PRÓLOGO

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O último ano do Ensino Médio é inesquecível.

É uma dessas épocas da vida que você guarda na memória e relembra, em um futuro não muito distante, numa cadeira de praia, rodeado pelos seus netos. "Aqueles eram bons tempos... na minha época os jovens eram contestadores, eram cheios de vida!", você dirá, embora saiba que, independente da época, jovens serão sempre jovens, ou seja, só estão afim de encher a cara e fazer o maior número de besteiras possíveis que conseguirem no menor espaço de tempo.

O último ano do colégio é geralmente um ano feliz, cheio de esperanças de uma nova vida, no qual jovens, cheios de espinhas e amor para dar, fazem promessas silenciosas a si mesmos de que, finalmente, as coisas vão melhorar. Prometem estudar para o vestibular - assim como prometeram estudar no ano anterior - e, por mais ou menos duas semanas, realmente levam a escola a sério.

E então o ano passa como um cometa, as provas começam e você percebe que nada mudou. Tudo continua a mesma merda de sempre! A sua vida não fez sentido, você não descobriu o dilema do "ser ou não ser", ainda não sabe que carreira quer seguir, a sua cara ainda está cheia de espinhas, os seus amigos parecem se divertir bem mais do que você e a frustração é consequência. Você começa a atrair coisas ruins, trair seus amigos, ignorar sentimentos, fazer mais idiotices do que nunca e, de repente, a sua vida está atolada em um lamaçal de mentiras e decepções.

O que você faz então?

Enlouquece.

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