O ELEITO PELO COMENSAL

1.4K 160 82
                                    

Harry POV

Eu caminhava pelos corredores nervoso. Malfoy tinha me mandado uma coruja, pedindo que encontrasse ele na sala precisa. Ele não disse motivos, só que queria trocar nosso ponto de encontro. Eu particularmente preferia a torre de astronomia, mas realmente a professora Minerva poderia nos pegar de novo.

Eu na verdade nem sabia o que estava fazendo. Era como se meus pés andassem sozinho. Eu não queria ir encontrar Malfoy, por que, deuses. Era o Malfoy. Meu inimigo dentro de Hogwarts. Mas acontecimentos naqueles últimos dias e últimas horas, fizeram com que minha mente mudasse de opinião sobre muitas coisas, e até sentisse saudades. O que era o pior.

Quando cheguei ao corredor, automaticamente a parede se dispersou e se transformou em uma grande porta de madeira. Junto com minha farda, eu estava agasalhado. Fazia frio naquela noite e eu tinha que tomar cuidado. Ainda nem era o horário de recolher.

Entrando na sala precisa eu realmente me assustei. Ela estava em uma luz fraca e no centro Malfoy estava sentado em frente a uma mesa redonda. Ela estava coberta por uma toalha cor de vinho. Dois pratos e talheres estavam sobre ela, acompanhados de taças e uma garrafa de algo que eu não distinguira o que seria.

— Harry!

Draco se levantou ao ver minha presença. Ele estava vestindo um moletom da Sonserina e calças jeans pretas. Eu ainda estava de farda, fiquei tão nervoso com o chamado que nem a tirei.

Ele estendeu a mão me chamando para perto. Meu corpo seguiu os paços até se sentar na mesa, nem sei como. Eu estava tão nervoso, que chegava a tremer. O prato estava cheio de comida, que eu nem olhei o que era. Tentando fugir do olhar de Draco, comi um pouco. Mas aquilo não adiantaria e nem diminuiria o meu constrangimento. Horas, eu sou Harry Tiago Potter. Sobrevivi a maldição da morte, e estou nervoso com um Sonserino impertinente a minha frente?

— Tentando ser romântico, Malfoy? — Respirei fundo e relaxei.

— Acho que podemos nos chamar pelos nossos primeiros nomes.

Eu sorri e gargalhei um pouco, tentando descontrair minha tenção.

— O garoto que a anos me chama de "testa rachada" quer que eu o chame de Draco?

Aquilo me fez rir bastante. E não era descontraindo, era rindo da ironia mesmo.

— Sim, Harry Tiago Potter. Quero que me chame de Draco! — O tom da voz dele chamando meu nome inteiro, fez meu rosto ficar completamente vermelho. Os arrepios e choques internos começaram a voltar. Draco sorriu e levantou a sobrancelha direita. O erro genético chamado sorriso perfeito apareceu. — Ou se preferir, amor!

— Draco Malfoy! — Joguei seu jogo, ironias. — Não é assim que se deve pedir um inimigo em namoro.

— Realmente não. Ainda não! Para quem nunca teve relações, até que você é bem esperto!

"Ainda não". Meu corpo estava ali, mas minha cabeça e emoções não. Eu estava nervoso, mas não parecia. Eu sabia que meu rosto estava vermelho, e eu estava tão sem graça que chegava a dar raiva. Essas jogadas verdes de Draco, estavam me irritando. Eu odiava ficar vulnerável a esse ponto.

— Isso é tão fofo! — Ele suspirou, apoiando o braço na mesa para segurar o queixo.

— O que? — Perguntei.

Eu estava cuspindo as palavras ridiculamente, sem pensar antes.

— O fato de eu te dizer "Oi". Te deixa todo vermelho.

Com isso eu não podia lidar. Era impossível aquele garoto fofo e encantador, ser Draco Malfoy. E eu nem tinha como discutir, por que eu estava quase virando um pimentão a cada sílaba que ele proclamava.

Always? Okay!Onde histórias criam vida. Descubra agora