Capitulo 9

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Eu amaldiçoei por não me ter contido, eu não queria que ele parasse, devia , mas não era isso que desejava. Mas logo senti vontade de desaparecer dali quando vi Alexandre encostado à porta da cozinha nos observando. Ruborizei quando o vi aproximar-se de nós, imediatamente me levantei do colo de Vasco. Ele me segurou pela cintura e me virou de costas deslizando a calça de algodão que usava.

__VASCO... - Gritei , tentando me recompor tanto da excitação como da vergonha de ser despida ali na frente dos dois.

__ Desculpa... só queremos ver até que ponto estás magoada. - Vasco me olhou ternamente, puxando a peça denovo para baixo.

Ofeguei quando senti seus dedos deslizarem por minha coxa perto da curva de meu traseiro. Sabia que estava roxo,amarelo, quase de varias cores, e que doía ao toque, mas aquele gesto excitou-me ainda mais. Apertando os lábios evito fazer qualquer som que alertasse para uma dor ou prazer quando afastaram um pouco o cós da calcinha para o lado. No que eu estava a pensar de me deixar levar assim por um beijo, uma caricia, sendo observada por outro homem. Será que em seu mundo aquela tensão sexual era normal? Entre tres pessoas?

__ Devias ter ido ao hospital! - Alexandre declarou autoritário.

__ Sim, mas não tive muita hipótese disso desde ontem, pois não? - Falei na defensiva, me recompondo rapidamente, apertando a calça o mais possivel. Porque me estava a justificar? __ Também não ia adiantar muito. Só o tempo cura um hematoma.

__ Concordo, mas há remedio que ajuda a passar mais rapido. - Vasco suspirou preocupado , encarando Alexandre. __ Eu vou á farmácia.

Vasco se levantou me olhando com carinho, me beijando de leve a boca antes de sair deixando-me envergonhada e perplexa olhando directamente para Alexandre.

__ E só mesmo essa que tens? - Ele levantou a sobrancelha como se eu fosse mentir.

__ Não! - Clareando a garganta desviei de seu olhar inquisidor.__Mas as outras são pequenas e não sinto dor.

__ Tudo bem! - Ele fez uma pausa ,me analisando intensamente, o que me deixava muito desconfortavel. __ Quando precisares de algo diz-nos. Esta casa é tua, quero que te sintas a vontade aqui...connosco. Certo??

__ Certo! Obrigada.

Alexandre sentou na minha frente . Ele estava com o olhar escuro, seus lábios entreabertos mostravam um brilho pequeno a sobressair de cada lado.

__ Não te alimentaste? - Perguntei cautelosa.

Ele olhou-me surpreendido e sensualmente me respondeu.

__ Sim, alimentei-me.

Respirei fundo, só podia significar uma coisa, pelo que o Vasco disse. Ele não estava com fome, nem agressivo. Droga, me contorci na cadeira tentando evitar pensar muito naquilo que significava, ainda mais com o sorriso de lado que ele rapidamente colocou, mas minha curiosidade fervia . Impulsivamente aproximei-me até as minhas pernas se chocarem com seus joelhos, o me fez sustentar a respiração um segundo, apreciando seus lábios fixamente.

__ Posso vê-las?

Alexandre levantou uma sobrancelha surpreso, mas logo esticou os lábios como se manifestasse um grande sorriso mostrando as presas totalmente sobressaídas, afiadas, tão sensuais. Como era possível uma coisa que me tinha apavorado há umas horas atrás, me excitar agora totalmente... nele. Eu abri a boca de espanto e segurei timidamente sua mandibula com as minhas mãos para ver melhor. Alexandre deixou-me observa-lo á vontade, não se mexia, mas os seus olhos brilhavam como fogo negro, fixos em mim. Em segundos senti suas mãos deslizando de lado em minhas coxas, me segurando firme , enquanto os meus polegares roçavam cada canto de sua boca, hipnotizada pelo brilho de algo tão fatal.

Acariciei o lábio superior, o levantando um pouco e ouvi um pequeno grunhido. Passei o dedo da gengiva até a ponta do incisivo, era comprido, brilhante e parecia bastante afiado. "Será que doía ao furar a pele?"

Quando pensei nisso, senti o corpo dele ficar tenso. Mas relaxou quando me viu a fazer pressão com o dedo directamente na ponta afiada da presa. Senti uma picada e nesse mesmo instante o sangue escorreu. Gemi quando senti a boca de Alexandre fechar-se sobre o meu dedo, o sangue foi sugado com uma sensualidade que esquentou todo o meu ser. Ao mesmo tempo que ele chupou, com os joelhos abriu - me as coxas me obrigando a sentar escarranchada no colo dele. Enquanto ele chupava o meu dedo, mais sensações de prazer me invadiam, ele nunca deixou de me olhar enquanto o fazia. Quando ele parou e me libertou fiquei desiludida. Era uma sensação tão boa que me viciara em segundos. Com uma mão na minha nuca ele me puxou para estar ao nível da boca dele. Sensualmente mordeu-me o lábio inferior, para passar logo ao superior. Depois passou a língua lentamente pelos dois lábios me fazendo ficar como um vulcão. Pronta para explodir.

Eu tomei a iniciativa e o beijei, forçando a língua a entrar. Ele deixou me explorar a boca, a língua doce. Ele tinha um sabor diferente, não havia nada que eu me lembrasse que pudesse comparar. Era um sabor inebriante que simplesmente me fazia querer mais, sentir mais, saborear mais.

Livro 2- Reclamada Por DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora