MALDIÇÕES QUE JAMAIS DEVEM SER PERDOADAS

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Eu estava ansioso para que a aquela acabasse, era tão estranho como eu estava me tornando dependente de Draco. Ele havia faltado aquela aula e eu já estava nervoso para ir encontrar com ele e saber o que aconteceu.

Enquanto a professora de Runas falava, Hermione entrou correndo pela sala.

— O que significa isso Sra. Granger?

— Desculpe professora, o Diretor Dumbledore precisa falar com o Harry!

A professora me orientou a porta pedindo que eu saísse depressa, e assim o fiz. Corri, praticamente, com Hermione para o corredor. Estávamos andando rapidamente para a biblioteca.

— O que Dumbledore quer comigo?

— Nada, eu precisava lhe mostrar algo!

Enquanto andávamos eu raciocinava, se Hermione havia me tirado da sala de aula, era algo importante.

Quando chegamos na biblioteca, ela foi até uma mesinha que estava uns cinco a dez livros, todos empoeirados recém-abertos.

— Eu estava estudando um pouquinho...

Sempre modesta. Ela se sentou, pegou alguns livros e eu sentei junto.

— O que você queria me mostrar?

— Harry, eu descobri lendo alguns desses livros, que: quando um veela dominante atinge seus quinze anos de idade sua fertilidade aumenta até 52%. Quando um veela submisso atinge seus quinze anos ele ganha traços femininos.

— Isso eu já sei.

Suspirei e ela continuou.

— Você não ouviu ainda. Quando um veela submisso fecha o ciclo, reações a fertilidade mágica de seu parceiro atingem o nível mágico do corpo do submisso, dando a ele um útero.

Eu senti algumas pontadas na minha barriga. Eu sabia por que Hermione estava falando aquilo. Eu tinha dito a ela sobre meu fechamento de ciclo e que agora sentia dores.

— Eu vou me tornar uma mulher?

— Não Harry, você só irá ganhar útero.

— Mas Hermione, homens não tem útero. Não reproduzem.

Hermione sorriu atenciosa.

— Impossível para trouxas, possível para bruxos.

Eu ainda estava confuso, ainda estava me perguntando o porquê, por qual motivo. E como se lesse minha mente, ela respondeu procurando em mais alguns livros.

— Harry, a fertilidade de um veela-dominante é muito forte. Eles são criados para procriar, e sendo um submisso você também. Mas não do jeito tradicional. A fertilidade mágica dele é tão forte que você gera um útero, seu corpo entende a magia do seu parceiro, que ele precisa procriar. Quando o corpo de um veela submisso entra em contato com um veela dominante, a tendência é terem um oitavo veela, ou um veela puro.

Hermione sorriu e tocou minha mãe me acalmando, ela sabia que eu estava nervoso. Acho que minha cara de assustado vermelha demonstrava isso. Enquanto ela guardava os livros, ela pediu que eu fosse falar com Draco. Ela tinha razão, ele precisava saber.

Nas escadas, eu já estava nervoso, mas então parei antes de entrar. Ouvi alguém falando com Draco. Olhei pela brecha da porta e não tinha ninguém, resolvi entrar. E realmente não tinha ninguém.

— Estava conversando com alguém querido?

Perguntei, assim que entrei, deixando de lado meu nervosismo.

— Não!

Eu sentia que ele estava estranho. Parecia tenso, duro. Como se algo o incomodasse, como se algo o prendesse e ele precisasse sair. Caminhei até ele devagar, seus olhos estavam vermelhos. Ele havia chorado!

— Está tudo bem?

— Não!

Ele cuspiu.

— O que houve?

— Sabe Harry, eu não quero mais ficar com você!

Aquelas frases fizeram meu coração disparar suas batidas em cinquenta vezes.

— Eu queria experimentar coisas novas. — Ele continua. Era frio, metódico, duro, parecia que estava queimando sua pele a cada palavra. — Mas você fode tão mal.

Eu arregalei meus olhos. Eles estavam começando a arder. Eu sinceramente não estava entendendo o que acontecia. Draco continuava a se debater como se sua pele queimasse, mas falava com uma rapidez imensa.

— Vai me dizer que você não sabia que eu só queria te comer? Nem para isso você serve testa rachada.

Minha tristeza já havia virado raiva naquele momento, minha mão já segurava forte a varinha e eu nem senti quando estuporei Draco. Ele estava caído no chão, e um lampejo de luz verde veio dele, mas eu já tinha desviado.

Draco se levantou, eu não conseguiria estupora-lo de novo, sabendo o quanto aquilo machucaria ele. Draco não tocou na varinha, deixou ela no chão. Vinha andando depressa em minha direção, não tinha para onde fugir, eu estava na sacada. Loucuras me passaram a cabeça, eu não sabia se daria certo, confiei, me preparei, concentrei, respirei fundo e pulei da torre de astronomia.

Always? Okay!Onde histórias criam vida. Descubra agora