Narrador
Draco estava nervoso, ansioso para falar a verdade. Havia arrumado suas coisas na bolsa fazia duas horas e ainda faltava trinta minutos até eles partirem. Ele e Pansy iriam de cavalo alado até a antiga casa de Sirius, onde sabiam estar hospedados os três bruxos. Mas por que não aparatar? Draco odiava voar a cavalo. Mas se falasse isso, Pansy lançaria pela milésima vez seu discurso de "O ministério controla tudo e todos, eles podem saber onde estamos e blá blá blá". Draco nunca prestava atenção no discurso de Pansy até o final.
Depois de horríveis trinta minutos Draco estava ao lado do cavalo alado que ele havia ganhado de Quíron, Petrus! Pansy estava irritada por que a Tenente das caçadoras Thalia Grace não havia deixado ela levar seu cavalo alado em uma missão sozinha, teriam de dividir o cavalo.
— Eu fico na frente e nem tente contestar!
Ela apontou o dedo na cara de Draco da forma mais intimidadora possível e funcionou.
Pansy subiu em Petrus rapidamente, enquanto Draco teve que lutar um pouquinho para subir. O cavalo agora era dele, então o mesmo precisava aprender a montar.
O Voo foi rápido, mas cansativo. Na verdade, Draco nem acreditava que havia sido tão rápido assim. Já haviam chegado e ele nem tinha vomitado ainda.
— Petrus é muito potente, valeu amigo!
Pansy acariciou seu focinho e o mesmo relinchou para logo bater as asas e sair voando. Pelo que Draco entendeu, ele ficaria por perto caso precisassem.
Draco e Pansy tomaram muito cuidado ao não serem vistos. A noite já vinha e era bem tarde, então esperavam que ninguém realmente os vissem. Foram atendidos no mesmo instantes e puxados para dentro por Hermione. A garota envolveu os seus braços em Pansy a apertando. Draco sorriu com a amizade das duas para logo ser surpreendido pelo veela da casa pulando em seu colo.
Draco colocou Harry no chão e se afastou um pouco para olhar os doces olhos de seu namorado. Verificou se cada centímetro dele estava inteiro e se ele estava bem, para logo correr e colar seus lábios em um beijo preciso e desesperado. Os lábios do menor entravam em uma constante harmonia com o do maior, como uma dança de casal que sabia exatamente que passo dar levando coragem a alma do outro. O beijo foi ficando lento a medida que os dois ficavam sem ar e quando perceberam, estavam sozinhos abraços no corredor.
Harry entrelaçou seus dedos ao de Draco e puxou o menor pelos corredores da casa até a cozinha, onde todos estavam reunidos. O Elfo domestico já havia preparado a refeição e Hermione (Que se recusava a ver o elfo fazer tudo sozinho), colocou a mesa e serviu todos. Olhando em seu relógio, Draco percebeu que já era tarde, quase meia noite quando terminaram de jantar. Pansy não parava de falar sobre a escola e sobre como tudo estava acontecendo. Draco também comentou sobre o excelente trabalho de Neville como líder da Amada de Dumbledore.
Quando Hermione contou que chamou Draco e Pansy ajudariam em algumas partes da missão, ele não gostou nada. Não por eles estarem ajudando ou por não querer eles por perto, mas sim por que Dumbledore pediu encarecidamente que os três fossem sozinhos.
— Precisamos de mais duas varinhas Harry. Quase morremos noite passada!
— Hermione está certa, demos sorte de nos livrarmos daqueles comensais da morte!
Depois de muita conversa Harry permitiu que os dois fossem para a missão com eles.
No acampamento meio sangue tudo estava muito tenso. Quíron estava cada vez mais preocupado com tudo que estava acontecendo. Cronos estava ficando mais forte a cada dia e a aliança com Voldemort. O bruxo das trevas mais poderoso de todos os tempos com um dos piores titãs que já viveu sobre a terra, não iria prestar em nada.
Todos estavam na sala de reuniões, sentados ao redor da mesa improvisada. Depois da notícia contada por Quíron, ninguém conseguiu ficar quieto. Havia um espião no acampamento meio sangue, um espião que estava dedurando a Voldemort e a Cronos todos os planos que eles tentavam para ganhar aquela luta.
