Estrada

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Eu nem estava acreditando que saí daquele cativeiro, sentia aquela sensação de felicidade e medo ao mesmo tempo, eu olhava para Rousy ela parecia estar concentrada na viagem mais algo me dizia que ela estava com a cabeça a mil.

Rousy? - Falei camalmente.

Ela sorriu.

Como você conseguiu esse carro?  - Perguntei curiosa.

Uma pessoa arrumou para mim - Respondeu.

Senti que Rousy, não queria falar quem foi, isso me deu medo, mas tentei relaxar sabia que podia confiar nela.

Que horas são? - Perguntei.

21:43 - Falou olhando para o relógio do carro.

Chegamos lá mais ou menos que horas?  - Perguntei.

Daqui a uma hora e meia - Respondeu.

Estou ansiosa - Falei.

Entendo Alice - Respondeu.

Rousy você nunca falou com detalhes sobre como foi viver sua infância presa naquela casa - Falei tentando saber mais sobre sua vida.

Eu não vivi minha infância presa naquela casa - Respondeu com leve sorriso nos lábios. Morava eu minha mãe e minha avó Malva, Thayná conheceu Saulo quando eu tinha 7 anos.

Então você não é filha de Saulo?  - Perguntei surpresa.

Vou continuar Alice - Respondeu.

Não conheci meu verdadeiro pai, senti falta durante minha infância, mas vovó e Thayná me deram muito amor. Thayná conheceu Saulo no seu "trabalho" que dizia para mim que trabalhava em festas, eventos, mas logo depois descobri que ela era garota de programa. Saulo vinha trazer minha mãe em casa quase todas as noites, em um domingo ele chegou em nossa casa para almoçar e pediu ela em casamento, era um criança fiquei feliz por ver ela feliz, mas essa felicidade acabou quando ele falou que eu ia continuar morando com minha vó, e ele levaria minha mãe para morar em outro estado, eu chorei e disse que queria ir com eles, foi a coisa mais estúpida que disse. Minha mãe conversou alguns minutos com Saulo na sala e ele concordou que me levaria junto, fiz minhas malas com minha mãe, e fui me despedir de vovó Malva, ela me abraçou forte e falou no meu ouvido baixinho, para ser forte e ter muito cuidado, não levei aquilo a sério e fui embora. Saulo nos levou para uma linda casa no Texas, eu tinha um quarto lindo, era simplismente um sonho, logo esse sonho acabou, Saulo começou agredir minha mãe a tortura-lá, trazia outras mulheres para casa e fazia o mesmo depois de abusar sexualmente, ele não ligava se isso era na minha frente ou não. Comecei a sentir raiva e nojo dele, Thayná começou a se torna uma mulher fria e cada dia parecia mais com Saulo, ela já ajudava ele nas torturas, lembro que ele gritava e dizia para ela descontar toda sua dor naquelas "vagabundas" era sim que ele chamava suas vítimas. Eu já não aguentava aquilo mais, ja não a chamava mais de mãe, liguei para minha vó, disse a ela tudo que estava se passando, mas logo fui enterrompida por Saulo que me bateu e me torturou junto com Thayná foi a parti desse dia que passei a ter mais ódio deles, qualquer coisa que eu fizesse que não agradace a eles me jogavam em um quarto imundo e me deixavam lá por dias, além de escolher uma tortura, ou um corte na perna, ou uma queimadura, era divertido para eles, me ver chorar, gritar. As torturas foram acabando mais quando completei 14 anos, já havia me acostumado com a dor, não ligava muito. Saulo começou a dar aula na escola, e nos mudamos para a mansão, lá ja moravam todos os empregados incluíndo Max, ele contratou um professor particular para mim, não me deixava ir a escola. Caio foi meu primeiro e único professor aprendi tudo com ele, foi ai que voltei a me alegrar a sorrir, ele era muito gentil e carinhoso, me ensinou por um ano, ele tinha 22 anos, alto, magro, coreano, ele era lindo, acabei mim apaixonando por ele mas Caio não me dava muita bola acho que sabia o quanto era estranha aquela família, Saulo percebeu que estava gostando dele e matou-o  enforcado na minha frente, então comecei a ter minha fase " Rebelde " pintar cabelo, alargadores, para eles não importavam o que eu mudasse na minha aparência. Dois meses depois fui indentificada com um câncer cerebral, eles começaram a não ligar mais para mim, me tornei invisível, mesmo se respondesse, se gritasse, não ligavam mais por que sabem que posso morrer a qualquer momento. Comecei a me aproximar de Max, como eu disse é ele que me faz sentir viva.

Eu estava pasma com tudo que ela falou, sem ao menos derramar um lágrima, Rousy é bem mais forte do que imaginei.

Foto do Caio

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Leitores estou tentando explicar o máximo possível da historia, das lembraças do passado então provavelmente os capítulos ficará um pouco grandes, mas é melhor para que vocês entendam mais. Estou pensando também em fazer capítulo bônus de THAYNA, e SAULO. Obrigado e não esqueçam de votar.

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