como se eu fosse lixo. Eu nem o conheço.

Respirei fundo e tentei afastar os meus pensamentos, enquanto caminhava até ao refeitório. Ainda não estava na hora do almoço, mas eu queria algo para aconchegar o meu estômago, algo que me distraísse.

- Evelyn. – Uma voz masculina chamou por mim, enquanto caminhava na minha direção. Girei nos meus calcanhares, para olhar para o homem que me chamara.

- Vai embora. – Murmurei num tom baixo, preparando-me para continuar o meu caminho, porém, Darren parou-me.

- Preciso que me oiças. – Ele suspirou. – Eu agi mal. Eu nunca devia ter pedido a Jackson para vir cá e tu tens todos os motivos para ficar chateada comigo. Eu apenas achei que, sendo que ele está sozinho, ver-te uma última vez não faria mal nenhum. – Explicou calmamente, colocando as suas grandes mãos dentro dos bolsos da sua bata branca.

Eu não sabia o que dizer.

- Eu pedi-lhe que não se aproximasse, pois a tua situação não é estável e era óbvio que o Will viria para te proteger. – Suspirou. – Mas ele não me deu ouvidos...

- Eu perdoo, mas solta o William. – Pedi baixinho, enquanto brincava com os meus cabelos loiros de forma nervosa.

- Sabes que não posso fazer isso, Evelyn. Ele está a cumprir o seu castigo. – Murmurou ele agora mais autoritário e dono de si mesmo.

- Solta-o amanhã, eu peço-te. – Disse um pouco impaciente.

- Não, Eve e não se fala mais nisso. – Ele resmungou e virou as costas, dirigindo-se para o escritório dele.

Derrotada, dirigi-me para o refeitório e pedi alguma comida. Caminhei para o meu quarto, pois já havia terminado de comer e deitei-me na minha cama, após fechar a porta. Fechei os meus olhos, no intuito de tentar adormecer.

Mas o meu sono foi interrompido pelos meus pensamentos mais uma vez. Ajeitei-me na cama.

As mãos de William afundaram-se na minha camisola tocando na minha pele. O seu toque era quente e fazia-me querer pedir por mais. Os seus lábios roçavam-se na pele pálida do meu pescoço enquanto uma das suas mãos se dirigia para um dos meus seios e o acariciava. Tudo o que eu conseguia fazer era suspirar de satisfação e ele parecia estar a gostar das reações do meu corpo ao seu toque.

Abri os olhos e sentei-me na cama. A minha respiração encontrava-se descompassada, de repente, o ambiente ficou mais quente. Preciso de um banho. Dirigi-me para a casa de banho do quarto e despi-me, tomando um banho rápido. Que raio se passa comigo?

**

Hoje iriam soltá-lo. Já o deviam ter soltado há cerca de dez minutos, mas Darren faz tudo para o manter lá dentro.

Eu ainda estou chateada com ele e eu sei que ele não suporta o facto de eu me dar demasiado com o Will, mas ele não pode decidir o que devo ou não fazer da minha vida.

Esperava ansiosamente no meu quarto, como eu lhe prometi. Oiço passos do lado de fora do meu quarto e logo me sinto a arrepiar. Conseguia ouvir várias vozes graves, dando para distinguir apenas duas. William e Darren.

- Tem cuidado. – Darren murmurou baixo para William antes de abrir a porta do quarto.

William olhou para mim, com um enorme sorriso no rosto. O meu coração acelerou instantaneamente e a minha respiração tornou-se mais pesada. O sorriso dele aumentou ao ver a minha reação perante a sua presença e eu senti-me corar de imediato.

- Olá princesa. – Ele murmurou num tom deveras rouco, enquanto fechava a porta atrás dele e a trancava também.

- O-Olá. – Murmurei num tom calmo e nervoso.

Ele dirigiu-se a mim e sentou-se bastante perto de mim. Conseguia sentir a sua respiração. Era uma sensação agradável.

