__ Ângela...Ângela.... – Ouvi uma voz aflita, em pânico. __ Estas bem?...Diz algo...vá lá.
Eu pisquei os olhos varias vezes tentando focar a imagem que estava perante mim. O rosto de Raquel rapidamente surgiu , o que aproveitei para estender a mão para que me ajudasse a levantar. Na mesma hora solto um gemido profundo com a dor que me ataca de novo.
__ Não ...não te levantes...podes ter algo partido. – Ouvi a Ana do outro lado.
__ Eu estou bem...só um pouco dolorida. – Eu voltei a gemer quando me endireitei. __ E vocês? – Eu olhei ao redor para verificar se estavam todas bem. __ A Fátima?
__ Estou aqui... estou bem. – Ela apareceu no meu campo de visão com dois homens altos e entroncados, o que me fez franzir o sobrolho .
__ Chamaram ajuda? - As encarei com surpresa.
__ Não! Quem chamou foi o dono do bar. - Ana explicou. __ Ele reparou que nos seguiram quando saímos.
__ Alexandre e o Vasco apareceram na hora certa. – Fátima apontou para os dois homens.
__ Bom...na altura certa para nós. -Raquel mordeu o lábio. __ Não sabíamos onde estavas se não ouvíssemos o grito. Aquele babaca te levou para longe de nós.
Fiquei em silêncio um momento pensando que provavelmente afastou-se porque queria mostrar o que ele realmente era. Um Vampiro.
Respiro fundo, nunca poderia dizer isso a ninguém, não iriam acreditar em mim. Vampiros não existiam...isso era o que sempre tinha pensado.
O homem mais alto aproximou se rapidamente, me analisando com uma expressão estranha, seria , me fitando intensamente. Ele tinha lindos olhos azuis e começava a incomodar com aquele olhar enigmático e hipnotizante.__ Então...conseguiram apanha-los? – Perguntei baixando meu olhar, fingindo uma certa preocupação pelo estado sujo do vestido, me afastando um pouco dele.
__ Estás a sangrar. – Ele disse com uma voz sombria, forte, indiferente.
Olhei para o meu braço,um grande corte estava visivel, manchando a minha pele , com uma cor carmesim.
__ Não tem importância, é só um arranhão.- sorri timidamente quando o outro homem se coloca do seu lado, me olhando com uma expressão curiosa.
As meninas correram para mim e logo me verificaram o braço e o resto do corpo. Eu apertei os lábios em fúria quando elas começaram a levantar o vestido ali mesmo.
__ MENINAS! - Gritei. Elas pularam com o susto. __ O que pensam que estão a fazer? – Olhei de lado para os dois homens que ali estavam ainda e depois novamente para elas. __ Não estamos em casa!!!!
__ Oh, desculpa mas temos que nos certificar que estás mesmo bem!
__Eu estou bem! Já disse duas vezes. Só quero ir para casa. – Comecei a andar e mordi o lábio para engolir um gemido de dor que insistia em latejar na minha anca. Devia ter um hematoma ali e dos grandes. O homem alto bloqueou a passagem e estendeu a mão.
__ Sou Alexandre! - Apontou para seu acompanhante. __ Este é Vasco. Será melhor que a acompanhemos a casa!
__ Nem pensar, obrigado...na mesma. – Eu sorri-lhe forçadamente, me virando de imediato para as meninas.__ Elas acompanham – me e já agora.... - Encarei-as com um sorriso irónico. __ Esta saída valeu por todas as outras que vocês planeavam. Não vou precisar de mais emoções fortes por muito tempo.
__ Idiota! - Raquel soltou a palavra junto com uma risada. __ Só mesmo tu para dizer piadas numa situação como esta.
__ Quem disse que é piada? – Esboço um sorriso firme, encarando cautelosamente os dois estranhos que não deixavam de nos observar. __ Obrigado por tudo, ficaremos bem.
Saí em passo apressado para chegar a casa o mais rápido que fosse possível. Ana, Fátima e Raquel agradeceram também e seguiram me, entrando no taxi que eu rapidamente forcei a parar quando o vi ao longe, me colocando mesmo no meio da estrada. Meu coração palpitava com rapidez , com um olhar subtil de lado observei que um dos homens não parava de me fitar intensamente. Meu sangue gelou, não sabia porque, mas um alerta disparou por todo o meu ser.
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Livro 2- Reclamada Por Dois
Hombres LoboVasco um Werewolf e Alexandre um vampiro, partilhavam o sangue da mesma mãe, apesar de serem diferentes , tanto fisicamente como de personalidade , o sangue os unia como aliados e protetores um do outro. Apesar de se darem muito bem e convivere...