Capitulo 12

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Estava a tempo demais na banheira. A minha pele já estava a enrugar. Era impossível esconder-me naquele quarto o fim-de-semana todo. Mais cedo ou mais tarde tinha que enfrentar o que estava a sentir por eles. Talvez a Fátima tivesse razão. Porque não ser impulsiva uma vez na vida e pensar nas consequências depois. Eu tinha a mania de pensar em tudo antes e sofria sempre por antecipação. Devido a isso tinha deixado passar ao lado algumas coisas na minha vida. Mas tão irreal que era toda aquela situação, eu devia aproveitar, não era todos os dias que um vampiro e um lobisomem me desejavam.

Suspirei, peguei na toalha e enxaguei-me devagar. "Como seria ser amada e acarinhada por dois homens?" Abanei a cabeça, não podia pensar mais nisso, senão tinha que tomar outro banho, frio desta vez.

Coloquei um soutien branco de renda e umas calcinhas da mesma cor. Bocejei, agora que o meu corpo tinha relaxado, sentia as poucas horas que tinha dormido. Olhei para a cama, nunca me pareceu tão tentadora como naquele momento, podia tirar uma sesta pequenina antes do jantar. Assim sempre eram menos horas que teria que controlar os meus desejos luxuriosos.

Deitei-me e gemi ao esfregar-me com a pele quase nua nos lençóis suaves. Bastaram uns segundos para perceber que o meu corpo adormecia antes que os meus olhos se fechassem.

Abri os olhos sonolentos. Espreguicei-me esticando as pernas e os braços no ar. De repente congelei nessa posição, olhei cautelosamente para onde os meus pés tocaram e gritei estridentemente.

Quando Alexandre ouviu Ângela gritar todo o corpo dele se arrepiou. Tinha acabado de vestir as calças e correu para o quarto dela.

__ Que se passa? - Entrou no quarto com as presas de fora pronto para atacar.

Alexandre estava estupefacto com o que viu no quarto. Primeiro Ângela estava praticamente nua encolhida na cabeceira da cama e segundo Vasco estava aos pés da cama deitado...como um lobo.

Sentou-se rapidamente na cama e colocou-a no colo dele. O contacto da pele suave dela no peito disparou um calor directamente a sua virilha. "Devia ter vestido a camisola. " Pensou engolindo em seco.

__ Está tudo bem. - Tentou esquecer a luxúria e acariciou as costas nuas dela.

__ Tudo...tudo bem? - Eu agarrei-me ao pescoço de Alexandre ficando as unhas nos ombros nus. A minha voz tremia. __ Está um lobo na minha cama.

__ Sim eu sei. - Ele segurou-me no rosto e obrigou-me a olhar para ele. __ È o Vasco e se ele não estivesse tão arrependido por te assustar ia levar um sermão daqueles bem feios.

Alexandre olhou o irmão com uma mistura de irritação e pena. Realmente ele estava triste por ela ter medo dele.

__ Vasco! - Ofeguei olhando o lobo desconfiada.

__ Sim. - Alexandre confirmou com um sorriso. O lobo soltou um gemido e colocou o focinho entre as patas em submissão.

Lentamente saí do colo de Alexandre, gatinhei até ao lobo. Levantei a mão para o acariciar mas quando ele levantou o focinho eu hesitei.

__ Não tenhas medo. - Alexandre colocou-se atrás de mim e segurou a minha mão.

Colocou-a no focinho do lobo e eu respirei fundo. Depois de sentir o pelo suave e de ouvir um gemido do lobo, acariciei-lhe as orelhas. Ele tinha um pelo tão suave, era completamente cinzento. Lindo!

__ Incrível! - Murmurei.

O lobo levantou a cabeça e eu recuei um pouco, alarmada. Ele aproximou-se e lambeu-me o rosto, a boca e depois o pescoço. Eu comecei a rir, fazia me cócegas. Ao mesmo tempo senti as mãos de Alexandre nas minhas coxas. Virei-me para ele e senti a luxúria que invadia seus olhos negros. Só nesse momento reparei que ele estava nu da cintura para cima.

Senti uma rajada suave de vento e rapidamente voltei-me para o lobo. Dei um pulo quando vi Vasco no lugar dele, completamente nu. Ele era entroncado, músculos salientes e bronzeados.Ofeguei ao ve-los desnudos , com musculos salientes e corpos perfeitos.

Sem sequer o ver aproximar, Vasco beijou-me possessivamente, colocando uma das mãos na minha cintura , me puxando para seu corpo quente. Enquanto isso Alexandre acariciava-me as coxas, beijando o ombro ate ao pescoço. Me arrepiando quando sua lingua roça eroticamente na veia palpitante . Estava perdida! Não ia resistir... não queria resistir!

Livro 2- Reclamada Por DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora