NATAL E PRAIA

884 101 18
                                    

Eu e Draco procurávamos pela chave de portal já fazia uns 10 minutos. Faltavam dois minutos para a viagem e ainda não havíamos achado. Finalmente ouvi o grito de Draco e corri até ele.

— Como sabe que é ele?

Os dedos de Draco correram até as letrinhas miúdas no meio da caixinha de doces. "Grandeza a Família Malfoy". Com certeza era a chave! Segurei firme minha bolsa e a apertei, depois levei as mãos a caixinha, junto com Draco. Logo senti meu corpo ser atirado ao longe e meu estômago vir para fora, voltar e queimar de uma só vez. Depois da escuridão o céu apareceu, radiante com um sol de matar! Soltamos a caixinha quando ele gritou, então meu corpo encontrou a areia. Quente, seca e incomodava!

— Venha, querido!

Draco estava de pé, rindo da minha desgraça caída no chão. Bati em sua mão e andei pesadamente pela praia, seus braços envolveram meu corpo e um beijo foi depositado na minha bochecha. Não consegui conter o riso e empurra-lo.

Quando dirigi meu olhar para o norte, lá estava ela. A mansão de férias dos Malfoys! E se aquela era a de férias, estava louco para conhecer a mansão oficial, mas aí pensei que morreria em instantes e esqueci a idéia.

A Mansão era de mármore marrom, dois andares, envolvida por várias árvores. Uma varanda linda e uma escada que vinha descendo pelas pedras dela, até a praia. E foi por lá que subimos!

— Surpreso Potter?

— Nenhum pouco!

Já na varanda da mansão, Draco pegou minha bolsa e sumiu porta a dentro. Vi a poltrona reclinável e simplesmente deixei o peso do meu corpo cair nela e descansei. Meus pés e suas alturas estavam cheios de areia e meu rosto ainda queimava do sol. Eu definitivamente não estava acostumado com aquele calor.

— Harry, venha ver o quarto!

Ouvi a voz de Draco soar de dentro da casa. Invadi-a pela grande porta de madeira e me deparei com a sala. Sofá negro descansado ao longe de uma lareira que não estava acesa e duvidava que fosse. Tapetes e mais tapetes e quadros por todos os lados, só que esses imóveis. Draco segurou minha mão e entrelaçou nossos dedos. Subimos a escada de madeira para o segundo andar, minha respiração falhava pelo nervosismo. Meus olhos vasculhavam cada canto do corredor cheio de quadros de paisagens e homens em guerras bruxas. Passamos por umas quatro portas até o final do corredor, em uma porta quase igual as outras.

Draco abriu a porta e me deixou entrar. O lugar era magnifico. A cama dava quatro da minha em Hogwarts. Estava coberta por lençóis brancos e cheia de travesseiros fofos. Quadros de Draco criança e brincando com seus pais pendiam na penteadeira ao lado da cama. Uma estante com símbolos da Sonserina descansava no canto do quarto, recheada de livros. Duas portas de correr de vidro estavam ao lado dela. Imaginei que dessa para a varanda. Do outro lado do quarto, perto do guarda roupa havia outra porta, imaginei ser o banheiro!

Caminhei lentamente pelo quarto e abri as portas de correr, sai para a varanda e tive que fechar os olhos para acostumar com a claridade. Senti o vento soprar em meu rosto e aquilo fez os pelos do meu corpo se eriçarem. Os braços de Draco envolveram minha cintura, eu já sentia sua respiração e ele com certeza sentia as batidas do meu coração.

— Draco, é tudo lindo. Estar aqui, mas parece errado! — Respirei fundo. — Não podemos!

— Se é tudo tão lindo. — Ele sussurrou no meu ouvido. — Por que não podemos?

— Não podemos agir como se fosse a coisa mais normal do mundo. Os Malfoys são comensais da morte, e estão me caçando a anos. Meus amigos me protegem a todo o custo e eu estou aqui, na casa deles. Arriscando tudo! Seus pais podem chegar a qualquer momento, serei morto, e você sabe Merlin o que.

Always? Okay!Onde histórias criam vida. Descubra agora