LORDE GRYFFINDOR POR SALAZAR SLYTHERIN

733 91 2
                                    

Naquele mesmo dia, voltamos ao castelo e agora estávamos em uma rotina livre. Já que o recesso de natal corria.

Era final de tarde, quando Harry me arrastou para o jardim implorando que eu deixasse ele me ensinar a conjurar um patrono. Eu Draco Malfoy, aprendendo com Harry Potter. Realmente, as coisas mudam com o tempo!

Eu estava de pé, enquanto ele me explicava como conjurar um feitiço do patrono. Só que ele era mais complicado do que parecia. Principalmente na parte de pensar em meus momentos mais felizes.

— Não adianta Harry, eu não consigo.

Já estava cansativo. Eu não parava de tentar a horas e nada. O mais engraçado era que Harry se divertia me ensinando, cada vez que eu errava ele sorria, respirava e me fazia tentar de novo.

— Em que pensou dessa vez?

— Em nosso primeiro beijo! — Respondi.

— Por mais que eu ache magnifico o significado, não é forte o suficiente Draco! Concentre-se.

Eu respirei fundo e deixei meu corpo solto. Ergui a varinha e deixei que todas as minhas energias se canalizassem na varinha. Levei minha mente a mergulhar na mais profunda lembrança e o rosto de Harry subindo as escadas na primeira vez que o vi em Hogwarts apareceu. Pronunciei as palavras e senti a energia escorrer para fora de mim.

Nada!

— Desisto.

Aquelas palavras eram pesadas para mim, um Malfoy nunca desistia. Eu sempre cresci aprendendo que por mais que eu fracassasse, eu nunca deveria desistir. Mas eu estava completamente exausto e frustrado, cansado demais para tentar.

A mão de Harry tocou a minha levemente e eu pude sentir seu calor em mim.

— Vamos descansar por hoje ok? Venha, vamos comer pudim no salão. Antes que a Luna acabe tudo!

Ele riu me puxando para dentro do castelo.

Os dias de recesso, que na minha opinião foram bem poucos, estavam acabando. Faltava um dia para ser exato. Estávamos deitados na sala precisa, o chão frio e duro me deixava com arrepios, mas era o único lugar em que eu e Harry podíamos ficar juntos. Colocamos almofadas e cobertas para melhorar, mas não mudava muita coisa.

Eu estava deitado, olhando para cima, contemplando o teto. Harry estava ao meu lado, brincando com sua varinha. Ele se espreguiçou e brincou com meus cabelos, para logo virar e deitar.

— Harry, se você não quer que eu pule em cima de você. Pare de deitar de bruços.

Brinquei enquanto acariciava os cabelos dele. Harry virou rapidamente para mim e eu ri da sua expressão corada.

— O que?

— Eu vou te processar por ser tão gos...

Ele pulou e riu, colocando os dedos nos meus lábios pedindo silêncio.

— Olha a safadeza.

— Você provoca Mr. Potter!

Ele sorriu e se alinhou ao meu peito. Depois de um tempo, levantou e sentou em cima de mim. Eu fiquei preocupado que naquele momento ele sentisse minha ereção, que eu nem imagino o como foi rápida.

— Não precisa se segurar.

Eu toquei em sua bunda rapidamente, senti por instantes aquele corpo maravilhoso. Então o virei e ajudei-o a se sentar de novo.

— Não quero que nossa primeira vez seja desse jeito!

Ele me olhou confuso e eu sorri.

Realmente eu não queria que fosse daquele jeito. Se fosse com qualquer outra pessoa, eu teria a pegado ali mesmo na sala precisa. Como o Diggory a alguns anos antes de ele morrer, ou aquele garoto de Durmstrang quando a escola ficou aqui. Mas ele era Harry Potter, o garoto que eu sempre quis ter. Não podia simplesmente ter nossa primeira vez daquele jeito.

— Draco Malfoy sendo romântico?

Ele disse em um tom de sacarmos.

— Olha que eu vou desistir.

— Não!

Ele pediu.

Por alguns instantes eu fiquei apenas observando Harry, aqueles doces olhos. Logo, meus lábios encontraram os dele, que abriam e fechavam. O sentimento de ter o calor dele ao meu era incrível, o nervosismo e as borboletas no estômago eram eufemismo perto do que eu estava sentindo. Meu corpo todo formigava e eu era capaz de nunca parar, exceto pelo ar quando faltava.

— E agora?

Ele perguntou.

— O que?

— Não vamos conseguir manter isso em segredo por muito tempo, Draco. Seus pais são comensais e eu o inimigo deles. Quando as pessoas do castelo souberem, vão acabar vazando isso. E estaremos mortos.

Eu analisei a situação. Era realmente perigoso, mas agora nada me tirava do Harry e batava tranquiliza-lo.

— A gente vai manter com a gente até conseguirmos. Se meus pais souberem, que saibam. Um dia irião saber mesmo. E se tudo der errado, não é crime conjurar um obliviate.

Naquela noite, antes de irmos para os quartos. Decidimos que iriamos manter aquela situação em segredo. Até onde conseguirmos. E assim, dormi.

No outro dia, todos caminhavam para a aula. Alunos corriam daqui outros conjuravam feitiços dali. Todos estavam em sua rotina normal.

Ao longe avistei Harry, conversando com Pansy e Hermione. Ele disse alguma coisa que as duas soltaram gritinhos, não me incomodei.

A noite, eu estava ansioso na torre de astronomia. Havia preparado tudo, todo o lugar. Iria ter minha primeira noite com ele.

Um barulho. Passos, era ele.

— Draco!

Harry tentava se encontrar no escuro, então rapidamente acendi os candelabros e tudo clareou, menos Harry.

Harry ajoelhou-se e começou a soar, era estranho como ele olhava para o nada. Pude contar oito segundos que ele ficou assim e eu já estava ao lado dele.

— Sirius.

Foi a única coisa que ele me disse naquele momento.

Always? Okay!Onde histórias criam vida. Descubra agora