AS FÉRIAS ACABAM

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As férias passaram do jeito mais normal possível. Eu e Pansy passávamos o dia jogados na cama vendo filmes e bagunçando o quarto dela. Era aquela coisa bem preguiçosa. Nossa rotina já tinha virado, acordar, tomar café, assistir filmes, almoçar, ir praticar magia com Hermione (Essa parte ela obrigou a gente mesmo), jantar, assistir filmes com pipoca chocolate, fofocar e ir dormir. Em alguns fins de semanas, saiamos para o shopping ou passear em praças.

Minhas férias foram tecnicamente boas. O diretor Dumbledore não ficou nada feliz comigo fora da casa dos Dursleys, já que lá eu era protegido. Mas felizmente nenhum ataque me aconteceu. Tudo funcionou perfeitamente, eu consegui esquecer um pouco de Draco, mas não totalmente. Afinal minha alma estava tecnicamente ligada a dele. Era estranho, como eu deveria ser completamente dele, mas aconteceram algumas coisas estranhas com o passar do tempo...

[ ... alguns dias atrás ... ]

Estávamos deitados no jardim, enquanto Pedro fazia as pétalas das rosas voarem sobre mim brincando com meu rosto e fazendo cocegas.

— É bom estar com você Harry.

Como sempre, eu corei com aquele comentário. Pedro e eu tínhamos ficado cada vez mais próximos durantes aqueles últimos dias.

— Também é bom estar com você Pedro.

Ele se sentou.

— Às vezes me dá vontade de te abraçar. — Ele se aproximou de mim. — Ficar calado ouvindo sua voz. — Ele passou os braços e as pernas por mim e ficou em cima de mim a centímetros do meu rosto. — Te beijar!

Eu sentia a respiração dele em mim, o ar quente da sua boca na minha, o corpo dele ao meu e o coração dele batendo desesperadamente contra o meu. Mas por puro instinto me virei e ele beijou meu rosto ao invés da boca.

— Me perdoe.

Pediu ele saindo de cima de mim e deitando-se de novo. As pétalas haviam secado.

— Tudo bem. Eu só, não estou pronto ok?

Ele sorriu e assentiu. Percebi que Pedro havia entrelaçado os dedos dele nos meus, eu sabia que era errado, mas não retirei minha mão. As pétalas mortas voltaram a vida e começaram a flutuar em nossa volta de novo.

[ ... Agora ... ]

Pansy e eu estávamos sentados no trem, esperando que Hermione subisse, já que a mesma se despedia dos pais. Parecia que no caso, minha mente não estava naquele lugar e sim em outro lugar.

— Eu sei o que você quer...

Pansy me tirou de meus devaneios.

— Eu não posso.

Suspirei.

— Vai logo antes que a Hermione chegue ou que eu me arrependa.

Peguei a capa de invisibilidade na mala e sai do vagão. Fui andando até onde estavam as pessoas de Sonserina. Vesti a capa no momento em que o trem partiu. Aproveitei o momento em que um garoto saia para entrar sem ser notado. Lá estava ele: seu cabelo loiro totalmente bagunçado, seu rosto estava com uma cara pesada, ele usava blusa de mangas compridas provavelmente por seu braço.

— Eu quero ver ele...

Comentou Draco. A voz dele fez todos os pelos do meu corpo se arrepiarem e aquele comentário em questão fez meu coração bater.

— Nada disse, você tem a mim Draco! — Astoria brincava com a barba por fazer de Draco. Ele estava tão lindo e tão abatido ao mesmo tempo. Ele coçava o nariz freneticamente.

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