Finalmente estava fora daquele hospital, andava ansiosa por voltar a casa, à minha cama, aos braços dos homens da minha vida. Apesar de estar sempre acompanhada por um deles naquele quarto hospitalar onde não me faltava nada , sentia saudades de ter Vasco e Alexandre somente pra mim e meus filhos. Com tanta atenção e preocupação, as ordens de Alexandre e também de Cassandra era que eu estivesse em vigilância apertada nos dias seguintes. O que não dava para ter nenhuma privacidade ou tempo para conversar tranquilamente com cada um deles. Desde o ocorrido que não falávamos do assunto, deixando para trás o choque e as emoções negativas que tudo aquilo poderia acarretar. Alexandre e Vasco pareciam dois papás babados, orgulhosos de seus filhos, eles os pegavam com tanto cuidado, os apreciavam durante horas sussurrando palavras carinhosas, uma imagem maravilhosa que não iria esquecer nunca.
Vasco beija a minha boca , levando os gémeos para o jipe. Alexandre por algum motivo não tinha vindo na noite passada , Vasco mencionara que havia um tipo de situação na organização que necessitava de sua atenção urgente, o que me deixava um pouco preocupada.
Vasco dirigia devagar pela estrada principal que levava a casa, Alexandre não tinha ligado e não sabia até que ponto o quarto estaria pronto para receber sua companheira e seus filhos. Apreensivo ele demora mais do que habitual para chegar ao conforto de seu lar. Ele podia se orgulhar de seus filhos que dormiam tranquilamente nas alcofas aconchegantes que ele não esquecera de preparar para os transportar. Pelo menos naquele ponto não podia ser massacrado . Respirando fundo dá-se conta que Angela o observa com a sobrancelha levantada.
__ O que fizeste ?
__ Como assim? - Vasco fica aborrecido por aquele tipo de pergunta. __ Até parece que apronto por aí!!!
__ Então porque estás tão tenso, e dirigindo mais lento que uma tartaruga a pé? -Eu o encaro desconfiada , ele parecia estar com o rabo preso em algo que fizera ,e tinha a impressão que não ia gostar.
__ Estou indo com cuidado... pelos gémeos. - Vasco sorri, beijando a boca de Angela que não se mostra muito convencida .
__ Eles estão bem !!! - Tento me mostrar tranquila , suplicando para que Vasco carregue no acelerador. __Por favor Vasco, me leva rápido para casa .
Estava ansiosa por ver o quarto dos gémeos e de finalmente me colocar à vontade no nosso espaço pessoal, envolvida num ambiente familiar. Lamentava não ter podido participar na decoração, mas Vasco me garantira que Alexandre o ajudara a fazer tudo certinho.
Estava tão curiosa por ver o nosso dia a dia com nossos filhos. Não me faltaria ajuda , porque Vasco e Alexandre sempre os monopolizavam quando estavam ao redor. Ao longe o muro de 2 metros que rodeava a casa, surge no horizonte, meu coração palpita mais forte quando o portão elaborado de metal negro se abre á nossa passagem. Respiro fundo esboçando um sorriso quando Vasco pára o jipe na frente da porta.
Sigo Vasco de imediato levando nosso filho nos braços quando se dirige à porta que ligava o quarto das crianças ao nosso, Vasco a abre um pouco apreensivo, me olhando com se tivesse que pedir desculpa por algo. Ele beija nossa filha que trazia em seus braços e suspira.
__ Antes que digas alguma coisa ...- Vasco abre a porta do quarto, exalando o ar profundamente , não sabia de seu irmão, nem sabia o que se passava naquele quarto fechado. __ É melhor falar com Alexandre primeiro...
__ Oh ...Meu...Deus...
Eu realmente não sabia o que esperar, nem imaginava como dois homens seriam capazes de decorar um quarto de crianças, mas o que estava na minha frente era realmente encantador.
Vasco solta um palavrão. O quarto estava minuciosamente preparado para a chegada de seus filhos e sua companheira , seu irmão tinha se esmerado, nada de cores muito berrantes e alegres apesar de ter uma menina em casa, mas tudo estava perfeito para que ambos se sentissem num espaço neutro.
Angela sente uns braços fortes a rodearem sua cintura , o bafo quente em seu pescoço a faz arrepiar rapidamente sua pele , como sentia falta deles em seu corpo também.
__Então, o que achas?- A voz de Alexandre era um sussurro entre o beijo demorado que depositava em seu pescoço.
__ Simplesmente adorável... - Minha voz se emociona ao observar que havia em cada cama detalhes pessoais para cada gémeo e uma ausência muito visível de metade dos peluches que Vasco tinha comprado nesses últimos meses.__ Como conseguiste?
Alexandre sorri beijando a testa de seu filho que no momento arregalava os olhos nos braços de sua mãe.
__Foi preciso aliciar alguns vampiros com folgas extras para poder ficar tudo pronto em algumas horas .- Alexandre pega seu filho dos braços de Angela, esfregando o nariz suavemente em sua bochecha enquanto o levantava no ar , mostrando lentamente , todo o quarto. Sua postura curiosa mostrava que estava aprovado , deixando seu pai deveras orgulhoso e satisfeito.
__ Em algumas horas ??? - Elevo uma sobrancelha , encarando Vasco que simplesmente assobiava com sua filha nos braços, ela arregalava seus olhos negros enquanto Vasco verificava cada peluche no lugar, evitando qualquer contato ocular comigo.__ Mas tiveram longos dias!!- Com as mãos nos quadris simplesmente o encaro, já que Vasco estava com ar mais culpado que um criminoso apanhado em flagrante. __O que se passou exatamente ?
__ Não te preocupes!- Alexandre olha seu irmão que não sabia disfarçar minimamente , deitando seu filho pela primeira vez na sua caminha nova. Ele acaricia sua mão que fica rapidamente presa ao seu dedo indicador, o fazendo sorrir emocionado. __ O que interessa é que adoram o espaço, dedicado somente a eles.
__ Eu também adorei.... - Suspiro olhando ao redor . __ Simplesmente perfeito.
Um sorriso de satisfação surge nos meus lábios. Era isto que eu ansiava ver, esta união a cinco , algo puro que não deixava duvidas a ninguém. Eu tinha amor incondicional de meus filhos e dos homens que me tinham reclamado, e os gémeos tinham o amor incondicional um do outro, além de sua mãe e de seus pais , porque embora nossa filha tivesse os genes vampiricos de Alexandre , e nosso filho ter os genes lupinos de Vasco, ambos os tratavam como seus , sem nenhuma distinção. Via -se pelo olhar, pelos gestos , eu ficaria em segundo plano não tardava nada.
__ Nunca poderias ficar em segundo plano meu anjo. - Alexandre olha carinhosamente sua companheira ao ler seus pensamentos.
__ Não devias ler a minha mente .... - Sorrindo pulo em seu colo, o abraçando apertado em seu pescoço, murmurando as palavras em seus lábios. __Pelo menos ...não... agora...
__ Porque não?- Alexandre roça seu nariz no dela , um ato terno, carinhoso, respirando fundo , controlando seu corpo quando Ângela arranha suas costas sensualmente, o provocando. __ Aposto que Vasco ia adorar saber o que se passa nessa cabecinha .. nesse mesmo momento.
__Achas mesmo ?-Beijando sua boca , simplesmente sorrio, acariciando seu rosto, quando Alexandre me leva para o quarto principal.
__ Nem preciso ler mentes, para saber o que minha companheira necessita!- Vasco rosna baixinho deixando um beijo na testa de sua filha quando a deita suavemente no berço ao lado de seu irmão. Encarando Ângela seu membro pulsa, quando nota o corpo dela esquentando , somente pelo delicioso perfume corporal que irradiava.
__ Vem amor ...- Retirando sua camiseta pela cabeça, Vasco pula na cama, encarando sua bela fêmea, com um sorriso malicioso. __É tudo teu !
Me deixando com agua na boca ao ver seu corpo preparado para o pecado, Alexandre também sorri de lado quando ouve um gemido baixo ao me deitar na cama,roçando seus dedos propositadamente em meus seios já duros da excitação.Eles também sentiam saudades , aquelas semanas de resguardo tinham sido um tormento para os três,nos fazendo sentir um vazio imenso , insuportável, me dando a certeza que Vasco e Alexandre eram tudo o que necessitava para poder ter uma vida feliz, plena de amor , com momentos felizes e inesquecíveis.
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Livro 2- Reclamada Por Dois
Manusia SerigalaVasco um Werewolf e Alexandre um vampiro, partilhavam o sangue da mesma mãe, apesar de serem diferentes , tanto fisicamente como de personalidade , o sangue os unia como aliados e protetores um do outro. Apesar de se darem muito bem e convivere...