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Evelyn

Olhei para o relógio pregado na parede do meu quarto. Batiam as dez horas da noite. Não sei como o tempo passou tão depressa.

O meu corpo estava cansado, a minha mente estava a mil. Deitei-me na cama e fechei os meus olhos. Rapidamente caí no sono, sonhando assim com o mundo perfeito que não existia.

**

- Hey. – Uma voz rouca murmurou assim que comecei a abrir os meus olhos. Era William.

- Que fazes aqui? – Murmurei num tom ainda ensonado, porém doce.

- Darren disse para te vir acordar, ele foi buscar os outros pacientes. – Ele explicou com um sorriso nos seus lábios, encolhendo os ombros após acabar a sua frase.

- Buscar os outros pacientes? – Perguntei confusa. – Para quê?

- Parece-me que vem aí um médico de outro hospital qualquer, falar connosco. Eu sei lá, não faço perguntas. – Ele resmungou e eu levantei-me.

- Preciso de me arranjar, podes sair? – Murmurei docemente, olhando para William, que ainda me observava com um grande sorriso no rosto. As suas grandes mãos puxaram o meu corpo para o seu, colocando-me entre as suas pernas.

- É óbvio que não vou sair. – Ele comentou numa gargalhada e eu dei-lhe uma leve chapada no braço. – Pronto, pronto, eu saio. Mas com uma condição. – Ele sorriu e eu ergui uma das minhas sobrancelhas. – Tens de me dar um beijinho primeiro.

- Will... - Fiz beicinho.

- Só um. – Ele sorriu.

Suspirei e ele colou rapidamente os seus lábios nos meus, iniciando um beijo calmo. As minhas mãos dirigiram-se rapidamente ao seu cabelo e quando ele começou a intensificar a coisa, bateram à porta.

Afastei-me rapidamente, atrapalhada e corri para a casa de banho.

- Já vamos! – William informou e eu fechei a porta da casa de banho, para me poder arranjar.

- Estou de olho em ti, William. – A voz de Darren soou no quarto, sendo assim audível na casa de banho.

Eles estavam a conversar e eu aproveitei para tomar um banho bastante rápido e vesti-me. Saí da casa de banho e saí do quarto sendo assim seguida por ambos. Assim que chegámos à sala de convívio, já havia uma roda de pacientes e estava um médico novo, sentado numa das pontas. William sentou-se no sofá e eu sentei-me no seu colo, sabendo que provavelmente, Darren nos fuzilaria com o olhar. Mas eu sentia-me confortável perto de Will e ele não poderia tirar isso.

- Bom dia. – A voz do novo médico fez-se ouvir. Todos responderam educadamente e ele parecia sentir-se feliz por isso. – Eu sou o Dr. Martin e vim aqui conhecer-vos um pouco, a pedido do Dr. Darren, para ver como reagem com pessoas de fora. – Ele explicou. – Mas Darren pediu-me para ter cuidado com um caso. Evelyn.

Apertei as mãos de Will quando o homem pronunciou o meu nome e ele acariciou as mesmas, de forma carinhosa.

- Deves ser tu, pela descrição que me foi dada. – Ele sorriu para mim, observando-me atentamente. As minhas costas colaram-se mais ao peito de William. Engoli em seco. Eu estava nervosa e sabia bem que o homem não estava ali para me fazer mal.

- Sim, é ela. – William respondeu, de forma calma mas rude, enquanto envolvia os seus fortes braços na minha cintura. Sentia-me protegida.

- E tu deves ser o William. Também me falaram muito de ti. – Ele respondeu, numa gargalhada à qual William não retribuiu.

- Coisas más, eu espero. – Ele respondeu.

- Más e boas. Mas foi-me dito que não deixarias ninguém tocar na Evelyn, estou certo? – Martin perguntou e eu senti o peito de William vibrar, à medida que ele soltava uma gargalhada.

- Sim, está certo.

- E porque se deve essa proteção toda, William? – Este é muito curioso.

- Porque ela é minha. – William respondeu e o meu coração acelerou. – Ela é a minha boneca, o meu consolo para a noite. – Ele ronronou.

Olhei à minha volta. Darren olhava para nós boquiaberto com a resposta, Martin e outros enfermeiros também.

- Muito bem. – Ele tossiu para aclarar o clima e eu só conseguia sorrir. – Bom, Evelyn, será que podes falar comigo, agora? – Ele sorriu para mim.

Ergui o meu olhar, para poder encarar William, depois desviei o mesmo para olhar para Darren e olhei para Martin, negando com a cabeça. Eu nunca seria capaz de falar com um desconhecido, tanto quanto eu queria.

- Não, ela não vai falar. – Will respondeu, ao perceber que eu não me sentia capaz e eu fechei os meus olhos. Estava assustada.

- Mas... - Martin começou.

- Mas nada. Não a pode forçar a falar. – William resmungou.

Um alarme qualquer soou. Eu não sabia do que era, sabia que era agudo demais para os meus ouvidos. Procurei Darren e ele olhava para mim em pânico. Levei as mãos aos meus ouvidos, tapando os mesmos com alguma força, para abafar o som, mas era impossível.

- Desliguem isso! – William rosnou e levantou-se comigo ao colo.

Comecei a chorar. A dor era intensa. Ele começou a caminhar, levando-me para longe e eu apenas sabia chorar. Ele entrou no quarto dele, ao fim de um tempo, visto que era mais longe da sala de convívio que o meu quarto. Deitou-me na cama e deitou-se a meu lado.

- Shh, já passou, meu amor. – Ele murmurou, aconchegando-me ao seu corpo quente. Tapou-nos e eu fechei os meus olhos, tentando acalmar-me. – Já passou. – Ele sussurrou e beijou a minha testa.

Respirei fundo. O meu corpo tremia, a minha respiração estava descompassada. O cansaço estava apoderar-se de mim, como acontecia sempre que eu tinha um ataque destes.

- William... - Sussurrei.

- Descansa, meu amor. – Sussurrou.

- Obrigado por me tirares dali... - Sussurrei e adormeci, aconchegada a ele.

**

Este capítulo está muito parado e muito merda, desculpem-me por isso. Às vezes estes capítulos são necessários. 

Com muito amor,

LT17_4ever & saadict4ever.

EvelynOnde histórias criam vida. Descubra agora