Evelyn

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Evelyn

Pedi a Lilian que me fosse buscar algo para eu poder comer, visto que a fome já apertava e fui procurar por William. Na verdade, nem sabia por onde começar a procurar, visto que ele nem dissera para onde fora.

Suspirei.

Passei pelo quarto de Jake, vendo Martin à porta.

- Jake, William... - A sua voz grave pronunciou. Espera, o Jake e o William juntos?

- William? – Espreitei assim que Martin me deu espaço para tal e ao vê-lo com Jake, ergui uma sobrancelha.

- Meu amor. – Ele sorriu e caminhou até mim, beijando a minha testa. Ele cheirava a álcool, o quarto cheirava a álcool e a tinta.

- Que nojo, que cheiro é este? – Resmunguei afastando-me dele.

- Que cheiro? – Jake perguntou confuso. Martin já havia ido embora.

- O cheiro a álcool e tinta, que horror. Que porra andaram vocês a fazer? – Resmunguei novamente e isso fez Will rir.

- As grávidas têm os sentidos mais apurados. – Jake constatou. – A minha mãe era igual, era pior que um cão detetive.

- Oh princesa. – Will ainda ria e agarrou a minha mão, aproximando-se de mim.

- Enquanto não tomares um belo banho para tirares esse cheiro, esquece. Nem te aproximes. – Rosnei-lhe, visivelmente chateada e ele beijou a minha testa a rir.

- Sim, senhora. – Ele gargalhou e saiu do quarto de Jake, deixando-me sozinha com ele.

- E tu também. – Rosnei e saí dali, fechando-lhe a porta.

Comecei a caminhar para o quarto e entrei, reparando que Will estava a tomar banho. Peguei no seu caderno que se encontrava em cima da cama e comecei a esfolheá-lo. Havia imensos desenhos e cada vez que eu observava um, eu gostava mais deles todos.

Parei num dos desenhos, onde se notava que era eu. Eu estava deitada na cama, a dormir e notava-se uma saliência na camisola enorme que eu tinha vestida. Ele desenhara-me com uma enorme barriga graças à gravidez. Estava apaixonada.

Assustei-me com a porta a abrir. Era Lilian, com a comida que ela fora buscar para mim.

Rapidamente fechei o caderno de Will e levantei-me com um sorriso para poder agarrar na comida que ela trouxera. Peguei no tabuleiro e pousei-o na secretária e Lilian saiu, pois percebera que William se encontrava comigo.

Comecei a comer algumas das bolachas que ela trouxera, estando eu esfomeada e comecei a pensar em coisas aleatórias, como o facto de ter medo que algo corresse mal durante a minha gravidez, visto que o meu corpo era frágil graças à anemia e devido ao meu problema.

- Amor? – A sua voz interrompeu os meus pensamentos aleatórios e meio deprimentes e eu abanei a cabeça e olhei para ele. Sentia o cheiro doce do gel de banho e já me sentia melhor. – Estás bem?

- Claro. – Sorri e levantei-me, caminhando até ele. Coloquei-me em bicos de pés e beijei os seus lábios levemente. As suas mãos grandes agarraram as minhas ancas e ele apertou o meu corpo contra o seu, fazendo-me suspirar. Senti o meu corpo pedir por mais e ele percebeu isso quando me encostou à secretária de forma calma e lenta.

- Podia fazer-te tanta coisa agora, meu amor, tenho-te tão vulnerável nas minhas mãos. – Ele sussurrou contra o meu pescoço, fazendo-me arrepiar. – Mas não posso. – Beijou os meus lábios e afastou-se, fazendo-me choramingar pela falta de contacto.

Os meus olhos azuis percorreram o seu corpo bem delineado e tatuado, fazendo-me desejá-lo. Virei as costas e continuei a comer.

- Podíamos ir dar uma volta lá fora. – Sugeri. – Ouvi dizer que hoje está um belo dia de sol, para se poder passear. – Virei-me para ele, com um pequeno sorriso no rosto. – E podemos convidar o Jake, para ele não estar sozinho.

- Sabes, por muito que eu perceba que queiras que ele tenha amigos, ele não pode estar sempre connosco. Precisamos do nosso próprio espaço, princesa. – Murmurou.

- Eu sei. – Agarrei a mão dele. – Mas podemos? Eu não gosto de o ver sozinho. – Sussurrei, beijando a sua bochecha.

- Como a madame quiser. – Sorriu.

O sol batia na minha pálida pele e eu encolhi-me mais no banco. Havia imensos pacientes no exterior, algo que não era muito normal e eu sentia-me intimidada. Jake e William estavam a conversar sobre qualquer coisa que eu não quis perceber.

- Evelyn. – Jake chamou-me, sorrindo. Apenas olhei para ele e desviei o olhar. – O que ela tem? – Perguntou.

- É normal, está imensa gente aqui. – Will explicou.

- Ela tem agorafobia? – Perguntou o loiro curioso e o meu humor não permitia que a estupidez dele continuasse.

- Não. – Rosnei e comecei a caminhar por ali, sozinha. Sentia-me triste, zangada e carente. Não entendia porquê.

- Amor. – A voz rouca de William chamou-me e os seus braços envolveram o meu corpo quando eu parei e me virei para ele. Assim que ele me agarrou, eu senti-me ir abaixo e comecei a chorar. – Shhh, está tudo bem. Não te preocupes, está tudo bem, vamos embora. – Ele sussurrou e pegou em mim ao colo, levando-me para o interior do edifício médico mais uma vez.

Will caminhou e eu sentia-me pegar no sono nos seus braços. Ele entrou no seu quarto e deitou-me na cama, o que fez com que eu adormecesse depressa.

**

Desculpem-me pela demora, mas fiquei sem imaginação e inventei para aqui qualquer coisa

NÃO ME MATEM POR FAVOR

VOS AMO

Com amor,

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