Livro 2- Reclamada Por Dois

Capitulo 17

Meus olhos lentamente se abrem, as palpebras um pouco pesadas me lembravam que a noite tinha sido longa , assim como meu pranto nos braços de Vasco e Alexandre. Piscando  duas vezes sustenho a respiração , encarando um olhar intenso  sobre mim. Vasco me analisava com cautela , deitado na cama ao meu lado. A luz solar que iluminava o lugar indicava que já era manhã, arregalando os olhos simplesmento me sento apavorada olhando o local onde há umas horas antes uma luta sangrenta se tinha  realizado. Vasco me envolve pela cintura  com seus braços fortes, me puxando em seu peito num abraço apertado, seus labios repousam ternamente no meu pescoço enquanto as palavras surgem de imediato me tranquilizando.

__ Está tudo  bem !

Meu horror passa por perplexidade ao observar  que não  havia nenhum corpo , nem vestigios de sangue, o quarto estava limpo como se nada se tivesse passado. Poderia até pensar que tinha sido um simples pesadelo se não tivesse gravado na memoria cada segundo daquela noite. Encaro Vasco ,um pouco nervosa em seus braços, seu perfume e sua proteção me levavam a querer ir mais longe com meus desejos, mas confundir carencia com um sentimento mais forte era um erro fatal no começo de uma relação, ainda mais com um homem fora do normal.

__ Alexandre... ele... se ...foi?

Minha voz tremia ao analisar cada detalhe de seu rosto sério. Seu sorriso carinhoso de imediato surgiu, sua mão desliza em meu rosto, e sua boca captura a minha sem aviso, um beijo que começa suave, mas logo se torna quente e demorado, numa exploração deliciosa. Meu corpo relaxa em segundos em suas mãos , me fazendo soltar um gemido baixo de prazer  enquanto Vasco smplesmente murmura .

__ Ele teve que partir antes do amanhecer!- Seus olhos azuis me prendem como um iman, um olhar que revela suas intenções antes mesmo de soarem suas palavras. __ Ele foi para casa... e nós ...também iremos , assim que estiveres pronta!

__ E... eu não sei... - Me levanto rapidamente saindo de seu aperto e segurança. As dúvidas me assaltando de novo, apesar de saber que não seria capaz de dormir ali, de novo em paz, tão cedo.

__ Eu entendo a confusão que vai nessa cabecinha. - Vasco suspira , se recostando  na cabeceira da cama , me fitando enquanto eu passo a mão  na parede limpa, onde deveria estar uma grande mancha sangrenta, continuando com sua voz melodiosa. __ Mas não há  maneira nenhuma de ficares aqui... sozinha !

Sua voz muda de tom quando  declara autoritario a segunda frase. Me viro apreensiva, engolindo em seco ao ver sua postura dominante, seus olhos mudam subtilmente para um amarelo lupino, como se estivessem demarcando  território, me marcando como sua, somente com aquele olhar. Minha pele se arrepia e meu corpo esquenta no mesmo segundo. Com mãos trementes seguro o lençol ainda preso ao redor de meu corpo, junto as coxas ao sentir o quanto começava a ficar excitada. Vasco respira fundo, fechando os olhos , cerrando os dentes, simplesmente balanço a cabeça tentando manter o controle sobre mim.

__ Eu preciso de tempo...para pensar no que ...

__ Te daremos o tempo que precisares. - Vasco me interrompe, abrindo  seus olhos , mas sem me  encarar, noto a tensão em seu corpo. __ Responderemos a qualquer dúvida que tenhas ...sobre  ... nosso mundo... sobre nós. Mas não te deixarei sozinha...nunca mais!

__ Vasco... porque falas desse jeito... - clareio a garganta quando a voz me falha ao notar que seus caninos superiores e inferiores surgem sob seus labios . __ Nos conhecemos a algumas horas somente...

Dessa vez  ele se levanta , avançando na minha direção em passos lentos, como um predador. Minha pele se arrepia com cada avanço, mas meu corpo recua com a ameaça em seu olhar, não de receio de ser machucada , mas sim por desejar aquilo com que ele me ameaçava, prazer selvagem, na sua forma mais pura . Batendo as costas na parede , sei que estou encurralada, por seu olhar, por seu corpo, por seu poder sobre mim. Suas mãos são  colocadas em cada lado  do  meu rosto, sua boca fica a milimetros da minha, me fazendo  sentir cada respiração  quente na minha pele. Uns simples segundos que me deixam completamente a seus pés pelo magnetismo que ele emite , me prendendo. 

__ Eu posso falar desse jeito porque sei que me pertences. Angela... eu te quero, não tenho dúvidas de que tu... és MINHA !