Garota Imperfeita

Game over

Eu já estava a mais ou menos 4 horas andando pela floresta, não tinha noção pra onde estava indo, o céu começou a escurecer e as nuvens estavam carregadas, eu sentei no chão, estava muito frio e eu estava exausta e com muita fome. Peguei o celular já eram 15:00 horas apesar de parecer ser bem mais tarde pelo fato de estar tudo nublado, eu fiquei ali descansando um pouco, achei uma goiaba no chão e comi. Continuei a andar, a chuva forte começou já estava sem forças quando vi uma pequena casinha próximo, ali era minha salvação, talvez tivesse gente lá e poderia me da abrigo por uma noite, talavez não tivesse, e poderia ser seguro pra me passar um tempo. Fui andando rápido até chegar lá, a chuva forte me fez ficar encharcada, eu tentava olhar a casa por dentro e aparentava estar abandonada, resolvi entrar.

Olá? - falei alto entrando em uma pequena sala.

Ninguém respondeu, não tinha ninguém, não tinha móveis, não tinha nada dentro dela. Estava bem empoeirada, em baixo tinha uma sala, cozinha e um pequenino banheiro, em cima havia dois quartos, só entrei em um que havia muitos papelotes, peguei um e levei para sala em baixo coloquei no chão e deitei, estava muito cansada e acabei dormindo.

Acordei e estava tudo muito escuro, tremia de frio, ainda estava muito molhada, peguei o celular no bolso por dentro do casaco já eram 20:00 hs nossa eu dormi muito, chuva forte os trovões me davam medo, principalmente por saber que eu estava sozinha ali. Subi lá pra cima, no quarto havia um interruptor apertei mas as luzes não acendiam, fui para o quarto que ainda não tinha entrado, a porta não queria abria, eu forcei um pouco e abriu estava muito escuro, só dava pra ver umas mesas encostada na parede, passei as mãos pela parede e achei o interruptor apertei e as luzes acenderam.

Nas mesas havia algumas câmeras, e uma espingarda, será que tinha gente morando nessa casa? Seria um guarda florestal? Tentava associar as coisas, havia outra janela eu olhei a floresta estava totalmente escura. Escutei um barulho vindo do outro quarto, fui olhar mas era só a janela, a faca que estava no meu casaco caiu, me abaixei para pegar e senti que tinha alguem atrás de mim, nem deu tempo de virar quando uma mão com um lenço tapou meu nariz e minha boca me fazendo perde a consciência.

2 horas depois.

Acordei, minha cabeça doía e minha vista estava um pouco embaçada, me dei conta que estava amarrada no pé da grande mesa de madeira, estava com um pano na boca, na podia gritar, meu casaco estava perto da porta, droga estava sem a faca e sem o celular, tentava gritar mais era inútil, tinha certeza que tinha sido Saulo que fez isso comigo, eu não estava com medo, estava com ódio.

06:00 AM.

Eu estava acordada, não sentia minha boca pelo fato daquele pano estar amarrado muito forte. Meu corpo doía muito, estava morrendo de fome, com sede. Escutei um barulho, alguem subindo as escadas, entra alguem todo vestido de preto e um grande chapéu da mesma cor, tapando os olhos, mas aquele sorriso conhecia muito bem.

Bom dia querida Alice - falou Saulo tirando o chapéu.

Eu olhava pra ele querendo fuzila-lo.

Olha só eu vou tirar o pano da sua bouquinha, mas você tem que prometer que não vai gritar. Trouxe comida pra você deve estar morrendo de fome não é mesmo?

Ele se aproximou de mim e tirou a mordaça, aliviou demais, não gritei sabia que ia ser em vão e nem tinha forças pra isso. Saulo apareceu com uma garrafa de água e um sanduíche na mão, minha barriga roncou só de sentir aquele cheiro.

Agora você vai comer quietinha e comportada - falou ele calmamente.

Você vai me soltar? - perguntei fria.

Ainda não, Afinal você come com a boca e não com os braços - ele sorriu sarcástico.

Se agachou na minha frente, me deu um pouco de agua, e colocou o sanduíche na minha boca, eu senti medo, será que ele colocou algum tipo de veneno? Pensei rápido, mas mordi quando minha barriga não parava quieta, eu comi todo o sanduíche e bebi toda a água. Saulo sumiu por uns instantes, mas depois reapareceu.

Eu vou te soltar, e você vai me acompanhar educadamente - ele sorriu.

Babaca - pensei.

Ele cortou as cordas, e eu parti logo pra cima dele, batendo o quanto podia eu perguntava o que ele queria de mim e o batia com muita força, ele pegou meu braços com força e mandou eu colaborar se não Pietro iria pro inferno, eu parei.

Vai se comporta? - ele falou baixinho no meu ouvido.

Eu balancei a cabeça positivamente chorando.

Boa garota - falou soltando meus braços.

Saímos da casa e andamos um pouco pela floresta tinha um carro preto parado próximo, Saulo me mandou entrar e ele fez o mesmo em seguida, travou as portas.

Caso você queira abri a porta do carro e se jogar, não quero ver minha Alice machucada. - ele falava ironico.

Eu chorava de ódio.

Saulo saiu da floresta, provavelmente conhecia ela muito bem, que burra você foi Alice porque não pensou isso antes, ele pegou a estrada.

Acho melhor você descansar a viajem vai ser longa - falou olhando pra mim.

Eu não falava nada. Depois de algumas horas acabei dormindo.