— Calem a boca seus grandessíssimos idiotas! Deixem Quíron falar.
Pediu Jessica elevando a voz para que pudesse ser ouvida. Todos calaram-se rapidamente. Quíron tocou seu ombro em agradecimento, sua face era cansada e Jessica podia sentir o quanto estava.
— Crianças, o exército de Cronos aliado a Voldemort está cada vez mais forte. Não podemos simplesmente parar com tudo por termos um espião, precisamos continuar com nossa missão.
E os gritos voltaram, todos se questionavam se o plano iria dar certo, por que agora ele parecia totalmente falho.
— Quíron, como podemos trabalhar em uma missão secreta, se um de nós pode ser o espião?
Quíron coçou a barba, agora tranquilo, com o comentário da Monitora de Ares.
— Todos vocês sabem que foram submetidos a testes sobre o soro da verdade quando a ordem da Fênix estava aqui. Então posso garantir pelo menos, que nenhum de meus monitores ou SubMonitores é o espião.
Então o barulho se acalmou. Todos que estava brigando uns com os outros sobre confiança se calaram e agora já estavam sentados. Ninguém ali era um espião, mas ainda existia um.
— Então quer dizer que apenas os monitores irão nessa missão? — Perguntou a monitora do chalé de Afrodite.
— Sim Dayse.
Quíron bateu os cacos no chão e deu por encerrada aquela reunião, pedindo que todos os monitores se preparassem para sair em missão amanhã pela tarde.
Quanto todos sairam Quíron se aproximou e pediu que Jessica e Gabriel esperassem.
— Crianças, como sabem existe uma segunda parte da missão e Gabriel está destinado a ela. Mas a profecia também cita um filho da deusa Atena e esse poderia se dirigir a você Jessica. Mas a profecia da primeira parte da missão também cita um filho da deusa.
— O que quer dizer com isso Quíron? — Perguntou Jessica.
— Preciso de você na primeira parte da missão e você precisa escolher o campista em quem mais confia para acompanhar Gabriel na segunda parte da missão!
A noite já vinha ficando fria, quando Jessica chamou Lucas em particular no chalé para conta-lhe sobre a missão e o espião. Lucas aceitou a missão de cara, fazia anos que não era chamado para uma missão. E mal podia acreditar também no espião, dentro do acampamento meio-sangue. Aonde chegamos! Pensava ele.
Como sempre, Lucas resolveu ir caminhar pela praia. Ele adorava fazer isso a noite, antes do sinal de recolher; por que depois as Harpias não permitiram. Era engraçado para ele, que Draco e Harry fossem da mesma raça que as Harpias!
Segundos depois de se sentar, ouviu passos lentos na areia e logo Gabriel estava sentado ao seu lado. Lucas corou, não desviou seus olhos em nenhum momento do mar.
— É lindo não?
Perguntou Gabriel.
— Sim. O mar me acalma. Sempre venho aqui quando quero pensar.
— Meu pai é o dono sabia?
Lucas riu e deu uma tapinha leve no ombro do filho de Poseidon ao seu lado.
Como um ato muito involuntário, Gabriel segurou a pequena mão de Lucas e acariciou-a. O sorri se fez no rosto do filho de Poseidon logo, aquelas malditas covinhas. Lucas não conseguia resistir.
— Não. Não podemos!
Negou Lucas enquanto se levantava.
— Por que não?
Perguntou Gabriel, envolvendo o menor com os braços por trás.
— Eu gosto muito de você! — Ele disse. — Podemos só caminhar?
Ele soltou Lucas, que estava mordendo os lábios nervoso. Ele apenas assentiu. Gabriel entrelaçou seus dedos aos de Lucas e os dois passaram a caminhar pela areia. O azul dos olhos de Gabriel mergulhava no cinza dos de Lucas, enquanto ele admirava-o. Acompanhados pelo barulho das ondas do mar e pela vigilância da lua de Ártemis.
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Always? Okay!
FanfictionEm uma história totalmente diferente do original. Harry agora está no quinto ano em Hogwarts e enfrenta cada vez mais as mudanças do seu corpo, enfrenta cada vez mais seus sentimentos e o medo de quase todas as outras coisas. Só que dessa vez as coi...