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Will

Estou na ponta da cama de joelhos, enquanto Evelyn está à minha frente com as pernas à chinês e o tabuleiro de comida entre nós.

Hoje a cantina decidiu que termos diabetes não é assim tão mau, por isso, temos batatas fritas, hamburgers, pizza e outros tipos de comida gordurosa e nojenta - que eu amo e sentia saudades - à nossa disposição para o almoço.

Eu e Evelyn agarrámos na nossa comida e viemos para o quarto dela para estarmos à vontade.

- Abre a boca. - Pede-me com um sorriso maravilhoso nos lábios.

Evelyn melhorou após a sua recaída. Eu também melhorei. Já não tenho pesadelos nem marcas negras por baixo dos olhos. Sinto-me bem, pela primeira vez, após muito tempo.

Abro a boca e ela atira-me uma batata frita. Ela iria falhar mas eu mexo o meu rosto e apanho a batata com a boca, mastigando-a de imediato. Evelyn levanta os braços em vitória.

-Não fizeste nada de jeito, Eve. - Rio-me.

-Deixa-me ser feliz! - Protesta com a voz esganiçada. Solto uma gargalhada maior e estico as minhas pernas ao longo da cama.

-É a minha vez. Abre a tua boca. - Peço com um sorriso perverso.

-William! - Avisa-me com as bochechas vermelhas, mas o sorriso ainda mais aberto.

-Desculpa. Abre. - Gargalho. Ela abre a boca e atiro-lhe uma batata frita que ela trinca. - Vês! É assim que...

-Se vais corrigir a minha pontaria está calado. Resultou. - Interrompe-me.

-Só porque tu ficas com mau feitio quando perdes, então eu ajudei-te. - Observo.

-Eu não fico com mau feitio. Eu finjo para me deixares ganhar da próxima vez. - Revela.

-Evelyn! - Protesto fazendo-a rir.

Subo para cima dela e começo a fazer-lhe cócegas. Eve liberta gargalhadas altas e as suas bochechas ficam coradas de tanto se rir. O seu riso contagia-me e acabamos os dois deitados, a rir de algo tão estúpido e que não tem assim tanta piada.

-Will... - Evelyn chama-me à atenção e olho para ela para perceber o que ela precisa. Ela tem as bochechas bem vermelhas.

-Sim? - Incentivo-a a continuar e desenho um sorriso aberto.

Ela quer dizer-me algo, mas acaba por abanar a cabeça e subir para o meu corpo enquanto me beija.

-Eu amo-te. - Diz.

-Também te amo, querida. - Respondo-lhe acariciando a sua bochecha com os meus dedos.

Um bater na porta interrompe-nos. E sussurro-lhe para fingir que não estamos aqui. Ela assente com um sorriso cúmplice no rosto e recomeçamos um beijo. A sua mão quente viaja para dentro da minha t-shirt e as suas unhas arranham os meus abdominais. Levo os meus dedos para o seu rabo e aperto-o fazendo-a suspirar contra os meus lábios.

-Evelyn, abre a porta. - Darren pede do lado de fora.

-Merda. - Resmungo e liberto os seus lábios. - Abre. Para ele, abre a porta.

Ela sai de cima de mim atrapalhada e eu sento-me de volta à frente da comida e pego numa fatia de pizza. Penteio os meus cabelos escuros com os dedos e vejo-a ajeitar a roupa e os cabelos loiros.

Ela abre a porta e revela Darren.

-Sim? - Ela pergunta com um sorriso.

-Porque demoraste tanto? - Pergunta-lhe.

EvelynOnde histórias criam vida. Descubra agora