O COMEÇO DAS FÉRIAS

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Meu coração pulava tão rápido que eu poderia ter morrido de ataque cardíaco naquele momento. Mas eu sabia o que devia fazer: concentrei minimamente minha mente, segurei forte a varinha e deixei o ar invadir meus pulmões.

— Aresto Momentum.

Eu parei a centímetros do chão, minha respiração estava tão ofegante, meu coração tão acelerado. Eu acabei caindo, sem nenhum machucado, mas doía tanto. Respirei uma última vez e apaguei!

Meus olhos tremiam e foi meio complicado abri-los, mas eu fazia um esforço. Meu corpo continuava no mesmo estado em que eu me lembrava, respiração ofegante, coração acelerado. Me sentei na cama e observei o lugar em que eu estava acostumado, não foi difícil de identificar a enfermaria de Hogwarts. Madame Pomfrey já estava ao meu lado, analisando-me com atenção.

— Como se sente Sr. Potter?

— Cansado. O que aconteceu, Madame Pomfrey?

Ela me olhou com atenção e suspirou.

— Eu esperava que você me contasse Sr. Potter!

Ela voltou a mexer em algumas poções na mesa.

— Seu namorado o trouxe aqui, depois saiu correndo. Realmente eu fiquei preocupada com ele, mas precisava cuidar de você.

Comentou ela.

Minha cabeça doeu, e eu lembrei de tudo que tinha acontecido. Das palavras de Draco contra mim, de eu o estuporando, de ele tentando me atacar e de eu me jogando da torre.

Me virei para pegar um copo de água que estava na mesa e tinha um bilhete.

"Fecho os olhos e penso em você, por infinitas horas é como se meu corpo fosse transportado para um mundo novo onde a atmosfera é cercada de amor. Nesses momentos é como se nada mais importasse a não ser a doce lembrança de seus traços. Sua voz que soa para mim como a mais perfeita sinfonia, embalando meus sonhos que anseio pelo dia em que se torne real".

"PS- Seu admirador secreto. E não é o Malfoy"!

Okay, estava ficando tudo cada vez mais estranho. Agora eu tinha um admirador secreto, que não era o Draco. Ou poderia ser o Draco falando que não é ele para não desconfiar dele. Mas depois de tudo que ele me falou, não poderia ser o Draco.

Os dias se passaram cada vez mais rápido. Já haviam se passado um ou dois dias desde que Draco tinha falado aquilo. Eu não o vi nas últimas aulas, nem em nenhum canto do castelo.

Eu estava na torre de astronomia, nas barras. Observando ao longe todo o entorno do castelo e o mundo a fora. O vento gelado da noite batia em meu rosto e aquilo me fazia querer chorar. Acho que virar veela, havia me deixado mais sensível que o normal.

— Duro, não é? Perder quem amamos...

O diretor Dumbledore apareceu do meu lado. Sua face calma e seu jeito paciente eram sempre evidentes em seu rosto e seu jeito de falar. Ele olhava o horizonte assim como eu.

— Senhor, aconteceu algo com Draco? — Perguntei. Eu precisava saber.

Ele suspirou.

— Creio que não. O Sr. Lucius pediu para o filho sair mais cedo para as férias. Algum problema que precise me contar Harry? Está tudo bem?

— Não senhor.

Senti meu rosto esquentar. Meus olhos estavam pesados e vermelhos demais para esconder algo do diretor Dumbledore.

— Presumo que a causa, seja um certo aluno que saiu cedo!

Eu respirei, fazendo uns barulhos com meu nariz. As lágrimas ainda escorriam dos meus olhos, mas eu não conseguia desviar o olhar para o horizonte.

Always? Okay!Onde histórias criam vida. Descubra agora