- Como te sentes? – Murmurei num tom baixo e envergonhado, olhando para os lençóis. Os seus dedos elevaram o meu queixo, obrigando-me a olhar para ele.

Os seus lábios roçaram nos meus e eu fechei os meus olhos. O meu coração acelerou ainda mais. Tudo à minha volta desapareceu quando os seus lábios se colaram por completo nos meus. O sabor a tabaco nos seus lábios era algo quase inevitável, mas tornava as coisas mais interessantes.

Ele deitou-me na cama e deitou o seu corpo sobre o meu, suportando o seu peso nos seus braços.

Encontrava-me encurralada pelo seu corpo. A minha pele estava arrepiada e o meu coração ainda se encontrava bastante acelerado, assim como a minha respiração.

- És tão linda, Evelyn. – Ele sussurrou, roçando os seus lábios nos meus. Fechei os meus olhos, sentindo-o sorrir. Um frio invadiu a minha barriga por instantes.

Eu não sabia o que fazer. Estava completamente fora de mim, nunca havia feito coisa igual. William deixou os meus lábios e começou a passear pelo meu maxilar até ao meu pescoço. Aquele friozinho na barriga virou um calorzinho e, instintivamente, levei as minhas pequenas e pálidas mãos ao seu cabelo negro, puxando-o levemente. Ouvi-o suspirar contra o meu pescoço e as suas grandes mãos desceram pelo meu vestido azul-claro, entrando logo depois no mesmo. A minha pele arrepiou-se e eu fechei os olhos novamente.

Ele sugou a pele do meu pescoço e eu soltei um guinchinho. As suas mãos puxaram a minha cintura para cima e ele retirou as minhas cuecas.

- Will. – Suspirei baixinho, abrindo os meus olhos para o poder observar. A cor cinzenta dos seus olhos encontrava-se mais escura e quase apostava que os meus se encontravam iguais.

- Eu não te vou magoar, prometo, princesa. – Ele sussurrou.

Decidi confiar nele. Estava tão fora de mim, que não sabia bem o que estava a fazer. Senti os seus dedos quentes tocarem na minha zona íntima, o que me fez engasgar na minha própria respiração. Os seus dedos começaram a acariciar a minha intimidade e eu já me sentia noutro mundo.

- Gostas? – Ele perguntou, num tom baixinho, enquanto beijava o meu pescoço. Sem confiar nas minhas palavras, abanei a cabeça em consentimento, enquanto gemia baixinho. Um dos seus dedos escorregou para o meu interior e algo desconfortável atingiu o meu ventre, fazendo-me apertar o seu pulso. – Shh, relaxa. – Ele beijou os meus lábios levemente, enquanto movia o seu dedo lentamente. Estava tudo a transformar-se em prazer e aquele calorzinho na minha barriga aumentava a cada movimento. – Céus, Evelyn. – Ele suspirou.

Sentia o meu interior contrair-se contra o seu dedo.

- Vem-te para mim, princesa. – Ele sussurrou. Uma onda de prazer invadiu o meu corpo, levando-me para um limite que eu nunca havia estado. O seu nome saiu por entre os meus lábios, num gemido alto e quando abri os olhos, vi-o sorrir de forma vitoriosa.

Envergonhada, escondi o meu rosto no seu peito, ouvindo o seu coração acelerado bater.

- Que tal o teu primeiro orgasmo? – Ele soltou uma gargalhada rouca, enquanto acariciava a minha coxa, que o envolvia agora. Dei-lhe uma chapada no seu peito, fazendo-o rir mais.

- Foi bom. – Sussurrei, fechando os olhos e ele beijou a minha testa.

- Oh, Evelyn. – Ele suspirou. – O que eu podia fazer contigo e com a tua inocência. – Ele confessou ao meu ouvido e senti a minha pele arrepiar-se novamente.

EvelynOnde histórias criam vida. Descubra agora